Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Q. País é este ?

Os amigos já sabem que tenho uma estância, que sou estancieiro, sou fazendeiro, ela tem duas hectares, mas é a minha estância, La eu me realizo, brinco de latifundiário, agricultor, enfim, eu me realizo nas tarefas realizadas, algumas já um pouco pesadas, mas que insisto, mesmo que no outro dia custe a levantar ou levante com dores no alcatre.
Pois nesta fazenda encontro o meu passado, o meu futuro, as minhas ilusões.
Quem de nos aposentados que não gosta dessa brincadeira, tenho certeza que as amamos.
Nesta fazenda, que tem duas casas, uma eu ocupo e a outra sempre que posso alugo para que o inquilino além de me dar um pequeno rendimento, sem saber fica de caseiro para a outra que passa a maior parte do tempo sozinha, só sendo ocupada nos fins de semana.
No dia 10 de outubro de 2010, a casa que alugo, foi arrombada, estava vazia, não tinha nada, mas mesmo assim uma janela foi quebrada por onde os meliantes entraram, ficou o prejuízo da janela quebrada.
Logo deu pra ver que era coisa de guri.
Fui à delegacia local e registrei o fato, só para fazer parte das estatísticas, nada mais que isso.
Na sexta feira passada, os mesmos infratores, quebraram duas janelas, duas portas, entraram na outra casa que está cheia de utensílios domésticos, reviraram tudo, mas não levaram nada.
Hoje fui a delegacia pra fazer o registro, tomei um cha de banco, desisti e fui arrumar os estragos feitos, trabalhei toda a tarde, mas em compensação descobri os infratores.
Cinco guris da vizinhança onde estou localizado.
Filhos de pessoas conhecidas, mas que perderam o controle da gurizada.
Como consegui um inquilino, com certeza eles não mais terão acesso ao local, mesmo assim vim inconformado de ver o meu patrimônio ser depredado e ainda ser aconselhado pela autoridade policial para que não levasse adiante tal procedimento, pois mesmo sabendo quem eram não poderia responsabilizá- los.
Mas e os pais?
Bem os pais podem ser chamados, mas aí tu terás que apresentar testemunhas, provavelmente constituir um advogado que no fim será mais oneroso que prejuízo que tivestes.
Meti a viola num saco e voltei quieto para casa, com certeza os guris não vão mais cometer esses abusos, mas ficarão rindo da minha cara eciente da impunidade que corre frouxa na nossa terra.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O INESPLICÁVEL

Somos obrigados a abordar o assunto do momento e para tanto fizemos uma serie de pontos e contrapontos para não querer ser o dono da verdade ou querer julgar os outros como se fossemos inatingível nos contratempos dos nossos dias.
Hoje ao olhar um debate, num dos tantos canais de televisão – exceto a Globo – uma das componentes do programa, perguntou a outro que procurava defender a atitude do jovem Daniel, o que ele faria se em baixo do edredom estivesse a sua mãe.
Ele não respondeu, mas eu quero dar a minha resposta.
Se a minha mãe – que Deus o tenha -, minha irmã ou enfim qualquer pessoa ligada aos meus familiares que se expusessem como a moça se expôs, com certeza seria passível do que aconteceu.
A discussão e o mérito, de quem errou é culpado ou inocente, vai muito longe, com certeza a justiça será chamada para dar a sua versão oficial do acontecido e espero sinceramente que o culpado que ainda esta sendo acusado timidamente, seja exemplarmente punido.
Que sou eu para julgar uma empresa poderossima como a Rede Globo. Mas quer me parecer que a maior culpada de tudo isso, é o fato dessa empresa achar que pode tudo.
Esse programa nada mais é, que a apologia, a bebida, ao vicio e ao sexo explicito em pleno horário nobre onde as famílias encontram-se reunidas no seio dos seus lares.
O que transmite o Pedro Bial, em suas intervenções, querendo banalizar o absurdo, como se fossemos pessoas bitoladas, sem discernimento do que vimos e ouvimos isso sim é um crime cometido contra a sociedade brasileira.
Não quero nem pensar que ali houve discriminação, pois se o comportamento do jovem foi repreensível porque a moça não teve o mesmo destino, a saída do programa.
Tudo ali foi consentido, portanto, não houve crime, mas só um sofreu punição exemplar.
E pelo que me parece, a moça já anda se inserindo com outros participantes, certamente está livre para levar outro a tentação.
Certa feita eu pensei que sabia regras de futebol de salão e me atestei como juiz desse esporte, numa cidade pequena, mas que essa modalidade era disputadíssima.
Pagavam em torno de 15 pilas para os juízes e vi ali o leite das crianças, comecei a apitar até que me vi julgando uma final com os dois melhores times da cidade.
Quadra cheia, cachê dobrado, eu já pensando num churrasquinho de fim de semana, dei início ao meu trabalho.
O time A jogava pelo empate, o time B ganhava por 1x0, quando o pivô do time A pegou uma bola livre e colocou toda a sua potência no chute.
1x1, só que a bola antes de entrar no gol, bateu no garrafão do jogo de basquete, rebateu nas costas do goleiro e entrou e eu confirmei o gol.
Não é preciso contar o resto, fim de carreira como árbitro e ainda tive que dar entrevistas no jornal e na rádio AM – naquela época não existia FM – além é claro de comprometer a minha autoridade de Sargento nos tempos de exceção do nosso País.
Fiquei que nem os moços do programa da Globo, tentando explicar o inexplicável.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mazelas Sociais

É cada dia mais estarrecedor os números apresentados pelos meios de comunicações em relação aos estragos produzidos pelas enchentes e estiagens que se abatem sobre o nosso País.
Os meios de comunicações estão sempre fazendo comparações que esta ou aquela enchente ou estiagem está sendo maior ou menor que em anos anteriores.
Na realidade independente de ser ou não ser maior ou menor, os estragos sempre são os mesmos.
Quem não chega às lágrimas ao ver o sofrimento e a perda em vidas e patrimônio das pessoas atingidas.
Mas o pior, o mais triste, o mais constrangedor, é sabermos que tem pessoas inescrupulosas, que usam e abusam desviando os recursos destinados aos atingidos.
Nosso País peca com suas leis que beneficiam sempre os infratores, verdadeiros bandidos que transvertidos de funcionários públicos ou os famigerados CCs roubam escandalosamente e por incrível que pareça às punições ou condenações dessas pessoas nunca chegam ao nosso conhecimento. É necessário registrar que entre os funcionários mencionados, existem pessoas honestas e responsáveis, que são denegridas em suas funções pelos ditos cujos já citados.
Quem não é atingido, olha seguro, tranqüilo, sem medo, penalizado,olha a desgraça alheia com a certeza que ela não o atingirá.
Será mesmo que não o atingirá?
E as mazelas do dia a dia?
Essas nos atingem todos os dias. É claro que não tem o poder da mídia, gente fica sabendo ou quando sabe não dá muita importância, mas elas também corroem a sociedade, com um trabalho formiga, matando aos pouquinhos.
Esse pouquinho, se somados, com certeza já mataram e continuarão matando muitas pessoas.
As mazelas sociais matam sem fazer alarde, sem mídia, sem ajuda humanitária, sem perdão de dívidas, sem o auxilio de ninguém, enfim são mortes silenciosas e tão violentas quanto as que estamos assistindo todos os dias.
Eu não colaborei com nada em relação às enchentes ou estiagem, até porque o pouco que tenho não faria diferença com o volume material e financeiro que chega nessas regiões, mas tenho certeza que todos os dias colaboramos com as Mazelas Sociais que atinge a nossa cidade, os nossos vizinhos, o nosso bairro, enfim, essas atingem a todos nós.
Não tenho dados concretos, mas se contabilizarmos as pessoas (velhos, crianças, indigentes,...) que morrem no dia a dia das nossas cidades, não vamos ficar muito longe do que acontece nessas catástrofes pontuais.
Feito esse levantamento, teremos um número considerável de mortos diante dos nossos olhos.
Quantos vegetam nas periferias das nossas cidades, passando fome, frio, morando em baixo de lonas plásticas, em barracos de papelão, em baixo de pontes, doentes, sem assistência médica?
Somos inocentemente, muitas vezes, levados pelo poder da mídia a ajudar nossos irmãos distantes (que também merecem) esquecendo de olhar para o nosso umbigo, onde temos aqueles que estão clamando por um apoio, um auxilio uma palavra de conforto.
Quem se lembra de tantas outras ocorrências semelhantes que dizimam patrimônios e vidas?
Os que morreram, ‘’descansaram’’ e os vivos que ficaram para enterrar seus mortos e enfrentar o dia-a-dia do nada que restou, a não serem problemas e dificuldades.
Será que essa gente reconstruiu suas vidas, será que o governo realmente fez a sua parte, será que alguém cobrou essa ajuda?
Ou quem sabe o dinheiro para socorrê-los teve o mesmo caminho ou desvio que teve o destinado aos atingidos no Rio de Janeiro em 2011?
Temos a memória curta, e a mídia avassaladora que se abate sobre nós faz com que esqueçamos rapidamente dos nossos semelhantes que são todos os dias atingidos pelas MAZELAS SOCIAIS

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

INTROSPEÇÃO

Essa palavra eu aprendi num curso de relações humanas que fiz em Uruguaiana, quando servi por la como 3º Sgt° Rádio Telegrafista - pica pau - . Desde então, eu gostei dela e o que ela significa e partir daí, passei a usá-la como filosofia de vida. Na realidade, ela nos ensina a não julgarmos sem antes fazer uma pergunta para nós mesmo. O que faríamos se estivessemos no lugar da pessoa que errou, ou fez algo que a nosso ver merece uma condenação sumária? Ensina também, que a cada dia de nossa vida, devemos reservar não mais que um minuto para olharmos para dentro de nós mesmos e ver o que fizemos de útil ou de benefícios a nossos semelhantes? E depois desse análise, tirar tudo que de bom praticamos e o que de ruim foi feito, jogarmos na lata do lixo sem constrangimentos.Me perdoem a insistência num assunto que já foi abordado várias vezes neste blog.Gente eu reservei não um minuto, mas algumas horas para analisar os festejos do fim do ano. Parei, pensei e aqui está o meu posicionamento a respeito. Pelo menos eu, não vi nada, a não ser o desespero do comércio em vender sem ter a mínima preocupação sentimental com respeito aos que nada têm e que não conseguem muitas vezes nem comer ou quando comer, comer um arroz a grega doado num saco de lixo preto - isso à menos de 1000 metros do Palácio da Alvorada em Brasília -. No comércio o que mais ouvi ou vi, foi a expectativa de vendas , que seria tantos por cento à mais do que o ano passado. Me voltei para o espiritualismo, olhei partes da missa do galo e o que vi: Paramentos em ouro puro, uma pura demonstração de poder e soberba,todos nós sabemos de onde vieram esses recursos. Sentimentos muito pouco ou quase nada, para mim só representações como verdadeiros atores.Mas e EU o que fiz? Também nada, a não ser -forçado- me individar cada vez mais. Para mim, nada mudou ou melhor mudou sim, hoje estou devendo mais e pagando muito mais, pois nossos governos, sem o mínimo sentimento por seus governados, aumentam tudo, IPVA,IPTU,ÁGUA,LUZ, ETC...ETC...ETC... Aceito com a maior tranquilidade as críticas que com certeza receberei, pois às mereço, porque tembém nada fiz para melhorar ou ajudar a melhorar a vida de outros.