Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012

Quero agradecer aos meus seguidores e todos aqueles que aportam neste BLOG, por me darem a oportunidade de chegar tão longe e atingir a tantos com minha idéias, posições e comentários. Quero desejar a todos, muita saúde, felicidade, realizaçóes, sucesso e principalmente pedir a DEUS que nos permita em 31 de dezembro de 2012, estarmos aqui, comemorando e agradecendo as conquistas do ano que se inícia.


Ass. O Teatino

FIMDI

Trinta e um de dezembro de 2011, tudo pronto para as comemorações da entrada do novo ano. Os filhos todos já tinham chegado, com a exceção de um que não poderia vir por compromissos profissionais.Carros estacionados, camas por todos os lados, a casa um burburim só, gente entrando outros saindo, uns levantando, outros deitando, enfim um verdadeiro movimento de gente, que alegrava a todos. Era visível ver nos rostos, nas atitudes, a alegria, a satisfação, por ver todos ou quase todos juntos, o que é realmente difícil em qualquer família.Nem sempre é possível vir ou ir, sempre uns não conseguem. A alegria do juntamento, da falta de lugares, da falta de espaço, da desorganização, enche a todos de felicidade. Filhos, noras ,genros e até os netos, tirando sarro dos velhos, que não vestem como eles, que não estão bem informados como eles, que às vezes não conseguem ouvir os assuntos discutidos mas que mesmo assim são imensamente felizes por poder estar e sentir esses momentos. Na avalanche dos afazeres domésticos para estarem de acordo com as normas sociais para o fim de ano e início do ano novo, sempr falta alguma coisa e quem deve servir de mandalete são sempre os anfitriões, que devem de tudo fazer para satisfazer a todos. Foi nesse clima, que faltou algo e a lista foi feita para que ele fosse no mercado buscar o que faltava. Ele sem reclamar e até com muita satisfação de sentir-se útil, pegou o carro e saiu até com uma alegria interior, pois naqueles minutos ausente, sentiria um pouco de tranquilidade e calma para tentar colocar suas idéias em ordem. Eles, não entendem que quem vive já há muitos anos sozinho, acostuma com a solidão, com a tranquilidade de seu companheiro(a) e que nesses momentos de satisfação e alegria, também sente-se inseguro e intranquilo com o corre corre de suas tão queridas visitas.Chegando no mercado, lá o clima não era diferente, estava cheio, abarrotado de carros e gente, gritos, empurrões, ofertas, alto falantes com som estridente, enfim uma coisa natural nessas festas. Lá também enquanto comprava e conferia a sua lista , encontrou amigos e com eles foram trocados os cumprimentos referente a data. Após completar sua compra, passou no caixa e enquanto aguardava na fila, sentiu que deveria antes de pagar e guardar as compras no carro, tinha que passar no banheiro, sua bexiga já estava cheia e necessitava ser esvaziada. Saiu do caixa, entrou no banheiro, urinou, olhou o relógio e sentiu que tinha demorado muito, precisava voltar, certamente seria chingado por ter demorado.Ao sair do banheiro, viu que alguém tinha esquecido o carrinho com as compras na porta do banheiro. Pensou consigo mesmo, bota coragem entrar no banheiro e deixar as compras,mas não deu muita importância à essa observação, pegou o carro no estacionamento e dirigiu-se para casa. Quando chegou, quase todos perguntaram ao mesmo tempo: CADÊ AS COMPRAS VOVÔ ?

domingo, 25 de dezembro de 2011

É NATAL

Quero desejar a todos e todas, um Natal pleno de felicidade, saúde e realizações, vamos nos unir as comemorações e curtir esta data.

sábado, 24 de dezembro de 2011

CRIME

Encerra-se o ano de 2011 com um projeto já aprovado pela Câmara Federal e que passará pelo Senado no próximo ano, para que os Srs Senadores façam a sua escolha a respeito do assunto. Esperamos que nesse plenário, ele - projeto - seja totalmente discutido e jogado ao lugar que merece - a sexta... seção -. Pois o dito cujo - projeto - quer fazer uma interferência direta do Estado no ceio das famílias brasileiras. Penso que já existem leis que estão interferindo nas ações familiares, já temos o Conselho Tutelar, o Estatuto da Criança e do Adolscente, que proíbem qualquer abuso dos pais ou responsáveis com respeito a qualquer tipo de punição aos menores.Assistimos verdadeiras barbaridades e absurdos cometidos por esses ditos menores que na realidade, são verdadeiros bandidos e quando não os são, o bandidos os usam para cometerem uma série de crimes, baseados nas leis que os protejem demasiadamente.Pois agora, um Deputado Federal que não lembro o seu nome, criou, apresentou, tramitou e foi aprovado na Câmara, um projeto que vai proíbir que os pais, avós ou familiares mais próximos,possam dar palmadas nas crianças.Quem infringir essa lei, será um fora da lei, que nem os filmes de faroestes americanos. Pois eu fico pensando no meu velho que faleceu em julho do ano passado com 97 anos e em todos os outros velhos e velhas da sua época, que criaram seus filhos na ignorância, sem estudos, sem recursos, sem nada e que dessa criação surgiram tantos homens e mulheres dignos, honestos, trabalhadores, responsáveis.Será que eles a luz da história, foram foras da lei. Gente naquela época,surrar era uma maneira segura e a forma legal que os pais tinham para ensinar seus filhos, eu e meus irmãos apanhamos muito, mas felizmente todos nós somos pessoas responsáveis, honestas, formamos nossas famílias e hoje assistimos a nossos filhos seguirem o mesmo caminho.As leis são claras, se abusarmos desse poder de punição familiar, vamos ser responsabilizados, portanto vejo com tristesa que nós pais, não vamos ter mais o direito de punir, certamente essa punição será feita por estranhos, ou pelo próprio Estado, abarrotando as cadeias e centro de recuperações. NÃO A LEI DA PALMADA

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Acusação

Após longos dias e noites de incertezas, após ter consultado amigos, parentes, visinhos, enfim consultei todas as pessoas que estão sendo atingidas com suas atitudes.Após essas longas reflexões, onde em muitos momentos tive dúvidas, insegurança das minhas ações, resolvi e hoje estarei indo diretamento ao PROCON desta cidade,''Livramento'' para fazer uma queixa formal e se não ficar satisfeito com os resultados, irei diretamente ao Pequenas Causas ou ao Ministério Público.No meu entendimento, é considerado crime, quem por atos ou atitudes, influencia ou condiciona o comportamento de outros, a fazer aquilo que não é do seu interesse.Pois Eu, aqui, do alto da minha sabedoria, acuso o PAPAI NOEL de crime de influência. Este velhinho que com sua risadinha hohohoho, quer dar uma de bonzinho, na realidade está fazendo eu pirar de tanto me recusar a pressão para comprar mais e mais presentes, para saciar a sua vontade incontida de me fazer ir ao comércio, quando na realidade não tenho a menor intenção ''dindin'' para atender os seus apelos intensivos.Ele com sua risadinha, contraria o que os economistas estão prevendo com a crise da região do EURO,que segundo os entendidos, essa crise acabará nos levando de roldão e esse veterano, pelo que me parece, não entende nada de economia e se formos no papo dele vamos ficar todos encalacrados, devendo pra todo mundo. Portanto por estas e outras EU o considero um mal para o nosso bolso, mesmo que para as crianças ele esteja com a moral em alta.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal


Natal é tempo de luz

De muita felicidade

De distribuir só amor

De esperança e alegria

Para toda a humanidade

Dezembro chega até nós

Com renovada esperança

É tempo de muita festa

De alegria e brincadeiras

Para todas as crianças

Presentes e integração

As famílias se encontram

Perdoam os nossos erros

Porque NATAL é amor

É tempo de alegria

De unidade familiar

Dezembro ensina Deus

A todos nós só amar

Sejamos todos conscientes

Pensando no nosso irmão

Independente da idade

O NATAL nós faz pensar

Somente com o coração.

NATAL é tempo de ter

Brinquedos e mesa cheia

Vamos pensar com amor

Naqueles que não tem ceia

domingo, 11 de dezembro de 2011

No arremate da transa

Estamos chegando ao fim, sim ao fim de 2011.Hoje estive na estância(2 ht)local onde recarrego as baterias e local também onde faço minhas instrospecções, nesses momentos, procuro analizar meus erros e acertos durante o ano que se vai.A expectativa de melhora a cada ano que finda, nos dá a esperança que tudo mude, mas a realidade é uma só, finda o ano, inicia o novo e quem é pobre continua pobre, a vida não muda praticamente em nada, mas faz parte da nossa vida social, ter e procurar passar aos familiares e amigos a senssação que algo vai melhorar e nessa esperança que estamos prontos para enfrentar o ano de 2012 sem ter medo do que prognosticou o filme do fim do mundo. Nada vai acontecer, a vida continuará o seu curso normal sempre foi assim e desta vez não será diferente. Tivemos na semana passada, o dia de combate a corrupção e logo no dia seguinte, o dia do palhaço. Penso que neste aspecto, palhaço somos todos nós que estamos vendo corrupção todos os dias, mas somos incapaz de tomar uma decisão para combater esse mal que assola nossa sociedade em especial aos políticos. Quanto a isso, tenho uma conficção formada, mas que lamentavelmente nunca vai se realizar. O dia que conseguirem acabar com as coligações políticas para alcançar o poder, ela acaba com certeza.Só que quem tem que tomar essa decisão, são os políticos, portanto esperar que eles trabalhem contra eles mesmos, será uma verdadeira utopia.Voltando aos preparativos para as festas natalinas, o que se vê é a mesma história, comércio, comércio e mais comércio, pensamento cristão só no bolso de quem se locupleta com essas datas.Assiti um amigo gastar R$ 45,00 só em luzes para enfeitar a sua residência, ficou muito bonita, mas tenho certeza que com esse valor, no mínimo três famílias da nossa periferia conseguiriam fazer a sua ceia de natal.Eu pelo menos, colaborei involuntáriamente ao jogar no lixo as compras que fiz para ir para a estância...hehehe. Fazer o que, a vida é assim, tudo transformou-se de tal maneira, que é muito difícil alguém se preocupar com quem não tem, eles ou nós temos e quem não tem que se lixe.Mas de qualquer maneira, são datas que aproximam e unem às familias e os amigos, de repente só por esse fator, vale a pena comemorarmos a data com galhardia, UM FELIZ NATAL A TODOS.Vamos torcer para que o 2012 seja um ano de realizações para todos nós. BOAS FESTAS

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Coisas da idade

Nós temos uma fazenda ( 2 hectares ) à vinte kms da cidade e todos os fins de samanas costumamos passar no campo ( Vila de Palomas ). La recarregamos as baterias para enfrentar os percalços do dia a dia.Estamos lutando com a seca e as formigas para salvar algumas mudas de árvores frutíferas plantadas. Mas o que me leva a fazer esta postagem, foi a falta de atenção acontecida no último fim de semana. Sempre quando vamos, levamos o mínimo necessário para que dois veteranos ( eu e a minha véia ) possamos curtir realmente o ar da campanha e a tranquilidade la existente.Desta vez não foi diferente, fizemos as nossas compras que ficaram na sala pronta para serem colocadas no carro. No dia anterior fui severamente advertido para que não esquecesse de colocar o lixo na lixeira pois era dia de coleta. A ordem que me foi dada ainda veio com uma recomendação insistente, coloca o lixo amanhã antes de saírmos, para evitar que os cachorros rasguem os sacos de lixo e não esquece de tirar o lixo aqui de dentro como tu sempre faz, depois quando a gente volta, não se aguenta o mau cheiro dentro de casa.À noite eu estava na net e minha velha olhando novelas, quando decidi me recolher, mas antes resolvi antecipar a ordem recebida, pensei que seria mais seguro colocar logo o lixo pra fora e evitar perder o horário do caminhão(07:30).Desconfiei da quantidade de lixo que tinha dentro de casa, mas sem prestar a atenção devida, acabei colocando todas as compras destinadas ao nosso fim de semana em campanha, como se lixo fosse. Tranquei todas as portas e deitei em berço explêndido.Quando ouvimos o motor do caminhão do lixo, fui questionado: Colocastes todo o lixo na rua? Sim, inclusive o que estava aqui dentro.Quando levantamos e começamos a carregar o carro, a casa caiu. Cadê as compras que estavam aqui? Não é necessário colocar aqui, os elogios que recebi da minha esposa, além de ter perdido R$ 76,00 que realmente foram jogados no lixo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cuentos da Caserna

O CORNETEIRO
Quem foi militar ou mesmo os civis, sabem a função do corneteiro.Conheci muitos em minha vida de milico na Marinha e na Brigada Militar do Estado. Eles eram figuras importantíssimas no contexto da função militar, hoje mudou muitas coisas, o modernismo e o avanço tecnológico, propiciou inclusive corneteiros virtuais.Mas lembrando desses profissionais, me veio a memória um em especial que conheci no 2º Regimento de Policia Montada aqui em Livramento-RS. Este, tinha as suas qualidades entre elas o acúmulo de gases intestinais e a facilidade com que os expelia. Era um homem grande. meio parecido com o Cadeirudo, personagem de uma novela, das tantas que olhamos para agradacer nossas cara-metades.Este rapaz era oriundo de campanha, portanto não era chegado as modernidades da cidade. Inclusive costumava dizer que tinham inventado a bobagem da tal planta da mamona, planta essa que ele conhecia desde guri, quando a folha desta planta substituia o papel higiênico, raro naqueles tempos.Sempre que podia, aliviava suas necessidades biológicas campo a fora, o que lhe ocasionou sérias complicações.Pela manhã quando expelia seus gases intestinais retidos durante a noite, ninguém ficava por perto. Inclusive certa feita ele quando tocava a alvorada, aproveitou  o barulho da corneta para aliviar-se, mas não percebeu que o oficial de dia estava em sua retaguarda. A autoridade, um aspirante recém saído da Academia, louco pra mostrar serviço, lascou uma parte circunstanciada, cuja punião foi ser repreendido em meio a seus pares na leitura do boletim.Mas o fato que marcou sua trajetória na caserna, foi quando ele numa manhã de agosto, terminou de tocar a alvorada, largou a corneta e se foi ao banheiro, la chegando sentou no vaso e deu vasão aos seus intestinos.Ouviu-se um estrondo que mais parecia uma daquelas bombas rojão que a gurizada gosta de soltar em baixo de uma lata.O quartel que com o toque de alvorada, começava a movimentar-se, parou e os que estavam mais próximo se dirigiram ao banheiro e quem la estava saltou fora das privadas para ver o que havia acontecido.No IPM( inquerito policial militar ) que foi instalado, ficou provado que a pressão foi tão grande, que não havendo para onde sair o ar, o vaso nao aguentou e rachou ao meio

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DOADOR

Amanhã dia 25 de novembro serão homenageados os doadores de sangue, missão essa, tão necessaria para o preenchimento das lacunas existentes na maioria das bancas de sangue do País.Já fui doador credenciado e sempre pronto para dar a minha quote de participação nesse processo fundamental para o salvamento de muitas vidas. Hoje a idade não me permite ser doador.Mas como a vida ao longo dos anos nós dá muitos exemplos e histórias, vou ilustrar com esta postagem, em homenagem aos doadores, doações que fiz la pelos anos de 1965. Dei baixa do Corpo de Fuzileiros Navais, em agosto de l964, fui para Porto Alegre e por la gastei a sola do sapato, procurando emprego que não existia. Morei na rua Dona Veva, no pé do Morro da Polícia no Bairro Glória, e por la tinha uma galera desempregada, mas todos jovens que necessitavam além de trabalhar, se divertir, tomar algumas geladinhas ou umas purinhas mesmo, nos fins de semana da Capital.Nessa época, o Pronto Socorro da capital, pagava oito cruzeiros e um prato de comida por uma doação de 1/2 litro de sangue.Como não tinhamos emprego, usamos essa fonte de renda para as nossa diversões. Cada fim de semana, eram escalados 3 doadores voluntários que além de apertarem o rango do hospital, vinham com 24 cruzeiros para as despesas de fim de semana de todo grupo.Criamos uma escala que era religiosamente obedecida para que a fonte - renda - não secasse.Essas doações era feitas da seguinte maneira: deitado numa maca, o braço do doador era introduzido por um orifício para o outro lado do biombo, onde uma enfermeira coletava o sangue. Só que era colocado na mão do doador, uma bola de borracha onde este - doador - ficava flexionando a mão para o sangue fluir mais rápido.Dizem alguns que em vez da bola, uma enfermeira colocava o seio na mão do vivente e esse emocionado, ficava massageando-o e não percebia que em vez de meio litro, elas tiravam um litro, largando o cristão na pior. Para que os leitores vejam que la em 65 já haviam falcatruas na  área de sáude.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Passeio

Dei uma pequena voltinha, nesse volteio, coloquei 77 litros de gasolina, rodei 1360 kms. Saímos de Livramento, fomos a Sapiranga, onde passamos, três dias com um filho que mora la com sua esposa, de Sapiranga, subimos a serra e fomos a Caxias, onde ficamos mais três dias com uma filha que mora por la com a seu esposo e um neto e de la, descemos a serra para o vale do Taquari, passando mais três dias em Lageado onde também mora um filho casado e um neto.Finalmente no dia 21 retornamos a Livramento.Gente não é exibicionismo e sim quero fazer um pequeno comentário a respeito dessa viagem. Temos feito muitas viagens como essa e pretendoemos fazer outras tantas se o Home Véio nós permitir.Acontece que desta vez, sentimos não ter uma filmadora instalada no capô do nosso carro para que ela registrasse os absurdos que presenciamos eu e minha esposa.Se a cada viagem que fizermos, observarmos as barbaridades que são cometidas pelos estradeiros, vamos entender o porquê de tantas mortes e acidentes brutais em nossas estradas. Creio que só um motivo leva esse verdadeiro massacre em nossas estradas.''AS ULTRAPASSAGENS MAL FEITAS'' Gente só isso se conseguissemos controlar essas ultrapassagens em locais não permitidos, o resto tirariamos de letra.Tivemos a infelicidade de nesta viagem, passar por um acidente entre Paraíso do Sul e Agudo. Um carro bateu de frente com um caminhão e la estavam os dois corpos dos que vinham no carro estendidos e tapados com jornais.É uma cena de horror, a gente custa a esquecer o que viu e ainda fica a impressão que o próximo pode ser nós mesmos. Quando chegamos em casa, nós demos as mãos eu e minha velha, rezamos agradecendo a Deus por ter percorridos todo esse trecho e chegado são e salvos em casa.

sábado, 19 de novembro de 2011

Negros

Amanhã é dia da conciência negra.Eu apesar de negro, nunca me alinhei com qualquer movimento a respeito da raça.As vezes fui identificado como um negro diferente.Não saberia explicar os motivos ou o motivo que me levou a tal procedimento. Se quando jovem nunca me importei em participar, hoje com a idade que tenho será muito difícil tomar uma decisão a respeito.Não que não sofresse na pele o fato de ser negro e pobre.Sofri a discriminação que qualquer negro sofreu e sofre neste País de miscigenados.Sempre achei que nós negros apesar de discriminados, não somos os únicos.A discriminação faz parte do ser humano, chego a achar que tem negros que discriminam negros e por aí a fora. Mas ontem olhando um programa de televisão, escutei um pronunciamento do Pelé, que me chamou a atenção. Perguntado qual a sua posição sob os negros discriminados em campos de futebol, principalmente nos países europeus, respondeu que achava que a mídia exagerava um pouco, no seu entender as coisas estavam se acomodando. Ainda bem que a reporter o criticou duramente pelo seu pronunciamento a respeito.Ele sim é um negro diferente, bem situado,paparicado por onde anda, com certeza nunca soube o que é discriminação depois que se tornou o rei do futebol.Nesse ponto, concordo com o Dep. Federal Romário, ele o Pelé, calado é um poeta.Pois apesar de não pertencer a qualquer sigla ou movimento em defesa da minha raça, quero deixar o meu agradecimento pelo o que eles '' DEFENSORES'' fizeram e os sacrifícios sofridos, para pelo menos hoje nós negros termos voz.Certa feita, eu tinha oito ou nove anos, quando participei como guri que se infiltra em tudo que pode, de um churrasco político la na Vila do Plano Alto.No churrasco, havia gente de tudo que era pelo misturada, quando chegou a noite teve um baile para finalizar o encontro.Juntamente com outros guris da minha idade, adentrei ao local e por la estávamos de molecagem, quando um cidadão que hoje deve estar selecionando pessoas junto ao São Pedro, me pegou pelo braço e me tirou do local.Até aí tudo bem, eu não ía dançar mesmo era uma criança, mas o que chocou e lembro como se fosse hoje, foi o que ele comentou com outro parceiro dele: Esse negrinho pensa que é gente.Fui pra casa sem entender direito o seu pronunciamento,eu realmente achei que eu era um guri igual aos outros. Só o tempo me ensinou as diferenças entre ser NEGRO OU BRANCO.

Balceiros e chibeiros

je pela manHohã, lendo no Correio do Povo, duas matérias me inspiraram para fazer esta postagem.Primeira a crônica do Juremir sob as caixas de fosfóros e posteriormente a descida do rio Uruguai, feita pelos remanescentes Balceiros e Chibeiros. Para muitos estas palavras são desconhecidas, mas para quem conheceu os balceiros que desciam o rio Uruguai, transportando madeiras rio abaixo e os Chibeiros que faziam as ligações entre as cidades ribeirinhas de Brasil e Argentina, estas palavras além de saudosas, eram também um meio de sobrevivência daqueles tempos. Pois eu, não fui balceiro e nem chibeiro, mas o tema me toca e muito. Criei-me na Vila do Plano Alto, que fica apoximadamente uns 45 kms do rio Uruguai, mas como Uruguaianense, conheci de perto o que foram os Chibeiros e o que foi o conhecido Buraco em Passo de Los Libres e posteriormente, tive a oportunidade como Fuzileiro Naval de servir na cidade de São Borja e la, tive um contato assíduo com os Balceiros que com enormes balsas transportava madeiras vindas das regiões madeireiras do alto Uruguai.Naquela época esse era um meio de sobrevivência e hoje a descida é para lembrar que o avanço tecnológico e a construção da ponte que liga São Borja a Santo Tomé, tirou dessas pessoas o trabalho que era o sustento de suas famílias.Creio ser difícil o retorno dessas atividades, mas pelo menos os Chibeiros, poderiam fazer a travessia novamente, levando turistas ou pessoas que tivessem interesse em recordar o passado.

sábado, 12 de novembro de 2011

Feira do Livro

Está chegando ao fim a feira do livro, o movimento se supera de ano para ano.Eu estive na 52ª edição, tive a oportunidade que todos os escritores desejam e lutam para conseguir. Autografei uma coletânea na qual participei com dois poemas de minha autoria. Na 53ª, fui inscrito para particinpar da sessão de autógrafos do meu livro solo ''ReTalhos'', não compareci, fui duramente criticado pelos meus amigos e colegas autores que nunca conseguiram essa oportunidade.Bem, não me arrependo de não ter ido, me conformei em autografar esse livro em S. do Livramento, no meio dos amigos, familiares e escritores locais.Na sala cultural da minha cidade, fui feliz e guardo com carinho a presença de mais de 50 pessoas que foram me prestigiar e la sim autografei com muito prazer e quando conseguir editar outros livros, voltarei com o maior prazer a sala cultural de Livramento, para autografá-los e dividir com todas as pessoas que são a base de meus sucessos literários.Enquanto a Feira do Livro de Porto Alegre não mudar o sistema de autógrafos de escritores como eu, não tenho a menor intençao de la voltar.Bem vou explicar o porquê da minha burrice e teimosia em não querer ir autografar na maior Feira literária ao céu aberto da América Latina. Gente autores como eu, que não são conhecidos, que não tem mídia, que não tem muitas vezes condições de editar seus livros, são jogados ao ostracismo e ficam abandonados e esquecidos nos locais que lhe são reservados para a sessão de autógrafo. Eu fui, não gostei, fiquei das 16:30 até às 17:00 hrs, sozinho sentado numa mesa, autografando para mim mesmo. Achei uma situação, vexatória e constrangedora. Procurei os organizadores e dei a seguinte sugestão: Que os escritores principiantes, fossem reunidos em sessões coletivas de autógrafo e tivessem ao menos condições de interagir com outros autores, trocando e autografando obras uns dos outros. No meu entender - que pode até ser errado - haveria uma integração maior entre os desconhecidos e ainda estariam livres de permanecerem abandonados como eu me senti no dia que tive o previlégio de autografar nessa grande feira.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Combate de Campo Osório


Na revolução federalista de 1893, o governo central da época, deslocou para esta região, efetivo das três forças militares. Nessa revolução, que foi praticamente dizimado um efetivo da Marinha de Guerra do Brasil, sob o comando do Almirante Luiz Felipe de Saldanha da Gama. Este Almirante e seu efeitvo, foram mortos por forças legalistas sob o comando do Cel João Francisco Pereira de Souza e Cândido Azambuja, que faziam parte da Divisão do General Hipólito Ribeiro. O Almirante foi morto a golpes de lança, desferido pelo Cap. Salvador Senna, de alcunha Tambeiro.Segundo o que diz os Cadernos de Sant'Ana, escritos pelo historiador Ivo Caggiani, o Almirante foi perseguido e morto, por não ter habilidade na arte de cavalgar, meio este que usava em sua retirada do campo de combate, na localidade de Campo Osório. Há muitas informações em relação ao fato em si, mas o que quero destacar nesta postagem, é que o Almirante Saldanha da Gama, foi morto duas vezes e hoje ressuscita para a admiração dos Santanenses e turístas que aqui aportam.No campo de batalho, seu corpo só foi reconhecido por ter o seu algóz com a ponta da lança recolhido o seu chapéu, que tinha uma fita verde e amarela bordada com fios de ouro ''EXÉRCITO LIBERTADOR''.A sua segunda morte, foi que na praça onde está o seu busto, o camelódromo tomou conta por mais de 25 anos e o busto em sua homenagem servia como poste para a amarração das muitas barracas que escondiam totalmente a figura do Almirante.Após uma longa disputa de espaços, a Justiça Federal, responsabilizou a Prefeitura Municipal para que desobstruisse o local, por ser uma linha divisória entre o Brasil e o Uruguai.Poiss com essas medidas, ele ressurgiu do meio das barracas, caixas de papelão, artigos do Paraguai e outras cossitas mais. A Prefeitura está recuperando a praça e eu como Veterano do Corpo de Fuzileiros Navais, força especial da Marinha de Guerra, estarei entrando em contato com quem de direito para a reustaração do pedestal e a imagem do nobre Guerreiro.

sábado, 5 de novembro de 2011

Minhas raízes

Após uma longa procura, achei, sabia que existia, mas só não conseguia descobrir onde, em que lugar, em qual pasta. Mas felizmente consegui. Falo da foto postada nesta matéria. Nessa casa, eu me criei desde o 5º dia do meu nascimento. Fui desmamado e passei a responsabilidade da Vó Chata, uma negra velha parteira da Vila do Plano Alto. Nessa casa eu vivi até aos 12 anos , fui entregue aos meus verdadeiros pais e voltei novamente com 16 anos. Nessa volta passei a viver com meus pais e com a Vó Chata. Dela sim não consegui fotos,sei que tenho, falta descobrir também onde e qual a qualidade. Os amigos podem perguntar qual a importância e a finalidade deste relato. Para mim é um achado de muito valor, porque tudo que tenho e tudo que aprendi no meu caminho, teve o início nesse rancho de capim, onde imperou a pobreza, a dificuldade, mas que era cheia de amor, de carinho, da Vó Chata e de seus familiares. No meu livro AS HISTÓRIAS DO NICÁCIO - no forno - muitas são desse tempo, queridos tempos. Hoje quando observo o que tenho, penso no que eu tinha nessa época. Apesar de não ser um religioso confesso, curvo-me a soberania de um ser superior - DEUS - e agradeço ao home véio, por ter me permitido que fosse tão longe e ainda por permitir que eu continue trilhando este caminho de sucesso e realizações. Dentro de todo este quadro, elevo além de Deus, o meu agradecimento a Vó Chata que foi a responsável pelo o início deste caminho.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Enfraquecer

É desnecessário dizer aos leitores o siginifacado desta palavra - ENFRAQUECER - com certeza todos sabem o que a contece quando um grupo, uma sociedade, uma integração, uma turma de amigos permite que esse pensamento se instale no seu meio. Dizem os estrategistas, que quando tu não consegue destruir o teu inimigo, aliá-te a ele e conseguirás o teu intento. Pois o que aconteceu com um grupo conhecido e respeitado nas suas atividades, foi exatamente isso. Bateram insistentemente na sua organização, com ofensas, mentiras, calúnias, enfim foram usados todos os meios possíveis para denegrir e desmoralizar os seus componentes, mas eles continuavam firmes e transpondo todos os obstáculos que colocavam em sua frente, até que vendo e sentindo que com esses subterfúgios nada conseguiam, mudaram a tática. Conseguiram conquistar um grupo dentro do grupo e a partir daí, começou a discórdia, a fofoca, o dis que me disse, o desentendimento, esse trabalho foi sutíl, discreto, silencioso, mas com grande poder de impacto, até que conseguiram que esse grupo mandasse no grupo.A partir dessa conquista, a coisa começou a andar, começaram a aparecer os resultados desejados e hoje após longos e sacrificados anos de amor ao que faziam, o grupo esfacelá-se silenciosamente e o pior é que seus idealizadores em vez de reagir, retiram-se e com isso o enfraquecimento é notório e logo ali, ele não existirá mais, não terá forças, os que permanecem fiéis a seus fundadores, não terão energias suficiente para enffentar seus dominadores.E eu aqui, sem estar participando, mas também me considerando um desertor, assisto o fim de um trabalho que foi profícuo, responsável, honesto, com ideais firmes e consistentes naquilo que faziam. Portanto quero deixar o meu alerta, o meu grito de desespero em ver mais um objetivo que foi alcançado, ser destruido. Mas quero também dizer aos que ainda acreditam numa reação, sou parceiro para a reformulação e a tentativa de voltar aos velhos tempos, quando esse grupo era um ninho de amigos, companheiros, integrados e participativo naquilo que mais gostavam.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

COMUNICAÇÕES

Hoje conheci um carioca de cepa, o homem é nascido no Rio de Janeiro, mas apaixonado pelas coisas boas do nosso pago. Ele tem um blog, ocariúcho, quer me parecer que é o carioca gaúcho. Ele cometeu um pequeno engano em relação a uma música do meu irmão Enio Medeiros, para que fosse corrigido o engano, eu entrei em contato com ele e prontamente, o nosso cariúcho, sem floreios acertou, coisas das comunicações, como dizia o velho Chacrinha, quem não comunica se trumbica, pois batemos um papo e já me considero amigo do Valmir Gomes que é o seu verdadeiro nome e partir de agora vamos trocar figurinhas com certeza. Todas as informações que eu tiver nessa área vou mandar para que ele se achar importante, publique no seu blog, que deixo aqui para quem desejar acessar.'' ocariúcho.blogspot.com''

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O GENERAL

Em maio de 1986, nós tivemos que operar um filho que nasceu com cardiopatia congênita, uma doença hereditária e que surpreendentemente foi diagnosticada num outro filho que já está com 42 anos e ao fazer uma revisão normal, ela apresentou-se mas segundo a médica, sem problemas maiores a não ser o acompanhamento. O que precisou ser operado, tinha na época apenas 6 meses e imaginem o sufoco que foi o diagnóstico, a operação e acompanhamento de todo o processo. Hoje ele está com 26 anos, graças a Deus, forte, sadio e sem sequelas nenhuma. A operação, ocorreu no hospital Moinhos de Ventos em Porto Alegre, executada por uma equipe de médicos do hospital do coração. Ficamos 7 dias com ele hospitalizado. Nesse período, aconteceu um fato digno de registro e que passarei a relatar nesta postagem. O banheiro servia para dois apartamentos, quando era usado por um , tinha um interruptor que ao ser acionado, ascendia uma luz vermelha para evitar que as pessoas entrassem com o banheiro ocupado. Só que no outro apartamento, estava baixada uma senhora de uns 80 anos e era comum ela esquecer de acionar o interruptor, sendo que várias vezes entrávamos no banheiro e ela estava lá, isso, proporcionou um relacionamento muito bom e costumávamos conversar nesses encontros casuais dentro do banheiro. Um filho dessa senhora, veio de Brasilia para visitá-la e a partir daí, durante às tardes que eram longas, começamos a conversar e a tomar mate, claro que não era no banheiro e sim em visitas que fazíamos um ao outro. Tínhamos longos papos, ele me contando da vida no planalto central e eu lhe informando como era a vida na fronteira. Ele chegava a dizer que gostava muito do mei jeitão de conversar e de tratá-lo, tchê pra la e tchê pra cá.Passado uns dois dias de papo, eu começei a indagar o que ele fazia em Brasilia, em que trabalhava.Quando ele me disse que era funcionário público, eu de imediato lhe respondi: Mas tchê, então somos colegas, mas em que setor tu trabalha la?Me respondeu que era militar, mas faceiro fiquei, e lhe disse que eu era Brigadiano, 3º sargento, coisa e tal e tornei a perguntar, mas tchê tu é milico do exército ou da polícia. Quando ele me olhou e começou a rir, ascendeu uma luz amarela e eu desconfiei que estava pisando num campo minado.
Já não perguntei nada, fiquei quieto, foi quando ele me disse. Medeiros eu sou General do Exército, mas quero te fazer um pedido. Tu és sargento da Brigada la fora nas tuas atividades normais e eu sou General la em Brasilia, nós fizemos uma grande amizade neste dias de dificuldades que estamos passando e quero que enquanto nós estivermos aqui ,vamos esquecer nossas graduções e continuar este relacionamento que me fez tão bem. Concordei no ato, mas foi impossível cumprir e obedecer o pedido feito por ele, no meu sub consciente está até hoje com 69 anos, gravado o respeito, a disciplina e a postura de qualquer militar. Continuamos nossas conversas de fim de tarde, mas nunca foram as mesmas, com a liberdade de expressão e a espontâniedade dos dias que fomos iguais sem galões e nem divisas. Não me perdôo até hoje, por ter deixado de anotar o seu nome e o da sua mãe, pois foram companheiros fundamentais para levantar o nosso astral, naqueles dias difíceis que passamos ali.

domingo, 23 de outubro de 2011

Riminiscências


Essa palavra, nós faz recordar, relembrar, voltar ao passado ou a fatos que aconteceram e que marcaram por algum motivo, permanecendo em nossas memórias. Pois ao encontrar uma antiga colega de trabalho, relembrei quando era CVMI(Corpo Voluntários de Militares Inativos) da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.Nessa condição, prestei serviço por alguns anos ao Forum desta cidade(Livramento-RS),e la desempenhei várias funções, entre elas, auxiliar do Cartório Eleitoral e como tal, fui designado junto com essa colega, para fazermos a transferência dos títulos eleitorais das pessoas pertencente a um assentamento (colonos) dos que já existiam por aqui na época. Tudo transcorreu na maior tranquilidade e as transferências ocorreram sem novidades, a não ser dois fato que mereceram algum destaque e vou contar nesta postagem. No primeiro dia que chegamos ao local, fomo recebidos num galpão onde tudo era de todos, o leite, o pão, enfim tudo que era produzido era repartido com todos. O café da manhã, foi servido numa grande mesa onde havia, queijos, doces, chimias, salame, um verdadeiro café colonial. Eu e o motorista aceitamos de pronto, mas a nossa colega deu uma desculpa esfarrapada e não quis tomar o café. O fato é que pela grande quantidade de alimentos ali expostos, facilitava a proliferação de algumas mosquinhas, ou melhor grande quantidade delas, que não respeitavam nada, sentavam em tudo que havia no local, inclusive na gente. Para tomar o café e se deliciar com todas aquelas guloseimas, era necessário ignorá-las, foi o que eu e o motorista fizemos, mas o que a nossa colega não conseguiu, por isso ficou sem café. Havia ainda num quarto próximo ao local, uma pessoa que estava com os bronquios um pouco carregados de catarro e quando tossia, dava a impressão que largava pedaços do pulmão, mas isso também foi ignorado. Teve um dia que esquecemos de levar nossa aparelhagem de chimarrão e a pedido da nossa colega, solicitei a um dos colonos a possibilidade de conseguir um mate para acalmar o calor que se fazia intenso. O nosso serviço era feito numa sala do colégio que atendia as crianças do assentamento. Havia uma grande varanda e uma boa sombra para matear tranquilo. Quando chegou o mate fomos sentar para saboreá-lo, mate esse cevado pelo amigo do assentamento. Fiquei surpreso ao ver que a colega não quis tomar nenhum mate, mesmo sendo ela que pediu para conseguirmos.Quando encerramos o trabalhos e voltávamos para a cidade, perguntei a ela o motivo de ter pedido o mate e depois não querer tomá-lo.d Foi aí que ela explicou que o colono que estava de bermuda e chinelo de dedos, enquanto eu tomava o mate, ele sem serimõnias limpava com as mãos o dedo mingo do pé, onde tinha uma pequena frieira que chegava até o osso. Quando eu lhe devolvia a cuia, ela ajeitava a bomba, com a mesma mão que servia para cossar a frieira. Mas funcionou o velho ditado que diz:''O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE''

domingo, 16 de outubro de 2011

TEBAIDA

Sempre que viajo, procuro tirar algo ou algum assunto que seja interessante para postar no meu blog.A ida a Uruguaiana, não foi diferente, além de assistir a parada Gay, lembrei de algo que não estava esquecido mas sim guardado no fundo do baú.Quando meu pai foi capataz da estância Progresso, no Passo da Cruz, hoje pertencendo ao município emancipado da Barra do Quaraí, conhecemos o indiginista Ayres Cunha, casado com a índia Diacuy da tribo Kalapalo localizada no alto Xingu no Amazonas.O Ayres, era irmão do patrão onde meu pai trabalhava. Um homem quieto, reservado, passava longas horas centado sozinho sem conversar com ninguém, mas quando estava de acordo, era a atração do pessoal da fazenda.Contava histórias interessantes de matos, rios, animais e índios da região onde ele andou, era o nosso fantástico daqueles domingos, dos tempos que não existia nada da tecnologia de hoje.Era comum ele estar no meio de suas histórias, quando chegava sua filha a Diacuyzinha, emudecia e ninguém conseguia fazer ele continuar nem seu irmão o tirava do silêncio que nós guris e os demais conseguiam entender.Com o passar dos anos, fomos tomando conhecimento de sua história e compreendendo seu sofrimento. A índia Diacuy com quem ele casou, morreu no parto da menina que o fazia emudecer. Nos anos 60 a mídia noticiou o seu casamento em grande estilo e projeçáo mundial.Ela morreu em São Paulo, posteriormente ele levou os restos mortais de sua amada para ser enterrada em sua tribo e voltou para o nosso Estado, onde construiu sua morada em Uruguaiana, ao lado da Br 290, em frente a Sub Estação da CEEE, uns 600 metros da Polícia Rodoviária Federal daquela cidade.A morada era uma réplica de uma taba ou casa índigina, havia uma pequena cruz e um pedestal onde citava dados desse acontecimento. O nome era TEBAIDA. Procurei saber o significado dessa palavra. ''SOLIDÃO PROFUNDA''Hoje é uma tapera, onde restam as árvores e o pedestal,nesta viagem, tentei chegar no local para ilustrar este comentário com uma foto, mas não achei o local de acesso, apesar de ser à beira da estrada é difícil chegar ao local.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ontem em Uruguaiana onde me encontrava, assisti uma passeata Gay, com alguns fantasiados e muita gente acompanhando e apoiando a manifestação, que foi a nível nacional. Sou totalmente a favor do direito de cada um escolher as suas opções. Comente posteriormente com alguns familiares que aqui em Livramento onde temos uma cidade diferente, não tem. Prontamente fui questionado pelos presentes se aqui em Livramento não tinha Gays, no que corrige o mal entendido. É claro que aqui existem Gays como em qualquer lugar deste nosso querido Brasil, o que comentei é que aqui em Livramento eu não tinha assistido nenhuma manifestação a respeito desses direitos. Mas tomara que movimentos como esses, venham concientizar as pessoas e acabar com essa intolerância absurda que estamos vendo nos noticiários.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O MUNDO

Certamente os leitores se peguntarão o porquê de abordar este assunto se já várias vezes reclamei do tratamento que recebi dos argentinos quando por la eu andava. Pois é, o que me traz a este assunto, é algo que não quero afirmar nem contestar, simplesmente quero me reportar a uma reportagem que assisti algum tempo atrás.Certa feita, aproveitando a beleza geográfica e o efeito medicinal das águas termais em Guabijy, Uruguai, assisti pela tv a cable, um documentário onde explicava e detalhava o que foi a conquista das terras patagônicas onde hoje se encontram provincias Argentinas.Segundo o comentário, um General de nome Rocca, distribuia seus exércitos numa extensão de 30 kms em linha e fazia uma varredura com os povos indígenas ali existentes, o que não matavam, escravizavam, estupravas as mulheres e queimavam suas aldeias em nome da civilização e posse daquelas imensidões.Dito isso, me reporto ao estrago feito pelo vulcão chileno PUYEHUE em junho passado, onde tapou toda aquela região de cinzas vulcânicas e complicou a vida de todo mundo. Isso foi manchete no mundo todo, mas como acontece sempre, é notícia enquanto a mídia fatura, posteriormente, o processo esquece tudo e o mundo segue sendo mundo. Mas este fato, apesar de não ser tão divulgado como foi na época, continua fazendo estrago. A Província do Rio Negro onde estão localizadas as cidades de San Carlos de Bariloche, Cippoletti e GENERAL ROCCA, estão em situações complicadíssimas e endividades em mais de $ 3.000.000,00 de pesos, suas plantações dizimadas, suas criações, gado e ovelhas, o que não morreu estão morrendo, seus carros precisam de troca de filtros a cada 30 dias, e a população que nada tem a ver com os massacres do passado, estão sendo massacradas pelas cinzas do atual vulcão que sabe podem ser mensagens de fumaça dos povos que foram exterminados em nome da civilização. Hoje foi eleito um novo governo , Omar Goye de linha kirchenista, tomara que ele consiga resolver a grave situação que se encontram essas comunidades.

VELHO MERCADO

Exatamente hoje, o Mercado Público de Porto Alegre está completando 142 anos. Um velho, com aparência e energia de um jovem. Meu contato com o MP, é recente, o conheci no ano de 1965, quando cheguei a capital para tentar um lugar ao sol. O MP é uma referência de todos os gaúchos e também de quem mesmo não sendo gaúcho, aporta neste querido chão. Apesar da minha pouca convivência com esse logradouro público, tenho muitos fatos e atos que me reportam a esse local. Quando na condição de soldado da briosa Brigada Militar, nas horas de folgas ou férias, para conseguir alguns trocados a mais, - O ESTADO SEMPRE NOS BRINDOU COM SALÁRIOS BAIXOS E NA ÉPOCA ATRASADOS - para superar as dificuldades de manutenção e sobrevivência, o MP era o ponto central de toda e qualquer atividade. Como cobrador de ônibus da linha SENTINELA, nosso ponto de chegada e saída, era o MP. Poderia citar muitos acontecimentos dessa época, mas vou relatar um, que tenho certeza marcou uma garçonete de uma lancheria que funciona de frente para o Palacinho na praça em frente ao MP. Essa é mais recente que o meu relacionamento com MP, foi ontonte, ha 23 anos atrás, eu fui a capital para prestar um exame para entrar no CVMI -Corpo de Voluntários Militares Inativos - eu só podia usar farda depois do referido exame. Mas, como afirmei acima que sempre fomos desconsiderados não pelo governo atual e sim por todos os governos que passaram pelo PIRATINI desde que sou funcionário público e nessas condições para não pagar passagem e ter maior facilidade para conseguir uma carona, fui fardado sem permissão para isso. Não ia só, foi comigo de parceiro um Sub Tenente Bombeiro. Ao chegarmos na capital, chegamos nessa lancheria no Mercado Público para tomar um café. Foi quando surgiu um grande desentendimento entre algumas pessoas que ali estavam e inciciou-se uma briga entre dois individuos. Prontamente a funcionária da lanchonete pediu desesperadamente que nós intervisse na contenda.Eu sentindo a fria que me meteria, abandonei o café e me encerrei num banheiro para tirar a farda e esperar que os ânimos se acalmassem. Quando sai a paisana do banheiro, um efetivo da Brigada Militar estava atendo a ocorrência, eu tratei de me resvalar sem ser notado, mas acontece que o nosso café não tinha sido pago e quando a moça me viu chamou um brigadiano e o resultado foi que tive que pagar a contar e dar uma série de explicações ao oficial que comandava o efetivo. O meu acompanhante só fui encontrar as 23:00 na estação rodoviária e quando me viu, me perguntou: Tche onde tu te meteu na hora da briga, eu sai de fininho, nem o café paguei. Eu fiquei só olhando pra cara dele. Esses são fatos que considero estarem dentro da história do Mercado Público que hoje completa CENTO E QUARENTA E DOIS ANOS DE HISTÓRIAS DA CAPITAL DO PORTO DOS CASAIS

sábado, 1 de outubro de 2011

Quando será?


Estas são de São Gabriel, onde estão as de Livramento?

























quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O OUTRO LADO

Em tantas viagens que fiz quando trabalhei para Trans-Ritmo-Ltda – Emp. De Imp. E Exp. De carros 0-KM, numa delas fui escalado para levar um caminhão trator (Cavalinho) para a cidade argentina de Córdoba, distante uns 800 km de Passo de Los Libres. A viagem transcorria normalmente, até que cheguei à cidade de San Francisco. Passávamos por fora da cidade, com caminhões, cheguei num posto conveniado com nossa firma, onde encontrei um carreteiro, que trabalhava na mesma empresa, eram por volta das 0900 hrs da manhã, estava tomando café, conversamos, recusei o convite para acompanhá-lo no café e segui meu rumo. Próximo dali havia um posto policial argentino onde fui para verificação de documentação, surpreendentemente, o policial alegou alguma irregularidade nos documentos que lhe apresentei, solicitou que eu o acompanhasse até a comissária que ficava no centro da cidade. Quando manobrava o caminhão já acompanhado do policial, o meu colega que estava no posto anterior, passou, buzinou, abanou-me e seguiu seu destino. Eu calculando ser um imprevisto temporário que só atrasaria minha viagem por alguns minutos, segui tranqüilo para a comissária. Mas surpreso fiquei, quando chegamos a comissária, o policial mandou que eu fechasse o caminhão e lhe entregasse a chave do mesmo.
Ainda pensei que ao chegar ao seu superior tudo seria esclarecido, não me preocupei muito.
Não imaginava que estava começando uma das experiências mais terríveis que tive em minhas aventuras de caminhoneiro. Na frente de mais dois policiais, foram solicitados meus documentos e uma ordem para que tirasse o meu cinto, minha aliança e um anel, sendo que já um pouco nervoso tive dificuldade com o cinto no que fui ajudado por um dos policiais, que pegou pela fivela puxando-o violentamente, fazendo com que eu desse uma volta sobre mim mesmo, tendo me olhado com um olhar sarcástico e debochado. Nisso fui interpelado pelo outro que examinava meus documentos, perguntando-me seu eu era policial, ao ver minha carteira de policial militar do Rio Grande do Sul. Respondi aliviado que sim pensando que ao verem minhas condições de seu colega tudo estaria resolvido. Tremendo engano, afirmou risonho que: Oste és Policia Allá em tu tierra acá Oste no és nadie. A partir daí, fui levado para um pátio interno, onde foi aberta uma porta de ferra e mandaram que eu entrasse. Resisti o que pude, pedindo o direito de ligar pra minha empresa ou para um advogado, no que um deles se retirou, falou com outro e voltaram juntos, pensando eu que me daria o direito universal de procurar me defender de uma acusação que até o momento eu não sabia qual era. Dos dois que voltaram, um deles deu-me com a mão aberta um violenta tapa na nuca e o outro o auxiliou, dando-me um violento chute na bunda, com esse apoio inesperado, acabei caindo estatelado dentro do xadrez onde existia outros presos.
A porta foi fechada violentamente e achei-me na presença dos novos colegas da cadeia apavorado, desnorteado e sem saber o motivo de tamanha arbitrariedade e tanta violência.
A partir daquele momento comecei a entender as histórias dramáticas contadas por outros colegas que já tinham provado a ignorância e o abuso de autoridade da policia argentina.Passado o primeiro impacto da surpresa e o medo que senti ao ser tratado como um marginal pela primeira vez comecei a analisar a situação difícil e complicada na qual eu estava inserido. O local era um xadrez com três celas laterais, algo parecido com um salão e um banheiro ao fundo. Na primeira cela de aproximadamente 2,5 por 1,90, havia 08 presos, um maior e os outros todos menores de várias idades, todos deitados ou acomodados sobre uns alcochoados e cobertores velhos que lhes servia de cama, onde todos estavam deitados ou em cima daqueles trapos velhos e sujos. Na segunda, havia um sujeito grande, mas não chegava a ser gordo, peludo, parecia um chipanzé, só que, branco, deitado sob um colchonete com um edredom, tudo limpo e bem arrumado, ele estava sentado na cama recostado na parede. Na outra cela não havia ninguém, estava totalmente vazia. No fundo o banheiro, com algo que devia ter sido um sanitário, onde existia só um buraco onde se fazia as necessidades fisiológicas, com um cano na parede pingando água, devia ter havido ali uma torneira. O local era assustador, sujo, ou melhor, imundo, com um cheiro insuportável que chegava a dar náuseas. Após essa análise fui interpelado pelos presentes, todos queriam ao mesmo tempo saber o motivo da minha estada ali e queriam saber como eram as cadeias do Brasil, quando descobriram que eu era brasileiro. O ambiente foi se acalmando, começamos a conversar, eu procurando explicar os motivos da minha prisão e com muito cuidado informando que eu não era da área mas r sem deixar transparecer que eu nunca tinha passado por uma situação tão constrangedora e complicada como aquela. O que senti de imediato, apesar da aparência dos meus colegas de momento, foi a total solidariedade e ainda quando sentiram que eu estava muito nervoso, procuraram me tranqüilizar, dizendo que aquilo não era nada e que eu sairia numa boa da situação. Só então entendi o que sempre vi na minha vida profissional, quando tive a oportunidade de entrar em presídios ou locais que houvesse pessoas na minha situação. Fazia uns seis meses que eu lutava para deixar de fumar,mas a primeira coisa que fiz, foi acender um cigarro que me foi oferecido por um dos componentes da primeira cela. Hoje penso e parece-me que aquele foi o melhor cigarro que fumei na minha história de muitos anos de vicio. Comecei a caminhar desesperadamente dentro cela, não conseguia me controlar, comecei a analisar a minha situação e cheguei à conclusão que não era das melhores diante de tantas outras que passei ao longo dos anos. Estava a 700 km do Brasil, preso sem terem permitido que eu comunicasse a firma ou falasse com advogado, os meus companheiros, ninguém sabia que eu estava preso e sabendo dos horrores que contavam a respeito das prisões Argentina. Ao meio dia, foi aberta a porta externa da cela. Cheguei a dar um salto, pensando ser o motivo da vinda do carcereiro. Tremendo engano, a porta foi aberta, por onde uma panela grande de alumínio com alças de arame, foi empurrada com o pé pra dentro da cela, a porta voltou a ser fechada e o conteúdo do recipiente, algo parecido com bonzo, (alimento para cães) era o nosso almoço e uma água verde doce parecida com chá de alfafa era o suco para acompanhar a refeição. Não consegui almoçar, mesmo com o apoio dos novos companheiros que pediam que eu me acalmasse que tudo se resolveria. Às 14 horas, eu não agüentava mais a dor nos rins acha que pelo frio e a umidade da cela, nervosismo etc... Como não havia lugar pra eu sentar, acabei sentando na cama mais limpa, que era a do argentino, que depois fiquei sabendo que era motorista que nem eu. Sentei na ponta do colchão e encostei-me na parede, onde dormi até as 15 horas. Após conhecer os motivos dos colegas estarem presos, comecei a ficar mais calmo, mas mesmo assim muito preocupado com a minha situação. Os presos da primeira cela eram todos menores com exceção de um que era maior de idade e estavam recolhidos por envolvimento com drogas. O outro era um rapaz argentino que foi recolhido como eu, por uma infração de trânsito. Tinha sido condenado a oito dias de reclusão por não ter usado uma lona protetora na carga que levava. O argentino maior de idade me chamava constantemente para me mostrar como tratava os seus discípulos. Dizia: Brasil, Brasil mira. Quando eu chegava à cela, ele pegava um dos guris e dava um beijo na boca e me perguntava, Tche Brasil no quieres te regalo sin te cobrar nadie. Depois começou a içar-se com as mãos, numas janelas basculantes e gritava para mim: Brasil, Brasil, Beni para ver que maravilla. Tanto insistiu que resolvi atende-lo e me dependurei na janela. Do outro lado do pátio, havia umas celas femininas, onde tinha umas gurias que colocavam os seios nas grades para que nos pudéssemos olhar.
Às 16 horas, começou a visita aos presos, e o outro motorista foi chamado e levado para uma sala onde estavam seus familiares. A partir daí, começou uma cena que me intrigou, até que descobri e usei o mesmo esquema. Eles chegavam numa pequena abertura da porta de ferro e gritavam: fulano pedi-me, fulano pedi-me. Daí a alguns minutos, vinha um guarda abria a cela e tirava o sujeito. Perguntei por que aquilo, ele me explicou que quem estava de visita pedia para visitar quem pedia e assim o guarda vinha e tirava o preso para receber a visita solicitada.
Como sabia o nome do meu colega motorista, apelei também. Gritei Robertoooo! Pedi-me, não demorou mais que dois minutos e um guarda veio e me liberou. Foi um alivio sair para o pátio, ver sol, ar puro e gente. Conversei com os familiares do Roberto até terminar a visita, tendo voltado pra cela mais aliviado. Até que aproximadamente às 17 horas, veio um guarda e pediu para mim sair e acompanhá-lo. Fui encaminhado para uma sala onde uma policial feminina escrivã passou a me indiciar e tomar todos os meus dados tirou inclusive a impressão digital dosdedos das duas mãos. Após esse cerimonial, fiquei aguardando El Juez de Culpa para receber a minha sentença. Na Argentina, Uruguai e creio que todos os Países do MERCOSUL têm um juiz de plantão que julga e condena os indiciados, em pequenos delitos. A Argentina tem as províncias independentes, cada uma tem sua jurisdição própria. Só depois fiquei sabendo que por esse motivo, eu fui arrestado (preso) e condenado. Também lá, as infrações de trânsito são acompanhadas de prisões temporárias dependendo do delito cometido. Voltando a cadeia, após ser qualificado, identificado e esperar o julgamento, comecei a receber propostas para em cada viagem que fizesse levar não mais que um kg de cocaína, segundo o informante, eu ganharia em cada viagem o que eu não ganhava em um mês levando carros 0 km para a Argentina. Fingi concordar, para não criar animosidade com meus colegas de cela. Aproximadamente às 18 horas, vieram me levar para ser julgado. Cheguei numa sala ampla, havia um Senhor com óculos de grau onde mandaram que eu sentasse em frente do mesmo. Comecei a falar sem parar, creio que por causa do nervosismo, reclamei pela presença de um advogado, pedi para ligar para a minha empresa, perguntei o crime cometido para estar ali preso, enfim, fiz uma série de perguntas quase todas ao mesmo tempo. Quando parei, o juiz me olhou por cima dos óculos e lascou:
Brasil, acá quien hace lás preguntas soy yo, hoste solo tiene que responde-las. Resultado, depois de me enquadrarem em vários artigos, fui condenado a 24 horas de detenção, como havia me comportado bem durante o período que la estava, fui solto para arrumar o caminhão e seguir viagem, se fosse pego pela mesma infração, seria arrestado(preso) por oito dias. Não perdi tempo, peguei meus documentos, a chave do caminhão e caí fora, só pedi que me dessem um comprovante que eu estava preso para mostrar na empresa e justificar o meu atraso. Deram-me uma declaração, que eu usei para divulgar no Brasil a arbitrariedade da policia Argentina. Para ornamentar ainda mais esta história, após entregar o caminhão em Córdoba, eu e outro colega estávamos em um trevo na saída da cidade, tentando conseguir uma carona, quando fomos abordados por uma viatura da polícia local com três policiais, que mesmo mostrando nossos documentos e documentos da empresa, não foi o suficiente para que eles nos revistassem e abaixo de ofensa a nós e ao nosso País, nos obrigaram a abrir nossas sacolas e tirar todos os nossos pertences, os quais foram jogados na terra e revirados coma a ponta de seus cassetetes. Só nos deixaram em paz, após conseguirem 12 pesos, três para cada um deles. Este episódio, foi fundamental para a minha desistência, trabalhei mais uns 30 dias e pedi as contas na firma.






PERIGO

Ontem, após a grande vitória deste País maravilhoso contra os prepotentes Argentinos, assisti o final de um documentário que versava sobre uma jornalista brasileira que sumiu na ditatura deles e nunca mais foi localizada. Após ter assitido o programa, foi que voltei no tempo e senti o perigo que corri, quando em viagem a serviço naquele País, no dia 09 de setembro de 1993, fui preso e recolhido a uma cadeia pública da cidade de San Francisco a 700 kms do Brasil. Por lá fui agredido, ofendido, despojado de meus pertences. Vou colocar neste blog, a história que escrevi descrevendo os horrores que passei nos dois dias que conheci realmente o que é ser preso pela polícia argentina, arbitrária e violenta

O POR DO SOL NA FRONTEIRA



domingo, 25 de setembro de 2011

O ENCONTRO

Ontem estive na minha estância ( 2 hectares ), trabalhei durante todo o dia, aramei, plantei, limpei, trabalhei de carpinteiro, enfim quando chegou a tardinha, vim embora com a carcaça doendo mais que sovaco de aleijado. Hoje, voltamos, sim porque eu não estava sozinho, estava junto com a minha companheira de 43 anos, a patroa. Só que chegamos cheio de idéias e vontade de fazer mais alguma coisa, mas os corpos não aceitaram a determinação de nossas mentes e acabamos tirando uma longa sesta. Quando acordamos tratamos de juntar as tralhas, fazer uma visita a um casal de amigos e voltar pro rancho do povo. Fomos recebidos com um mate gostoso e uma prosa daquelas que passam as horas sem a gente sentir. Bateram na frente da casa e o Nenê foi receber algumas pessoas, mas eu fiquei atento ao assunto trocado pelos visitantes e o dono da casa. Queriam que o meu amigo contasse algumas histórias antigas a respeito da região. Mas o Nenê que é mais chucro e arrisco como gato escaldado, ficou ruminando e não queria aceitar o convite. Eu quando vi qual era o assunto, fiquei me embalando como pilincho no arame, loco pra me meter no assunto que não era comigo. Sorte minha que no grupo tinha um parceiro de poesias e ai foi fácil me intrometer no assunto e já fui dizendo que contar histórias era comigo mesmo, mas que eu não era da região, e eles queriam histórias regionais. Mas o assunto foi andando e fomos trocando idéias e pontos de vista e a partir daí, coloquei-me a disposição da gurizada para informá-los daquilo que eu tivesse conhecimento. Portanto tudo aconteceu para que eu pudesse me encontrar com esses jovens que me surpreenderam com o assunto e sua finalidade, querem fazer um documentário sob a nossa história. Que coisa mais linda, mais bonita e de fundamento, tomara que eles me procurem, fiquei louco pra poder participar ou ajudar naquilo que for possivel. Vou aguardar ancioso um contato para trocarmos algumas informações.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONTINUAREMOS

Este é o quadro que a comunidade gaúcha assistiu durante a nossa luta por melhores salários. Queremos comunicar ao Governador e ao seu Governo, que não vamos nos entregar, continuaremos a nossa luta. Não fomos traídos pelos Soldados, simplesmente o Governo conseguiu enganar a ABAMF e seus dirigentes. Esse aumento diferenciado, tomara não traga consequências sérias a todos nós, se ele pensa que resolveu o problema da segurança pública, esta enganado. O que ele conseguiu, foi colocar um prego no sapato dele e de quem o aconselhou a fomentar essa divisão, esse prego se ele não tirá-lo imediatamente, vai


incomodádo até o fim do seu mandato. Que pena que o Pres. da ABAMF, prometeu uma coisa e decidiu outra, é claro que ele pensa ter resolvido a situação da sua classe, esquecendo que com isso criou um abismo para outras lutas que poderão vir no futuro. Com que confiança poderemos voltar a nós unir no futuro?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PROTESTO

Assiti muitas manifestações poéticas a respeito dos Farrapos, quero deixar também o meu protesto através da poesia em relação a um fato que MTG ignora, ou quando comenta, falta com a verdade.Esta poesia já mandei pra vários concurso e não consigo classificá-la, mas felizmente, já tenho dois trofeus ganhos com ela.

O COMBTE DE PORONGOS

Sou de lá com muito orgulho,

A África é minha terra

São de lá minhas origens

Eu me sinto abichornado

Quando penso no meu povo

Como é que Deus permitiu

Tamanha barbaridade

Como é que a humanidade

Aceitou tal situação

Concordou com a escravidão

Sem nenhum constrangimento

Fui arrancado de lá

Cabresteado para cá

Sem o meu consentimento

Em feiras Eu fui vendido

Fui tratado como bicho

Valia menos que lixo

Para os donos desta terra

Eu habitei as senzalas

Das querências deste pago

Jamais senti um afago

Que não fosse do Feitor

Meu ungüento foi o sal

Que neste pampa bagual

Foi usado para o charque

Matéria prima de então

O escravo foi a mão

Usada para esse fim

Eu não consigo entende

Porque me trataram assim

Sou humano como os outros

Tive uma Pátria um País

Tive família e um povo

Fui cidadão, fui feliz.

Eu quero que me respondam.

Qual foi o crime que Eu fiz.

No ano de trinta e cinco

Alvorotou-se a senzala

Um comentário geral

Chegou aos nossos ouvidos

Que lá na Ponte da Azenha

Os Imperiais foram vencidos

Perdendo a Capital

Ecoou pelo Rio Grande

Um grito de liberdade

Diziam que a sociedade

Seria bem diferente

Se Eu, lutasse pela causa

Ganharia a alforria

Era esse o presente

Acreditei na promessa

Desta vez Eu vou ganhar

Com vontade vou lutar

Pra Ter paz e uma família

Vou me unir aos Farroupilhas

Ir pro lado que me agrade

E jamais ver uma grade

Um tronco ou uma senzala

Minha casa vai Ter sala

Como a dos outros tem

Vou lutar pra ser alguém

Criar plantar e colher

Os meus filhos irão Ter

Direitos hoje negados

E as tristezas do passado

Nunca mais iremos ver

Fui traído novamente

Não tive paz nem família

Minha união com os Farroupilhas

Não passou de ilusão

Quando hoje a tradição

Enaltecem os seus feitos

Eu não consigo enxergar

Onde estão os meus direitos

Foram dez anos de lutas

Em combates memoráveis

Mas decisões lamentáveis

Mancharam a nossa história

E as inúmeras vitórias

Para mim foram fracassos

A lança de puro aço

Que com fibra Eu empunhei

Que os inimigos matei

Com coragem e ousadia

Jamais pensei que um dia

Fosse usada contra mim

Este é o meu lamento

Minha dor minha ilusão

Eu cultuo a tradição.

Sem ódio nem preconceitos

Mas também tenho o direito

De procurar à verdade

Quero Ter a liberdade

De saber como foi feito

Diz a história que Caxias

Escreveu para Moringue

Coronel quero que finja.

Um acerto com Davi

Pois a ele Eu, prometi.

Livrá-lo dessa enrascada

De libertar a negrada

Quando a guerra chegar ao fim

O resto deixe pra mim

Que a paz será assinada

Em quatorze de novembro

Do ano quarenta e quatro

Conforme diz o relato

Que se mantém em segredo

Um General Farroupilha

Que jamais foi surpreendido

Facilmente foi vencido

Pela malícia e astúcia

Do Coronel Chico Pedro

Para a paz ser assinada

Exigiram o meu fim

No massacre de PORONGOS

Nos campos de Santa Tecla

Acabou a esperança

De liberdade pra mim.

1º. Lugar categoria inédita no 1º. Festival Tributo a Jayme Caetano Braum – O Imortal Pajador das Américas;

2º. Lugar na 5ª. Edição da Ronda da Poesia Crioula, organizado pelo Grupo Cultural Vozes do tempo