Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

sábado, 31 de dezembro de 2011

FIMDI

Trinta e um de dezembro de 2011, tudo pronto para as comemorações da entrada do novo ano. Os filhos todos já tinham chegado, com a exceção de um que não poderia vir por compromissos profissionais.Carros estacionados, camas por todos os lados, a casa um burburim só, gente entrando outros saindo, uns levantando, outros deitando, enfim um verdadeiro movimento de gente, que alegrava a todos. Era visível ver nos rostos, nas atitudes, a alegria, a satisfação, por ver todos ou quase todos juntos, o que é realmente difícil em qualquer família.Nem sempre é possível vir ou ir, sempre uns não conseguem. A alegria do juntamento, da falta de lugares, da falta de espaço, da desorganização, enche a todos de felicidade. Filhos, noras ,genros e até os netos, tirando sarro dos velhos, que não vestem como eles, que não estão bem informados como eles, que às vezes não conseguem ouvir os assuntos discutidos mas que mesmo assim são imensamente felizes por poder estar e sentir esses momentos. Na avalanche dos afazeres domésticos para estarem de acordo com as normas sociais para o fim de ano e início do ano novo, sempr falta alguma coisa e quem deve servir de mandalete são sempre os anfitriões, que devem de tudo fazer para satisfazer a todos. Foi nesse clima, que faltou algo e a lista foi feita para que ele fosse no mercado buscar o que faltava. Ele sem reclamar e até com muita satisfação de sentir-se útil, pegou o carro e saiu até com uma alegria interior, pois naqueles minutos ausente, sentiria um pouco de tranquilidade e calma para tentar colocar suas idéias em ordem. Eles, não entendem que quem vive já há muitos anos sozinho, acostuma com a solidão, com a tranquilidade de seu companheiro(a) e que nesses momentos de satisfação e alegria, também sente-se inseguro e intranquilo com o corre corre de suas tão queridas visitas.Chegando no mercado, lá o clima não era diferente, estava cheio, abarrotado de carros e gente, gritos, empurrões, ofertas, alto falantes com som estridente, enfim uma coisa natural nessas festas. Lá também enquanto comprava e conferia a sua lista , encontrou amigos e com eles foram trocados os cumprimentos referente a data. Após completar sua compra, passou no caixa e enquanto aguardava na fila, sentiu que deveria antes de pagar e guardar as compras no carro, tinha que passar no banheiro, sua bexiga já estava cheia e necessitava ser esvaziada. Saiu do caixa, entrou no banheiro, urinou, olhou o relógio e sentiu que tinha demorado muito, precisava voltar, certamente seria chingado por ter demorado.Ao sair do banheiro, viu que alguém tinha esquecido o carrinho com as compras na porta do banheiro. Pensou consigo mesmo, bota coragem entrar no banheiro e deixar as compras,mas não deu muita importância à essa observação, pegou o carro no estacionamento e dirigiu-se para casa. Quando chegou, quase todos perguntaram ao mesmo tempo: CADÊ AS COMPRAS VOVÔ ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário