Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DOADOR

Amanhã dia 25 de novembro serão homenageados os doadores de sangue, missão essa, tão necessaria para o preenchimento das lacunas existentes na maioria das bancas de sangue do País.Já fui doador credenciado e sempre pronto para dar a minha quote de participação nesse processo fundamental para o salvamento de muitas vidas. Hoje a idade não me permite ser doador.Mas como a vida ao longo dos anos nós dá muitos exemplos e histórias, vou ilustrar com esta postagem, em homenagem aos doadores, doações que fiz la pelos anos de 1965. Dei baixa do Corpo de Fuzileiros Navais, em agosto de l964, fui para Porto Alegre e por la gastei a sola do sapato, procurando emprego que não existia. Morei na rua Dona Veva, no pé do Morro da Polícia no Bairro Glória, e por la tinha uma galera desempregada, mas todos jovens que necessitavam além de trabalhar, se divertir, tomar algumas geladinhas ou umas purinhas mesmo, nos fins de semana da Capital.Nessa época, o Pronto Socorro da capital, pagava oito cruzeiros e um prato de comida por uma doação de 1/2 litro de sangue.Como não tinhamos emprego, usamos essa fonte de renda para as nossa diversões. Cada fim de semana, eram escalados 3 doadores voluntários que além de apertarem o rango do hospital, vinham com 24 cruzeiros para as despesas de fim de semana de todo grupo.Criamos uma escala que era religiosamente obedecida para que a fonte - renda - não secasse.Essas doações era feitas da seguinte maneira: deitado numa maca, o braço do doador era introduzido por um orifício para o outro lado do biombo, onde uma enfermeira coletava o sangue. Só que era colocado na mão do doador, uma bola de borracha onde este - doador - ficava flexionando a mão para o sangue fluir mais rápido.Dizem alguns que em vez da bola, uma enfermeira colocava o seio na mão do vivente e esse emocionado, ficava massageando-o e não percebia que em vez de meio litro, elas tiravam um litro, largando o cristão na pior. Para que os leitores vejam que la em 65 já haviam falcatruas na  área de sáude.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Passeio

Dei uma pequena voltinha, nesse volteio, coloquei 77 litros de gasolina, rodei 1360 kms. Saímos de Livramento, fomos a Sapiranga, onde passamos, três dias com um filho que mora la com sua esposa, de Sapiranga, subimos a serra e fomos a Caxias, onde ficamos mais três dias com uma filha que mora por la com a seu esposo e um neto e de la, descemos a serra para o vale do Taquari, passando mais três dias em Lageado onde também mora um filho casado e um neto.Finalmente no dia 21 retornamos a Livramento.Gente não é exibicionismo e sim quero fazer um pequeno comentário a respeito dessa viagem. Temos feito muitas viagens como essa e pretendoemos fazer outras tantas se o Home Véio nós permitir.Acontece que desta vez, sentimos não ter uma filmadora instalada no capô do nosso carro para que ela registrasse os absurdos que presenciamos eu e minha esposa.Se a cada viagem que fizermos, observarmos as barbaridades que são cometidas pelos estradeiros, vamos entender o porquê de tantas mortes e acidentes brutais em nossas estradas. Creio que só um motivo leva esse verdadeiro massacre em nossas estradas.''AS ULTRAPASSAGENS MAL FEITAS'' Gente só isso se conseguissemos controlar essas ultrapassagens em locais não permitidos, o resto tirariamos de letra.Tivemos a infelicidade de nesta viagem, passar por um acidente entre Paraíso do Sul e Agudo. Um carro bateu de frente com um caminhão e la estavam os dois corpos dos que vinham no carro estendidos e tapados com jornais.É uma cena de horror, a gente custa a esquecer o que viu e ainda fica a impressão que o próximo pode ser nós mesmos. Quando chegamos em casa, nós demos as mãos eu e minha velha, rezamos agradecendo a Deus por ter percorridos todo esse trecho e chegado são e salvos em casa.

sábado, 19 de novembro de 2011

Negros

Amanhã é dia da conciência negra.Eu apesar de negro, nunca me alinhei com qualquer movimento a respeito da raça.As vezes fui identificado como um negro diferente.Não saberia explicar os motivos ou o motivo que me levou a tal procedimento. Se quando jovem nunca me importei em participar, hoje com a idade que tenho será muito difícil tomar uma decisão a respeito.Não que não sofresse na pele o fato de ser negro e pobre.Sofri a discriminação que qualquer negro sofreu e sofre neste País de miscigenados.Sempre achei que nós negros apesar de discriminados, não somos os únicos.A discriminação faz parte do ser humano, chego a achar que tem negros que discriminam negros e por aí a fora. Mas ontem olhando um programa de televisão, escutei um pronunciamento do Pelé, que me chamou a atenção. Perguntado qual a sua posição sob os negros discriminados em campos de futebol, principalmente nos países europeus, respondeu que achava que a mídia exagerava um pouco, no seu entender as coisas estavam se acomodando. Ainda bem que a reporter o criticou duramente pelo seu pronunciamento a respeito.Ele sim é um negro diferente, bem situado,paparicado por onde anda, com certeza nunca soube o que é discriminação depois que se tornou o rei do futebol.Nesse ponto, concordo com o Dep. Federal Romário, ele o Pelé, calado é um poeta.Pois apesar de não pertencer a qualquer sigla ou movimento em defesa da minha raça, quero deixar o meu agradecimento pelo o que eles '' DEFENSORES'' fizeram e os sacrifícios sofridos, para pelo menos hoje nós negros termos voz.Certa feita, eu tinha oito ou nove anos, quando participei como guri que se infiltra em tudo que pode, de um churrasco político la na Vila do Plano Alto.No churrasco, havia gente de tudo que era pelo misturada, quando chegou a noite teve um baile para finalizar o encontro.Juntamente com outros guris da minha idade, adentrei ao local e por la estávamos de molecagem, quando um cidadão que hoje deve estar selecionando pessoas junto ao São Pedro, me pegou pelo braço e me tirou do local.Até aí tudo bem, eu não ía dançar mesmo era uma criança, mas o que chocou e lembro como se fosse hoje, foi o que ele comentou com outro parceiro dele: Esse negrinho pensa que é gente.Fui pra casa sem entender direito o seu pronunciamento,eu realmente achei que eu era um guri igual aos outros. Só o tempo me ensinou as diferenças entre ser NEGRO OU BRANCO.

Balceiros e chibeiros

je pela manHohã, lendo no Correio do Povo, duas matérias me inspiraram para fazer esta postagem.Primeira a crônica do Juremir sob as caixas de fosfóros e posteriormente a descida do rio Uruguai, feita pelos remanescentes Balceiros e Chibeiros. Para muitos estas palavras são desconhecidas, mas para quem conheceu os balceiros que desciam o rio Uruguai, transportando madeiras rio abaixo e os Chibeiros que faziam as ligações entre as cidades ribeirinhas de Brasil e Argentina, estas palavras além de saudosas, eram também um meio de sobrevivência daqueles tempos. Pois eu, não fui balceiro e nem chibeiro, mas o tema me toca e muito. Criei-me na Vila do Plano Alto, que fica apoximadamente uns 45 kms do rio Uruguai, mas como Uruguaianense, conheci de perto o que foram os Chibeiros e o que foi o conhecido Buraco em Passo de Los Libres e posteriormente, tive a oportunidade como Fuzileiro Naval de servir na cidade de São Borja e la, tive um contato assíduo com os Balceiros que com enormes balsas transportava madeiras vindas das regiões madeireiras do alto Uruguai.Naquela época esse era um meio de sobrevivência e hoje a descida é para lembrar que o avanço tecnológico e a construção da ponte que liga São Borja a Santo Tomé, tirou dessas pessoas o trabalho que era o sustento de suas famílias.Creio ser difícil o retorno dessas atividades, mas pelo menos os Chibeiros, poderiam fazer a travessia novamente, levando turistas ou pessoas que tivessem interesse em recordar o passado.

sábado, 12 de novembro de 2011

Feira do Livro

Está chegando ao fim a feira do livro, o movimento se supera de ano para ano.Eu estive na 52ª edição, tive a oportunidade que todos os escritores desejam e lutam para conseguir. Autografei uma coletânea na qual participei com dois poemas de minha autoria. Na 53ª, fui inscrito para particinpar da sessão de autógrafos do meu livro solo ''ReTalhos'', não compareci, fui duramente criticado pelos meus amigos e colegas autores que nunca conseguiram essa oportunidade.Bem, não me arrependo de não ter ido, me conformei em autografar esse livro em S. do Livramento, no meio dos amigos, familiares e escritores locais.Na sala cultural da minha cidade, fui feliz e guardo com carinho a presença de mais de 50 pessoas que foram me prestigiar e la sim autografei com muito prazer e quando conseguir editar outros livros, voltarei com o maior prazer a sala cultural de Livramento, para autografá-los e dividir com todas as pessoas que são a base de meus sucessos literários.Enquanto a Feira do Livro de Porto Alegre não mudar o sistema de autógrafos de escritores como eu, não tenho a menor intençao de la voltar.Bem vou explicar o porquê da minha burrice e teimosia em não querer ir autografar na maior Feira literária ao céu aberto da América Latina. Gente autores como eu, que não são conhecidos, que não tem mídia, que não tem muitas vezes condições de editar seus livros, são jogados ao ostracismo e ficam abandonados e esquecidos nos locais que lhe são reservados para a sessão de autógrafo. Eu fui, não gostei, fiquei das 16:30 até às 17:00 hrs, sozinho sentado numa mesa, autografando para mim mesmo. Achei uma situação, vexatória e constrangedora. Procurei os organizadores e dei a seguinte sugestão: Que os escritores principiantes, fossem reunidos em sessões coletivas de autógrafo e tivessem ao menos condições de interagir com outros autores, trocando e autografando obras uns dos outros. No meu entender - que pode até ser errado - haveria uma integração maior entre os desconhecidos e ainda estariam livres de permanecerem abandonados como eu me senti no dia que tive o previlégio de autografar nessa grande feira.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Combate de Campo Osório


Na revolução federalista de 1893, o governo central da época, deslocou para esta região, efetivo das três forças militares. Nessa revolução, que foi praticamente dizimado um efetivo da Marinha de Guerra do Brasil, sob o comando do Almirante Luiz Felipe de Saldanha da Gama. Este Almirante e seu efeitvo, foram mortos por forças legalistas sob o comando do Cel João Francisco Pereira de Souza e Cândido Azambuja, que faziam parte da Divisão do General Hipólito Ribeiro. O Almirante foi morto a golpes de lança, desferido pelo Cap. Salvador Senna, de alcunha Tambeiro.Segundo o que diz os Cadernos de Sant'Ana, escritos pelo historiador Ivo Caggiani, o Almirante foi perseguido e morto, por não ter habilidade na arte de cavalgar, meio este que usava em sua retirada do campo de combate, na localidade de Campo Osório. Há muitas informações em relação ao fato em si, mas o que quero destacar nesta postagem, é que o Almirante Saldanha da Gama, foi morto duas vezes e hoje ressuscita para a admiração dos Santanenses e turístas que aqui aportam.No campo de batalho, seu corpo só foi reconhecido por ter o seu algóz com a ponta da lança recolhido o seu chapéu, que tinha uma fita verde e amarela bordada com fios de ouro ''EXÉRCITO LIBERTADOR''.A sua segunda morte, foi que na praça onde está o seu busto, o camelódromo tomou conta por mais de 25 anos e o busto em sua homenagem servia como poste para a amarração das muitas barracas que escondiam totalmente a figura do Almirante.Após uma longa disputa de espaços, a Justiça Federal, responsabilizou a Prefeitura Municipal para que desobstruisse o local, por ser uma linha divisória entre o Brasil e o Uruguai.Poiss com essas medidas, ele ressurgiu do meio das barracas, caixas de papelão, artigos do Paraguai e outras cossitas mais. A Prefeitura está recuperando a praça e eu como Veterano do Corpo de Fuzileiros Navais, força especial da Marinha de Guerra, estarei entrando em contato com quem de direito para a reustaração do pedestal e a imagem do nobre Guerreiro.

sábado, 5 de novembro de 2011

Minhas raízes

Após uma longa procura, achei, sabia que existia, mas só não conseguia descobrir onde, em que lugar, em qual pasta. Mas felizmente consegui. Falo da foto postada nesta matéria. Nessa casa, eu me criei desde o 5º dia do meu nascimento. Fui desmamado e passei a responsabilidade da Vó Chata, uma negra velha parteira da Vila do Plano Alto. Nessa casa eu vivi até aos 12 anos , fui entregue aos meus verdadeiros pais e voltei novamente com 16 anos. Nessa volta passei a viver com meus pais e com a Vó Chata. Dela sim não consegui fotos,sei que tenho, falta descobrir também onde e qual a qualidade. Os amigos podem perguntar qual a importância e a finalidade deste relato. Para mim é um achado de muito valor, porque tudo que tenho e tudo que aprendi no meu caminho, teve o início nesse rancho de capim, onde imperou a pobreza, a dificuldade, mas que era cheia de amor, de carinho, da Vó Chata e de seus familiares. No meu livro AS HISTÓRIAS DO NICÁCIO - no forno - muitas são desse tempo, queridos tempos. Hoje quando observo o que tenho, penso no que eu tinha nessa época. Apesar de não ser um religioso confesso, curvo-me a soberania de um ser superior - DEUS - e agradeço ao home véio, por ter me permitido que fosse tão longe e ainda por permitir que eu continue trilhando este caminho de sucesso e realizações. Dentro de todo este quadro, elevo além de Deus, o meu agradecimento a Vó Chata que foi a responsável pelo o início deste caminho.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Enfraquecer

É desnecessário dizer aos leitores o siginifacado desta palavra - ENFRAQUECER - com certeza todos sabem o que a contece quando um grupo, uma sociedade, uma integração, uma turma de amigos permite que esse pensamento se instale no seu meio. Dizem os estrategistas, que quando tu não consegue destruir o teu inimigo, aliá-te a ele e conseguirás o teu intento. Pois o que aconteceu com um grupo conhecido e respeitado nas suas atividades, foi exatamente isso. Bateram insistentemente na sua organização, com ofensas, mentiras, calúnias, enfim foram usados todos os meios possíveis para denegrir e desmoralizar os seus componentes, mas eles continuavam firmes e transpondo todos os obstáculos que colocavam em sua frente, até que vendo e sentindo que com esses subterfúgios nada conseguiam, mudaram a tática. Conseguiram conquistar um grupo dentro do grupo e a partir daí, começou a discórdia, a fofoca, o dis que me disse, o desentendimento, esse trabalho foi sutíl, discreto, silencioso, mas com grande poder de impacto, até que conseguiram que esse grupo mandasse no grupo.A partir dessa conquista, a coisa começou a andar, começaram a aparecer os resultados desejados e hoje após longos e sacrificados anos de amor ao que faziam, o grupo esfacelá-se silenciosamente e o pior é que seus idealizadores em vez de reagir, retiram-se e com isso o enfraquecimento é notório e logo ali, ele não existirá mais, não terá forças, os que permanecem fiéis a seus fundadores, não terão energias suficiente para enffentar seus dominadores.E eu aqui, sem estar participando, mas também me considerando um desertor, assisto o fim de um trabalho que foi profícuo, responsável, honesto, com ideais firmes e consistentes naquilo que faziam. Portanto quero deixar o meu alerta, o meu grito de desespero em ver mais um objetivo que foi alcançado, ser destruido. Mas quero também dizer aos que ainda acreditam numa reação, sou parceiro para a reformulação e a tentativa de voltar aos velhos tempos, quando esse grupo era um ninho de amigos, companheiros, integrados e participativo naquilo que mais gostavam.