Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

COMUNICAÇÕES

Hoje conheci um carioca de cepa, o homem é nascido no Rio de Janeiro, mas apaixonado pelas coisas boas do nosso pago. Ele tem um blog, ocariúcho, quer me parecer que é o carioca gaúcho. Ele cometeu um pequeno engano em relação a uma música do meu irmão Enio Medeiros, para que fosse corrigido o engano, eu entrei em contato com ele e prontamente, o nosso cariúcho, sem floreios acertou, coisas das comunicações, como dizia o velho Chacrinha, quem não comunica se trumbica, pois batemos um papo e já me considero amigo do Valmir Gomes que é o seu verdadeiro nome e partir de agora vamos trocar figurinhas com certeza. Todas as informações que eu tiver nessa área vou mandar para que ele se achar importante, publique no seu blog, que deixo aqui para quem desejar acessar.'' ocariúcho.blogspot.com''

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O GENERAL

Em maio de 1986, nós tivemos que operar um filho que nasceu com cardiopatia congênita, uma doença hereditária e que surpreendentemente foi diagnosticada num outro filho que já está com 42 anos e ao fazer uma revisão normal, ela apresentou-se mas segundo a médica, sem problemas maiores a não ser o acompanhamento. O que precisou ser operado, tinha na época apenas 6 meses e imaginem o sufoco que foi o diagnóstico, a operação e acompanhamento de todo o processo. Hoje ele está com 26 anos, graças a Deus, forte, sadio e sem sequelas nenhuma. A operação, ocorreu no hospital Moinhos de Ventos em Porto Alegre, executada por uma equipe de médicos do hospital do coração. Ficamos 7 dias com ele hospitalizado. Nesse período, aconteceu um fato digno de registro e que passarei a relatar nesta postagem. O banheiro servia para dois apartamentos, quando era usado por um , tinha um interruptor que ao ser acionado, ascendia uma luz vermelha para evitar que as pessoas entrassem com o banheiro ocupado. Só que no outro apartamento, estava baixada uma senhora de uns 80 anos e era comum ela esquecer de acionar o interruptor, sendo que várias vezes entrávamos no banheiro e ela estava lá, isso, proporcionou um relacionamento muito bom e costumávamos conversar nesses encontros casuais dentro do banheiro. Um filho dessa senhora, veio de Brasilia para visitá-la e a partir daí, durante às tardes que eram longas, começamos a conversar e a tomar mate, claro que não era no banheiro e sim em visitas que fazíamos um ao outro. Tínhamos longos papos, ele me contando da vida no planalto central e eu lhe informando como era a vida na fronteira. Ele chegava a dizer que gostava muito do mei jeitão de conversar e de tratá-lo, tchê pra la e tchê pra cá.Passado uns dois dias de papo, eu começei a indagar o que ele fazia em Brasilia, em que trabalhava.Quando ele me disse que era funcionário público, eu de imediato lhe respondi: Mas tchê, então somos colegas, mas em que setor tu trabalha la?Me respondeu que era militar, mas faceiro fiquei, e lhe disse que eu era Brigadiano, 3º sargento, coisa e tal e tornei a perguntar, mas tchê tu é milico do exército ou da polícia. Quando ele me olhou e começou a rir, ascendeu uma luz amarela e eu desconfiei que estava pisando num campo minado.
Já não perguntei nada, fiquei quieto, foi quando ele me disse. Medeiros eu sou General do Exército, mas quero te fazer um pedido. Tu és sargento da Brigada la fora nas tuas atividades normais e eu sou General la em Brasilia, nós fizemos uma grande amizade neste dias de dificuldades que estamos passando e quero que enquanto nós estivermos aqui ,vamos esquecer nossas graduções e continuar este relacionamento que me fez tão bem. Concordei no ato, mas foi impossível cumprir e obedecer o pedido feito por ele, no meu sub consciente está até hoje com 69 anos, gravado o respeito, a disciplina e a postura de qualquer militar. Continuamos nossas conversas de fim de tarde, mas nunca foram as mesmas, com a liberdade de expressão e a espontâniedade dos dias que fomos iguais sem galões e nem divisas. Não me perdôo até hoje, por ter deixado de anotar o seu nome e o da sua mãe, pois foram companheiros fundamentais para levantar o nosso astral, naqueles dias difíceis que passamos ali.

domingo, 23 de outubro de 2011

Riminiscências


Essa palavra, nós faz recordar, relembrar, voltar ao passado ou a fatos que aconteceram e que marcaram por algum motivo, permanecendo em nossas memórias. Pois ao encontrar uma antiga colega de trabalho, relembrei quando era CVMI(Corpo Voluntários de Militares Inativos) da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.Nessa condição, prestei serviço por alguns anos ao Forum desta cidade(Livramento-RS),e la desempenhei várias funções, entre elas, auxiliar do Cartório Eleitoral e como tal, fui designado junto com essa colega, para fazermos a transferência dos títulos eleitorais das pessoas pertencente a um assentamento (colonos) dos que já existiam por aqui na época. Tudo transcorreu na maior tranquilidade e as transferências ocorreram sem novidades, a não ser dois fato que mereceram algum destaque e vou contar nesta postagem. No primeiro dia que chegamos ao local, fomo recebidos num galpão onde tudo era de todos, o leite, o pão, enfim tudo que era produzido era repartido com todos. O café da manhã, foi servido numa grande mesa onde havia, queijos, doces, chimias, salame, um verdadeiro café colonial. Eu e o motorista aceitamos de pronto, mas a nossa colega deu uma desculpa esfarrapada e não quis tomar o café. O fato é que pela grande quantidade de alimentos ali expostos, facilitava a proliferação de algumas mosquinhas, ou melhor grande quantidade delas, que não respeitavam nada, sentavam em tudo que havia no local, inclusive na gente. Para tomar o café e se deliciar com todas aquelas guloseimas, era necessário ignorá-las, foi o que eu e o motorista fizemos, mas o que a nossa colega não conseguiu, por isso ficou sem café. Havia ainda num quarto próximo ao local, uma pessoa que estava com os bronquios um pouco carregados de catarro e quando tossia, dava a impressão que largava pedaços do pulmão, mas isso também foi ignorado. Teve um dia que esquecemos de levar nossa aparelhagem de chimarrão e a pedido da nossa colega, solicitei a um dos colonos a possibilidade de conseguir um mate para acalmar o calor que se fazia intenso. O nosso serviço era feito numa sala do colégio que atendia as crianças do assentamento. Havia uma grande varanda e uma boa sombra para matear tranquilo. Quando chegou o mate fomos sentar para saboreá-lo, mate esse cevado pelo amigo do assentamento. Fiquei surpreso ao ver que a colega não quis tomar nenhum mate, mesmo sendo ela que pediu para conseguirmos.Quando encerramos o trabalhos e voltávamos para a cidade, perguntei a ela o motivo de ter pedido o mate e depois não querer tomá-lo.d Foi aí que ela explicou que o colono que estava de bermuda e chinelo de dedos, enquanto eu tomava o mate, ele sem serimõnias limpava com as mãos o dedo mingo do pé, onde tinha uma pequena frieira que chegava até o osso. Quando eu lhe devolvia a cuia, ela ajeitava a bomba, com a mesma mão que servia para cossar a frieira. Mas funcionou o velho ditado que diz:''O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE''

domingo, 16 de outubro de 2011

TEBAIDA

Sempre que viajo, procuro tirar algo ou algum assunto que seja interessante para postar no meu blog.A ida a Uruguaiana, não foi diferente, além de assistir a parada Gay, lembrei de algo que não estava esquecido mas sim guardado no fundo do baú.Quando meu pai foi capataz da estância Progresso, no Passo da Cruz, hoje pertencendo ao município emancipado da Barra do Quaraí, conhecemos o indiginista Ayres Cunha, casado com a índia Diacuy da tribo Kalapalo localizada no alto Xingu no Amazonas.O Ayres, era irmão do patrão onde meu pai trabalhava. Um homem quieto, reservado, passava longas horas centado sozinho sem conversar com ninguém, mas quando estava de acordo, era a atração do pessoal da fazenda.Contava histórias interessantes de matos, rios, animais e índios da região onde ele andou, era o nosso fantástico daqueles domingos, dos tempos que não existia nada da tecnologia de hoje.Era comum ele estar no meio de suas histórias, quando chegava sua filha a Diacuyzinha, emudecia e ninguém conseguia fazer ele continuar nem seu irmão o tirava do silêncio que nós guris e os demais conseguiam entender.Com o passar dos anos, fomos tomando conhecimento de sua história e compreendendo seu sofrimento. A índia Diacuy com quem ele casou, morreu no parto da menina que o fazia emudecer. Nos anos 60 a mídia noticiou o seu casamento em grande estilo e projeçáo mundial.Ela morreu em São Paulo, posteriormente ele levou os restos mortais de sua amada para ser enterrada em sua tribo e voltou para o nosso Estado, onde construiu sua morada em Uruguaiana, ao lado da Br 290, em frente a Sub Estação da CEEE, uns 600 metros da Polícia Rodoviária Federal daquela cidade.A morada era uma réplica de uma taba ou casa índigina, havia uma pequena cruz e um pedestal onde citava dados desse acontecimento. O nome era TEBAIDA. Procurei saber o significado dessa palavra. ''SOLIDÃO PROFUNDA''Hoje é uma tapera, onde restam as árvores e o pedestal,nesta viagem, tentei chegar no local para ilustrar este comentário com uma foto, mas não achei o local de acesso, apesar de ser à beira da estrada é difícil chegar ao local.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ontem em Uruguaiana onde me encontrava, assisti uma passeata Gay, com alguns fantasiados e muita gente acompanhando e apoiando a manifestação, que foi a nível nacional. Sou totalmente a favor do direito de cada um escolher as suas opções. Comente posteriormente com alguns familiares que aqui em Livramento onde temos uma cidade diferente, não tem. Prontamente fui questionado pelos presentes se aqui em Livramento não tinha Gays, no que corrige o mal entendido. É claro que aqui existem Gays como em qualquer lugar deste nosso querido Brasil, o que comentei é que aqui em Livramento eu não tinha assistido nenhuma manifestação a respeito desses direitos. Mas tomara que movimentos como esses, venham concientizar as pessoas e acabar com essa intolerância absurda que estamos vendo nos noticiários.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O MUNDO

Certamente os leitores se peguntarão o porquê de abordar este assunto se já várias vezes reclamei do tratamento que recebi dos argentinos quando por la eu andava. Pois é, o que me traz a este assunto, é algo que não quero afirmar nem contestar, simplesmente quero me reportar a uma reportagem que assisti algum tempo atrás.Certa feita, aproveitando a beleza geográfica e o efeito medicinal das águas termais em Guabijy, Uruguai, assisti pela tv a cable, um documentário onde explicava e detalhava o que foi a conquista das terras patagônicas onde hoje se encontram provincias Argentinas.Segundo o comentário, um General de nome Rocca, distribuia seus exércitos numa extensão de 30 kms em linha e fazia uma varredura com os povos indígenas ali existentes, o que não matavam, escravizavam, estupravas as mulheres e queimavam suas aldeias em nome da civilização e posse daquelas imensidões.Dito isso, me reporto ao estrago feito pelo vulcão chileno PUYEHUE em junho passado, onde tapou toda aquela região de cinzas vulcânicas e complicou a vida de todo mundo. Isso foi manchete no mundo todo, mas como acontece sempre, é notícia enquanto a mídia fatura, posteriormente, o processo esquece tudo e o mundo segue sendo mundo. Mas este fato, apesar de não ser tão divulgado como foi na época, continua fazendo estrago. A Província do Rio Negro onde estão localizadas as cidades de San Carlos de Bariloche, Cippoletti e GENERAL ROCCA, estão em situações complicadíssimas e endividades em mais de $ 3.000.000,00 de pesos, suas plantações dizimadas, suas criações, gado e ovelhas, o que não morreu estão morrendo, seus carros precisam de troca de filtros a cada 30 dias, e a população que nada tem a ver com os massacres do passado, estão sendo massacradas pelas cinzas do atual vulcão que sabe podem ser mensagens de fumaça dos povos que foram exterminados em nome da civilização. Hoje foi eleito um novo governo , Omar Goye de linha kirchenista, tomara que ele consiga resolver a grave situação que se encontram essas comunidades.

VELHO MERCADO

Exatamente hoje, o Mercado Público de Porto Alegre está completando 142 anos. Um velho, com aparência e energia de um jovem. Meu contato com o MP, é recente, o conheci no ano de 1965, quando cheguei a capital para tentar um lugar ao sol. O MP é uma referência de todos os gaúchos e também de quem mesmo não sendo gaúcho, aporta neste querido chão. Apesar da minha pouca convivência com esse logradouro público, tenho muitos fatos e atos que me reportam a esse local. Quando na condição de soldado da briosa Brigada Militar, nas horas de folgas ou férias, para conseguir alguns trocados a mais, - O ESTADO SEMPRE NOS BRINDOU COM SALÁRIOS BAIXOS E NA ÉPOCA ATRASADOS - para superar as dificuldades de manutenção e sobrevivência, o MP era o ponto central de toda e qualquer atividade. Como cobrador de ônibus da linha SENTINELA, nosso ponto de chegada e saída, era o MP. Poderia citar muitos acontecimentos dessa época, mas vou relatar um, que tenho certeza marcou uma garçonete de uma lancheria que funciona de frente para o Palacinho na praça em frente ao MP. Essa é mais recente que o meu relacionamento com MP, foi ontonte, ha 23 anos atrás, eu fui a capital para prestar um exame para entrar no CVMI -Corpo de Voluntários Militares Inativos - eu só podia usar farda depois do referido exame. Mas, como afirmei acima que sempre fomos desconsiderados não pelo governo atual e sim por todos os governos que passaram pelo PIRATINI desde que sou funcionário público e nessas condições para não pagar passagem e ter maior facilidade para conseguir uma carona, fui fardado sem permissão para isso. Não ia só, foi comigo de parceiro um Sub Tenente Bombeiro. Ao chegarmos na capital, chegamos nessa lancheria no Mercado Público para tomar um café. Foi quando surgiu um grande desentendimento entre algumas pessoas que ali estavam e inciciou-se uma briga entre dois individuos. Prontamente a funcionária da lanchonete pediu desesperadamente que nós intervisse na contenda.Eu sentindo a fria que me meteria, abandonei o café e me encerrei num banheiro para tirar a farda e esperar que os ânimos se acalmassem. Quando sai a paisana do banheiro, um efetivo da Brigada Militar estava atendo a ocorrência, eu tratei de me resvalar sem ser notado, mas acontece que o nosso café não tinha sido pago e quando a moça me viu chamou um brigadiano e o resultado foi que tive que pagar a contar e dar uma série de explicações ao oficial que comandava o efetivo. O meu acompanhante só fui encontrar as 23:00 na estação rodoviária e quando me viu, me perguntou: Tche onde tu te meteu na hora da briga, eu sai de fininho, nem o café paguei. Eu fiquei só olhando pra cara dele. Esses são fatos que considero estarem dentro da história do Mercado Público que hoje completa CENTO E QUARENTA E DOIS ANOS DE HISTÓRIAS DA CAPITAL DO PORTO DOS CASAIS

sábado, 1 de outubro de 2011

Quando será?


Estas são de São Gabriel, onde estão as de Livramento?