Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

domingo, 23 de outubro de 2011

Riminiscências


Essa palavra, nós faz recordar, relembrar, voltar ao passado ou a fatos que aconteceram e que marcaram por algum motivo, permanecendo em nossas memórias. Pois ao encontrar uma antiga colega de trabalho, relembrei quando era CVMI(Corpo Voluntários de Militares Inativos) da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.Nessa condição, prestei serviço por alguns anos ao Forum desta cidade(Livramento-RS),e la desempenhei várias funções, entre elas, auxiliar do Cartório Eleitoral e como tal, fui designado junto com essa colega, para fazermos a transferência dos títulos eleitorais das pessoas pertencente a um assentamento (colonos) dos que já existiam por aqui na época. Tudo transcorreu na maior tranquilidade e as transferências ocorreram sem novidades, a não ser dois fato que mereceram algum destaque e vou contar nesta postagem. No primeiro dia que chegamos ao local, fomo recebidos num galpão onde tudo era de todos, o leite, o pão, enfim tudo que era produzido era repartido com todos. O café da manhã, foi servido numa grande mesa onde havia, queijos, doces, chimias, salame, um verdadeiro café colonial. Eu e o motorista aceitamos de pronto, mas a nossa colega deu uma desculpa esfarrapada e não quis tomar o café. O fato é que pela grande quantidade de alimentos ali expostos, facilitava a proliferação de algumas mosquinhas, ou melhor grande quantidade delas, que não respeitavam nada, sentavam em tudo que havia no local, inclusive na gente. Para tomar o café e se deliciar com todas aquelas guloseimas, era necessário ignorá-las, foi o que eu e o motorista fizemos, mas o que a nossa colega não conseguiu, por isso ficou sem café. Havia ainda num quarto próximo ao local, uma pessoa que estava com os bronquios um pouco carregados de catarro e quando tossia, dava a impressão que largava pedaços do pulmão, mas isso também foi ignorado. Teve um dia que esquecemos de levar nossa aparelhagem de chimarrão e a pedido da nossa colega, solicitei a um dos colonos a possibilidade de conseguir um mate para acalmar o calor que se fazia intenso. O nosso serviço era feito numa sala do colégio que atendia as crianças do assentamento. Havia uma grande varanda e uma boa sombra para matear tranquilo. Quando chegou o mate fomos sentar para saboreá-lo, mate esse cevado pelo amigo do assentamento. Fiquei surpreso ao ver que a colega não quis tomar nenhum mate, mesmo sendo ela que pediu para conseguirmos.Quando encerramos o trabalhos e voltávamos para a cidade, perguntei a ela o motivo de ter pedido o mate e depois não querer tomá-lo.d Foi aí que ela explicou que o colono que estava de bermuda e chinelo de dedos, enquanto eu tomava o mate, ele sem serimõnias limpava com as mãos o dedo mingo do pé, onde tinha uma pequena frieira que chegava até o osso. Quando eu lhe devolvia a cuia, ela ajeitava a bomba, com a mesma mão que servia para cossar a frieira. Mas funcionou o velho ditado que diz:''O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM, O CORAÇÃO NÃO SENTE''

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