Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O querer não tem limitesw


Essa picassa, é a minha segunda paixão. Por consequência minha esposa tem um ciume tremendo dela. Ela, a moto, é minha companheira de viagens, temos nos dois passado por paisagens maravilhosas e é claro que sempre com a desaprovação da D. Tania, que não é muito chegada nela e que cada vez que saimos fica bicuda e resinguenta. Ela sempre faz o que pode pra colocar impecilios em nossas saidas, mas como não consegue, depois que saímos, fica nos monitorando pelo nosso GPS ( Celular ) preocupada com a nossa segurança. A minha picassa é guapa, boa de montaria, mas é também arredia, intempestiva, caborteira, pela minima coisa me atira no chão. Mas quase sempre é por pura barberagem e imperícia, se for bem dirigida ela se porta como uma verdadeira dama de companhia, é dócil, prestativa, rápida e segura. A foto ao lado foi tirada numa pequena viagem que fiz a cidade de Quarái nesta quarta feira passada. É uma foto de tantas que já tenho, pois sempre que saio e o registro é automático. Mas esta tem uma importância significativa para mim. Sempre detestei ser considerado um velho. Claro que sou velho, mas o fato de ser velho não quer dizer que eu tenha que pindurar as chuteiras. Ñão sou mais uma criança e meus movimentos e atividades tem limites que sempre respeito, por que isso não fizer, bom ai sim eu sentir a velhice. Mas se respeitar meus limites, posso fazer tudo que um moço faz e foi isso que fiz. Detesto cadeira de papai, me deram uma e tiveram que sumir com ela. Um trambolho que ocupa uma peça inteira e que no meu caso não serviu pra nada. O computador é muito útil e serviçal, mas fico em sua frente só o tempo necessário e caio fora. Portanto quando me programei pra fazer essa pequena viagem, fui admoestado várias, vezes. Por que tu não pegas o ônibus, vai lá não te preocupa com nada, é mais seguro, ai sim tu podes admirar a paisagem. Pelo jeito vai posar, pra que levar barraca, cobertas, roupa de chuva e mais uma série de comentários que tinham a pretensão de me fazer disitir da viagem com a minha parceira. Quieto e fazendo planos com meus botões, coloquei todo o material na moto e no outro dia as 08,30 tirei a foto da postagem e botei a picassa na estrada. São só 105 km. Levei uma hora e 15 minutos, cumpri com os compromissos assumidos e as 11,15 telefonei pra que me esperassem com o almoço. Quando foi 12,20 minutos eu estava em casa, tomando uma bem geladinha, interasso e com a alma lavada, porque provei pra mim mesmo que o querer não tem limites e que podemos ser velhos sim mas não inativos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

As histórias do Nicácio

A BICICLETA
Por ocasião da seca contada na
história das carreiradas na estância, o pai do Nicácio, que morava na casa do seu Bélico, fazia o trajeto de ½ légua de bicicleta para poupar os cavalos que estavam muito fracos.
As vezes, dependendo do serviço executado, ou alguma campereada nos campos próximo de onde morava, ele já ficava em casa, motivo pelo qual as vezes a bicicleta permanecia na estância, o que sempre era uma festa para a gurizada e principalmente o Nicácio que sempre que podia dava uma treinada naquela modalidade de transporte que era uma novidade, imaginem uma bicicleta lá pelos anos 50, correspondia a um limusine, o que fazia o seu dono cuidar e zelar, inclusive nas redondezas era a única a chamar a atenção de quem não tinha familiaridade com esse tipo de veículo
Um fim de semana como tanto outros nos longos 04 anos que moraram naquela localidade,o pai do Nicácio deixava a bicicleta sempre fechada em seu quarto particular que tinha direito no galpão.
Para surpresa do Nicácio , terminado o serviço da semana,seu irmão mais velho, andando pelo galpão deparou-se com a bicicleta encostada na roda de um trator dentro do galpão. Não conteve a alegria e correu para contar ao Nicácio a descosberta.
Imediatamente, se organizaram para dar umas voltas de bicicleta, inclusive decidindo no par ou impar para ver quem andava primeiro.
Entre o galpão e a cozinha dos peões, tinha uma estradinha de aproximadamente uns 30 metros, que acabava na frente da cozinha onde existia um enorme paraíso, de sombra frondosa onde a peonada tomava mate e contávam as novidades do dia nas horas de folga.
Vindo do Galpão em direção a cozinha, tinha um pequeno declive, ali foi o local escolhido para demonstrarem suas habilidades com o veículo em questão.
Após várias voltas, cada um tetentando mostrar que era mais hábil na condução da bicicleta Nicácio convenceu seu irmão a sentar no quidom, o que foi feito e impulsionou o veículo largando na pequena descida. Só que não calculou a velocidade que pegaria com dois em cima.
Andaram tranqüilos, só que quando tentou segurar o freio rebentou e sobrou o paraíso como alternativa para parar. O seu irmão vendo que se rebentaria se batesse de frente, saltou fora deixando o Nicácio com a responsabilidade de fazer a geringonça parar, o que não foi possível.
Resultado, entrou de cara no paraíso.
Quebrou um dente e a bicicleta, rebentou o eixo da roda dianteira e entortou todo o aro.depois de analisarem o tamanho do desastre, ficaram pensando como descascar o abacaxi que seria quando o pai descobrisse tudo. Com certeza ia sobrar pra o Nicácio como sempre, além do dente quebrado e alguma escoriações teria que suportar o relho do velho.
Porque sobrar pra ele e não pro seu irmão?
Porque o seu irmão trabalhava na casa grande, tinha o privilégio de ficar protegido pelos donos da estância, lá o pai só ia quando chamado para receber alguma ordem, quanto ao Nicácio que era peão do galpão não tinha outra saída a não ser agüentar o tirão
Analisaram durante um largo tempo, como consertar o estrago, não tinha o mínimo conhecimento, consequentemente, endireitaram a roda da melhor maneira possível e colocaram um prego de atracá no lugar do eixo dianteiro e ataram com um arame fino, era certo que quando o pai tentasse andar seria descoberta toda a falcatrua do acidente.
A bicicleta ficou quase duas semanas sem ser usada, até que um dia seu pai disse ao irmão caçula que tinha vindo com ele pra estância, que assim que terminassem de dar remédio para o rebanho, iriam de bicicleta para casa.
Foi o que aconteceu, bem a tardinha o velho pegou a bicicleta, botou o irmão no porta pacote e assim que saiu do para- peito na frente do galão, empurrou desconfiado a bicicleta e montou, não chegou a andar 5 metros e desequilibrou-se e caiu de todo o comprimento, com a bicicleta e o guri que levava, por cima dele.
O irmão do Nicácio vendo o estrago, resbalouce para a casa grande e p Nicácio não tive outra atitude a não ser esperar o resultado da queda do pai.
Ele já tinha desconfiado que algo estava errado, para não ariscar, pegou o relho, botou atrás da porta do galpão, já pronto para afofar os dois a pau.
Calmamente encostou a bicicleta na cerca e virou-se dizendo:
Nicácio vem aqui. Pega essa porcaria e vai desfazer o que vocês fizeram.
Só que quando o Nicácio virou-se ele já vinha com relho na mão. Deu uma surra daquelas conversadas, sem muita pressa, cada volta de arame que o Nicácio dava para desatar o prego, tomava um laçasso, fazendo com que até hoje quando se atreve a dar uma de escritor e colocar no papel a sua infância na campanha, sinta arrepios da surra que levou.
Quanto ao outro ordinário, que se escapou por ser puxa saco dos patrões, desafiava o Nicácio quando a bicicleta era deixada por gosto a disposição: Tchê o pai deixou a Bicicleta, não vai dar uma voltinha?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ReTalhos de vida

A PRAÇA

Apaixono-me pelas praças,
Nas vilas e nas cidades.
Lugares de todos nós.
Nelas vejo a integração,
De jovens, velhos e moços.
Que não querem ficar sós.

As crianças tomam conta,
Em imensas travessuras.
Usando os seus brinquedos.
Os velhos contam histórias,
A sombra dos arvoredos.

As crianças se divertem,
Correndo pra todo lado.
Não discriminam ninguém,
Suas consciências são puras.
Pela a inocência que têm.

Os velhos não ficam atrás,
Reivindicam seus espaços.
Com seus iguais e parceiros,
Também se sentem os donos.
Remoçam com a gurizada,
Pensando no seu passado.
Que também foram arteiros.

Quantos sentados
Em seus bancos,
Tomou grandes decisões.
São lugares para sonhos,
Relembrando a tenra idade.
Quantos namoros tiveram,
Quantas artes nós fizemos,
No tempo da mocidade.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

As histórias do Nicácio




Ilustração 1 –
Aqui nasceu o Nicácio

Nicácio nasceu num galpão, não foi o primeiro e nem será o último, acredito que mesmo com o progresso hoje existente, ainda muita gente nasce em galpões.
O galpão que o Nicácio nasceu servia para guardar materiais da casa, um verdadeiro depósito, tinha um pouco de cada coisa, inclusive o cantinho onde a mãe do Nicácio aninhou-se para pari-lo.
Galpão para quem não sabe, é o nome dado a uma edificação rústica, em tempos passados de barro e capim, mais tarde de tábuas e hoje geralmente de alvenaria. O que o Nicácio nasceu já era moderno, era construído de tábuas.
Hoje os galpões são diferentes, tem um relativo conforto, luz elétrica, lareira com chaminé, televisão, banho quente, quartos para os peões. Antigamente, não tinha camas, dormia-se em catres ou em camas de pelegos no chão a beira do fogo com muita fumaça.
Na realidade, era uma senzala, a única diferença é que não se dormia trancado, não tinha tronco para castigar as pessoas e nem correntes para acorrentá-las.
O galpão onde nasceu o Nicácio, conforme afirmei no início, não era de estância, mas era um galpão com as mesmas características, só que era numa Vila, hoje quase uma pequena cidade.
Quando o Nicácio nasceu nesse galpão e nessa Vila , existia muita pobreza.Os pais do Nicácio muito pobres moravam nesse galpão que pertencia aos pais de criação da mãe dele, que foi dada que nem ele, alguns dos seus irmãos e nossos ancestrais.
Foi nesse galpão, que através da habilidade de uma parteira de campanha que Nicácio veio ao mundo, nesse mundo de hoje cheio de preconceitos, problemas, desacertos, desentendimentos, que naquela época também já existiam.
Assim que meteu a cara pra fora, um impasse.
Seus pais não sabiam como iam criá-lo, era mais uma boca para alimentar.
Foi diante dessa dificuldade que a parteira deu a sugestão necessária para sanar o problema.
Se me derem pra mim eu crio esse Negrinho.
A decisão foi imediata, Nicácio foi dado na hora, seguindo o caminho de outros irmãos que também foram dados.( Negros Dados)
Apesar de ter sido dado, foi uma doação diferente. Com sua mãe adotiva, teve muito carinho, não só dela como dos seus irmãos emprestados e seus tios que apesar da pobreza viviam harmoniosamente e tudo faziam para agradar e atender as suas necessidades básicas.
Sua infância foi como a de qualquer piá pobre, só que com uma diferença marcante. Ele era pobre e negro.
Mas para surpresa sua não consegue lembrar de fatos marcantes ou desagradáveis que pudessem marcar sua personalidade.
Ele inclusive acha que na realidade, fui adotado não só pela Vó Chata, mas também pelos moradores da Vila.
É conhecido até hoje como o ‘’Negrinho da Vó Chata’’.
A seu respeito contam muitas histórias, umas verdadeiras outras inventadas, mas nenhuma que desabone sua pessoa ou seu familiares.
Algumas dessas histórias vou contá-las para que os leitores façam o seu julgamento.
Quando ele vai ao Plano Alto, é procurado por jovens e velhos, os jovens querendo saber se as histórias são verdadeiras e os velhos dizendo que participaram ou assistiram muitas das suas falcatruas de guri.
Ele fica muito feliz ao ser lembrado com carinho pelos moradores do local onde nasceu..
Aqui em Livramento, onde mora a mais de 30 anos, tem três amigos Plano altenses, O Adailson Falcão, o Álvaro Murad, e a Marlene
Lembra ainda das famílias cujos filhos foram guris com ele. São eles os Falcões, Polanos, Varelas, Freitas, Souzas, Goulartes, Camargos, Jacques, Pereiras, Lopes, Soares, Jardins, Correas, Aripes, Rebés, Almeidas,Ajallas e tantas outras que no momento não lembra. Antes de publicar este capitulo, vai procurar conversar com amigos e pessoas daquela época para que fique registrado sem esquecer-se de ninguém.
Uma coisa ele tem certeza. Essas pessoas tiveram de uma maneira ou de outra, grande influência na formação da sua infância e na trajetória do que tornou-se com o passar dos anos.
Quando encontra com os amigos e comum recordarem o tempo de guri e as falcatruas cometidas .
Aqui em Livramento, relembra seguidamente em conversas de fim de tarde, sua infância com muito orgulho.
Quer neste livro deixar registrado não só a sua infância, mas a infância de todos amigos que lhe ajudaram a formar a personalidade que tem até o dia de hoje.
As suas histórias, serão as histórias deles, elas só aconteceram em função da amizade que envolveu a todos.




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Schow Enio Medeiros



Hoje vamos divulgar o encontro dos Medeiros e o Schow do Enio Medeiros acontecido na Pastoril no dia 04 de outubro de 2009, só faltou o Pai da tocera Ulisses Medeiros com 96 anos e o nosso irmão João Medeiros que não pode vir, é claro que faltaram, netos e sobrinhos que se viessem não precisaria vender ingresso só a familia encheria todas arquibancadas.



Na primeira foto, já em casa, o Vilmar o Hugo e a sobrinha Gaby.









Como vai ser dificil nomear todos, vou deixar que os conhecidos e familiares se achem nas várias fotos que postei. Na próxima oportunidade que o Enio tocar em Uruguaiana, vamos nos organizar e levar a maioria dos familiares, para mostrar o potencial dos Medeiros.




























































































































































































sexta-feira, 2 de outubro de 2009

As histórias do Nicácio

BICÚ DE FERRO - Todos que são crioulos da região do Plano Alto, conheceram uma série de personagens daqueles pagos, entre eles : O Bicú de Ferro, Jesus Louco, Ciro Loco, O Ramires, o Dico Teles, o De Fato, enfim uma série de pessoas que se notabilizaram por seus feitos ou defeitos. Hoje o nosso personagem é o Seu Delfino, popular Bicú de Ferro, na realidade era conhecido como o Anus de Ferro, que transformamos em Bicú de Ferro por respeito as moças e Senhoras das redondezas. Pois o Bicú de Ferro não era mais grosso por falta de espaço, e meio peiteador também, se facilitassem ele tomava conta do pedaço. Tinha dois cavalos, um de sua montaria e outro para carregar seus pertences. Era um homem de quase dois metros de altura, forte, mal encarado e temido por toda a gurizada da região. Vivia de galpão em galpão, posando hoje aqui amnhã ali as vezes trabalhava uns dias pra conseguir uns pilas e os fins de semana costumava encilhar seu cavalo e se despedir da peonada com a seguinte frase: Bem hoje é sábado, vou descobri algum baile por esse chinaredo e arrastá o anus nos pedreguio. Mas tinha muitas pessoas que gostavam do seu jeito e da sua maneira de viver. As vezes quando se tornava meio petulante, era preciso o patrão ou o encarregado do estabelecimento botar ele campo a fora. Quando isso acontecia passava dias e dias sem aparecer, quando menos esperavam ele chegava na maior cara dura pra pedir uma posada e assim ia levando a vida flauteada. Certa feita ele tava tirando uns dias numa estância da região e no sábado como era de costume saia a procura de um fandando. A patroa vendo o dito cujo ensilhando o cavalo e querendo fazer média com suas amigas que estavam de visita, foi até a frente do galpão e mandou o peão caseiro pegar uns frangos e umas dúzias de ovos para dar pro seu Delfino vender no vilarejo e conseguir uns pila para seus folguedos. Satisfeito o Bicú de Ferro se mandou pra vila, pra arrumá uns cobres. No domingo a tarde a patroa ao ver o seu Delfino desencilhando seu cavalo,convidou suas visitas para saber como tinha sido a venda. Chegou e perguntou, seu Delfino conseguiu vender algo? No que ele ainda com alguns requicios de cachaça na muringa, respondeu prontamente. Olhe dona até que as galinha consegui vender, mas tomei um lassaço nos ovos. A mulher constrangida virou as costa e foi embora sem maiores explicações.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Entre umas e outras

Há dias que ando arredio, abro o blog, dou uma olhada e me aquieto como porco nas batatas. Hoje dei uma olhada no blog do Cebolinha que acompanho com carinho e achei nomes e fatos interessantes e conicidentes. Tem um causo de um surdo e o nome de uma personagem o Nicácio. Pois eu coincidentemente, criei uma personagens para minhas histórias, que chama-se Nicácio e já tenho pronto um boneco do que sera o meu próximo livro, o qual vai chamar-se '' AS HISTÓRIAS DO NICÁCIO'' e ainda entre tantos contos que o Nicácio vai contar, tem uma que é de um surdo, história esta que vou contar hoje.
O Nicácio foi Brigadiano e dos bons, briga até hoje depois de 20 anos na reserva, quando ouve o assiste alguém falando da Briosa, como a familia Brigadiana chama a Brigada Militar. Pois o Nicácio servia em Porto Alegre, quando veio tirar umas férias numa estância que seu pai foi capataz por 20 anos.Já no primeiro dia foi infeliz em sua empreitada. Desembarcou do Bonde nas três bocas e foi para a estância de carroça, lá chegando a sua espôsa foi pra cosinha onde tava sua mãe e o Nicácio foi direto pra mangueira onde estavam capando potro. O capador era um compadre do pai do Nicácio de nome Ramão Delgado. Entre os laçadores e o pessoal que lidava na mangueira, estava o surdo Aramis, também que nem a história do Cebolinha, mais surdo que uma porta, mas indio campeiro, domador e apesar da sua surdez mentiroso barbaridade. No momento que o Nicácio chegava na mangueira o Ramão Delgado gritava pra o Aramis, segura firme tchê porque daqui a pouco eu vou te passar a faca nas bolas, todos riam com a brincadeira e o surdo que não sabia o motivo ria também para ser um bom parceiro. O Nicácio que quando guri foi ginete e campeiro também, entrou dentro da mangueira já arrotando, puxa vida tenho que vir da Capital pra laça pra vocês, se não for a minha habilidade no laço termina o serviço aqui. Dito isso passou a mão num soveu de couro de capincho,destrenado mas sabendo o que ia fazer, buscou a volta e sem reboliar o laço que é o que se faz para laçar equinos, botou bem tronco do pescoço do potro, quadrou o corpo,calçou o garrão e esperou o simbronaço que veio ao natural, só que o indio da Capital e mãos finas e delicadas, não aguentou o repuxo, o soveu correu em suas mãos e seu quadril, limpando tudo que era coro que achou pela frente. Resultado o nosso Nicácio, campeiro e mostrando que realmente não tinha esquecido das lidas campeiras, ficou os quinze dias de férias que tirou na estância, curando as mãos e e quadrilho que ficou totalmente pelado com o acidente.