Minhas raízes

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Uruguaiana

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Entre umas e outras

Há dias que ando arredio, abro o blog, dou uma olhada e me aquieto como porco nas batatas. Hoje dei uma olhada no blog do Cebolinha que acompanho com carinho e achei nomes e fatos interessantes e conicidentes. Tem um causo de um surdo e o nome de uma personagem o Nicácio. Pois eu coincidentemente, criei uma personagens para minhas histórias, que chama-se Nicácio e já tenho pronto um boneco do que sera o meu próximo livro, o qual vai chamar-se '' AS HISTÓRIAS DO NICÁCIO'' e ainda entre tantos contos que o Nicácio vai contar, tem uma que é de um surdo, história esta que vou contar hoje.
O Nicácio foi Brigadiano e dos bons, briga até hoje depois de 20 anos na reserva, quando ouve o assiste alguém falando da Briosa, como a familia Brigadiana chama a Brigada Militar. Pois o Nicácio servia em Porto Alegre, quando veio tirar umas férias numa estância que seu pai foi capataz por 20 anos.Já no primeiro dia foi infeliz em sua empreitada. Desembarcou do Bonde nas três bocas e foi para a estância de carroça, lá chegando a sua espôsa foi pra cosinha onde tava sua mãe e o Nicácio foi direto pra mangueira onde estavam capando potro. O capador era um compadre do pai do Nicácio de nome Ramão Delgado. Entre os laçadores e o pessoal que lidava na mangueira, estava o surdo Aramis, também que nem a história do Cebolinha, mais surdo que uma porta, mas indio campeiro, domador e apesar da sua surdez mentiroso barbaridade. No momento que o Nicácio chegava na mangueira o Ramão Delgado gritava pra o Aramis, segura firme tchê porque daqui a pouco eu vou te passar a faca nas bolas, todos riam com a brincadeira e o surdo que não sabia o motivo ria também para ser um bom parceiro. O Nicácio que quando guri foi ginete e campeiro também, entrou dentro da mangueira já arrotando, puxa vida tenho que vir da Capital pra laça pra vocês, se não for a minha habilidade no laço termina o serviço aqui. Dito isso passou a mão num soveu de couro de capincho,destrenado mas sabendo o que ia fazer, buscou a volta e sem reboliar o laço que é o que se faz para laçar equinos, botou bem tronco do pescoço do potro, quadrou o corpo,calçou o garrão e esperou o simbronaço que veio ao natural, só que o indio da Capital e mãos finas e delicadas, não aguentou o repuxo, o soveu correu em suas mãos e seu quadril, limpando tudo que era coro que achou pela frente. Resultado o nosso Nicácio, campeiro e mostrando que realmente não tinha esquecido das lidas campeiras, ficou os quinze dias de férias que tirou na estância, curando as mãos e e quadrilho que ficou totalmente pelado com o acidente.

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