Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

quinta-feira, 30 de junho de 2011

BANZO

Pois é isso aí caros VETERANOS, as vezes bate o banzo e começo a lembrar dos ídos de 61 quando tive a felicidade de ter escolhido o CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS para fazer o meu período obrigatório de jovem brasileiro. Ao olhar um filme onde um sargento fuzileiro americano, tinha que transformar um pelotão de pasitas em verdadeiros soldados para lutarem contra os vieticongs. Ao ver os treinamentos, pistas de obstáculos, disciplina, hora do pato - livro de castigos - e outras modalidades que só existem na Marinha de Guerra do Brasil. Feliz de quem teve a honra de ser Fuzileiro, nada contra as outras armas, mas ser Fuzileiro, tem um gostinho especial. A disciplina, as instruções são tão bem dadas que hoje aos 69 anos eu ainda sei como se deve conquistar um cabeça de praia ocupada pelo inimigo. Tenho absoluta certeza que se tivesse oportunidade, saberia transmitir num quadro negro a formação da esquadra, a descida pela rede para as - EDVPs Embarcações de Desembarques de Viaturas e Pessoal. É pena que as fotos em anexos estejam um pouco apagadas, mas mesmo assim dá pra identificar - 1ª. - A TURMA DE 61 - 2ª EU NA GUARDA - 3ª. PONTE INTERNACIONAL - EU , O BOTTARO , NÃO LEMBRO QUEM É O OUTRO. O Homem vive e morre O FUZILEIRO NUNCA!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O ESQUILADOR
Este termo é usado para quem tosa – corta a lã das ovelhas com tesouras, antigamente e hoje com máquinas elétricas que nem as que cortam os cabelos das pessoas.
Antigamente, existiam as comparsas – grupos de homens – que dirigidas por um responsável, eram quem acampavam nas estâncias para tosar ou tosquiar as ovelhas.
Chamava-se esquila a martelo. Isto porque o barulho das tesouras, tac-tac representavam ou pareciam o barulhos de martelos.
Hoje, ainda existem tesouras a martelo, mas muito poucas usadas, a tecnologia que não perdoa a antiguidade, acabou jogando estes instrumentos no fundo dos baús ou na memória dos mais antigos.
Quando o Nicácio morava com sua família na estância Santa Joana no Passo do Ijiquiquá, era comum o seu pai determinar que a gurizada ajudasse os vizinhos em banhos de gado, esquilas, vacinações ou outro serviço que exigisse uma tarefa mais pesada ou fora das atividades costumeiras.
Cada vez que se proporcionava uma atividade dessas, a gurizada disputava o direito de ir somar esforços.
Um dos motivos era que sempre existiam moças nessas localidades e essas ajudas eram uma oportunidade dos piás mostrarem que já estavam ficando moços e numa dessas cruzadas podia surgir um namoro ou algo parecido.
Mas cada vez que tinha esquila numa das propriedades próximas, um dos irmãos do Nicácio, brigava se fosse preciso pra ser o indicado para essa tarefa.
Todos achavam que ele gostava de esquilar e por isso o interesse.
Mas a desconfiança surgiu quando tinha esquilas em outras localidades e ele nem se manifestava ou simplesmente negava-se de ir ajudar.
Mas quando era na propriedade desse senhor que tinha cinco moças e um rapaz, ele parava rodeio e se entonava até com o seu seu pai para ser o indicado para o serviço.
Todos sabiam que lá a maioria do serviço era tarefa das moças, só existia um rapaz e esse era meio afeminado.
Diziam que o rapaz era macho, mas por ser criado no meio das mulheres, tinha alguns trejeitos que não eram normais para homens naqueles tempos.
Inclusive no galpão o resto da gurizada achava que o interesse de seu irmão o popular ganso, era pra posar no galpão com o irmão das moças.
Diziam também que as moças eram boas na esquila a martelo e que tinha uma delas que chegava a tosar 25 ovelhas por dia.
Sem descobrir o motivo, o certo é que o Ganso sempre que podia estava por La e quando o serviço era esquila ele não permitia que outro fosse indicado para o serviço no vizinho.
Mas tanto foi tal interesse que os outros e até o seu pai começou a desconfiar de tanta dedicação do seu filho em ajudar o vizinho.
Começaram a fazer uma vigília sem tréguas ao Ganso, sempre que ele ia pra ajudar esse vizinho, um deles dava um jeito de aparecer de surpresa pra ver se descobriam o motivo que levava o irmão a só ajudar naquela propriedade e desprezar as outras quando surgia serviço.
O que descobriram de imediato é que só queria ir quando o serviço era esquila, quando tinha algum outro serviço ele não se importava que fosse outro de seus irmãos.
Feita esta descoberta, faltava descobrir o que acontecia na esquila pra deixá-lo tão nervoso e ansioso para ajudar.
Tanto foi a insistência que finalmente um dia um deles que era mais insistente, conseguiu desvendar o grande mistério.
Quando disse que tinha descoberto o grande segredo, foi um alvoroço no galpão e todos se reuniram para saber o motivo do interesse do Ganso em ajudar as moças.
Pois o Urtigão, um dos irmãos ,tinha conseguido descobrir o motivo de tanta dedicação.
Até o pai deles e os peões mais velhos estavam na expectativa pra ouvir o relato.
Quando o Urtigão viu que sua descoberta o tornara o centro das atenções, ficou mais entonado que ganso novo em taipa de açude.
O motivo era simples e compreensível.
As moças tinham o costume de esquilar de saias curtas e sem calçinhas, o que deixava o ajudante eufórico e prestativo.
Mas também descobriram que isso era feito de propósito para que o ajudante ao apreciar as moças desprevenidas, esquecesse de pensar em pagamento pelo seu serviço.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

BAIXAR TERRA - PERDIDAS



O termo supra citado, refere-se a Marinha de Guerra do nosso Querido Brasil. Quando fui recruta no Grupamento de Fuzileiros Navais em Uruguaiana, fiquei sem baixar terra por três meses. Baixar terra, significa quando o militar deixa o quartel e sai fora de seus limites. Na Marinha, os militares em quartéis, são considerados embarcados, portanto quando deixa o quartel é como se desembarcasse de um navio militar. Pois quando eu passei de recruta a Sd primeira classe e tive o direito de baixar terra, fiquei como ganso novo em taipa de açude ou me balanceando mais que pilincho no arame. Mas ainda quem não tinha um endereço na cidade - quarto alugado - tinha que se recolher para o quartel até às 23 horas, e era considerado MICHILÃO - um molusco que gruda no casco dos navios e só sai quando ele passa por uma revisão geral no porto -. Pois como michilão, eu e outros colegas saia e tinha que voltar em horários pré determinados. É claro que com 19 anos e querendo ser tão malandro como os outros, não demorou e consegui uma namorada, moça essa que quando ela se avançava eu ficava roxo de vergonha e já tinha decidido que casaria com ela, era jovem e muito bonita. Depois de uns 2 meses de namoro, insisti para que ela me acompanhasse até o ponto onde passava um ônibus que nós levava ao quartel. É claro eu queria mostrar aos colega a minha capacidade de conquista e assim foi feito. A partir daí, ela me acompanhava até o local de embarque e depois voltava pra casa ''sozinha''. Inclusive reclamava que não iria mais porque tinha medo de andar sozinha à noite. Todos me parabenizaram pela conquista e elogiavam a menina. Tinha a impressão as vezes que alguns mais folgados queriam tirar sarro da minha cara, mas não dei bola, achei que era pura inveja. Qual não foi a minha surpresa no dia que um colega mais chegado de nome Colombino - um negrão mais preto que picolé de piche, mas realmente meu amigo - IN MEMORIAM - ele me disse Baino, não consigo mais aguentar ao ouvir os caras gozando da tua cara, por causa da tua namorada. Eu pacientemente retruquei: Não liga Colombo, isso é pura inveja. Não disse ele, o fato é que aquela não é guria e sim uma baita vagaba, cada vez que tu larga ela na parada ela sai com um dos colegas. Depois de marchas e contra marchas naquele assunto, depois de descrer até da amizade do meu saudoso amigo, me convenci e a seu conselho resolvi dar um flagra na dita cuja. Pois era a pura verdade. Eu que tinha vindo de campanha direto para a Marinha, tratava a menina com o maior respeito, respeito que ela não merecia e nem queria, pois na intimidade da galera, ela era conhecida como Maria C... por ser adpta da transa anal. Nem sempre ganhamos, mas é preciso ter coragem e contar também as perdidas.

sábado, 11 de junho de 2011

Com o andar da...

Diz o velho ditado que com o andar da carreta , as melancias se ajeitam. É a pura verdade, passei 15 dias fora e agora estou aos poquitos conseguindo voltar a normalidade do dia a dia de cada um. Ainda não consegui me aprumar mas me aprumarei. Quero hoje registrar a perda de mais um guerreiro, o home véio la de riba certamente queria aumentar o seu grupo de prosa e com isso levou mais um companheiro dos bons. Desta vez, foi o nosso velho amigo Gordiano lá da Vila de Palomas, indio bueno dos quatro costados, funcionário aposentado da Viação Férrea e morador de muitos anos na antiga estação do Cerro das Palomas. Para mim, mais uma referência que parte, referência porque esse parceiro, morou e trabalhos no Plano Alto, município de Uruguaiana e meu berço de nascimento, e por esse motivo, tínhamos uma afinidade muito grande, um grande amigo, um vizinho dos bons, jogamos muita conversa fora quando nos encontrávamos na Vila. Teve a felicidade de ver e ouvir ainda antes de partir, o apito das locomotivas, que voltam a trilhar pelos caminhos antigos, graças a perseverança e tenacidade do nosso amigo e vereador Sergio Moreira. Inclusive hoje quando vi sob o seu corpo o velho quepe de ferroviário, lembrei que o amigo Sergio também uso esse quepe com muito orgulho no carnaval que passou. Que esse amigo e companheiro descanse em paz, ele realmente merece.

terça-feira, 7 de junho de 2011

VOLTEI

Relamente, estou em casa, santa casa, que delícia a minha cama ou a nossa cama. Estive 15 dias fora de casa, passeando e visitando a gurizada, eles procuram por todos os meios que possuem, nós dar conforto e comodidade. Mas não adianta, a gente quer é estar em casa, desfrutando do nosso rancho, onde somos os verdadeiros donos e ali fazemos o que queremos e o que podemos. Quero agradecer o conforto que eles nós proporcionaram, mas como é bom estar em casa com um tempinho como esse. Vamos agradecer o fato de termos percorridos 1.400 kms em estradas perigosas e mesmo assim termos a sorte de sair ilesos, sem um arranhão de todo esse trajeto. Mas ao aqui chegarmos, vim para a internet para saber o que tinha acontecido na nossa aldeia, fiquei estarrecido com o que ouvi e li a respeito dos últimos acontecimento por aqui. Pergunto para mim mesmo o que dizer de quem deve e tem a responsabilidade de serem os nossos representantes? Não vou atirar a primeira pedra, até porque não tenho bases concretas para afirmar qualquer coisa, mas fico apreensivo com quem muitas vezes querem nos policiar, quando na realidade, deveriam esta atraz das grades. Um voto de pesar e tristeza ao passamento do meu colega e amigo Paulo Peres, o popular e conhecido Nariz de Bola, figura que marcou com suas façanhas e atitudes uma época importantíssima em nossas vidas no também importante 2º. RPMon'' O HERÓICO ''. Até a próxima.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

VIAGEM

Pois é, estou fazendo um giro, visitando a filharada, também sou filho de Deus e como tal, depois de uma desgastante Campereada, onde os problemas permaneceram, alguns foram sanados, outros nem tanto, resolvi arejar as idéias. Hoje fazem 12 dias que estou fora da cite, vou voltar só na segunda feira, para pagar as minhas contas, justificar outras e entrar no cotidiano do dia a dia de todos nós. É clara que muitos ou a maioria não tá nem aí com a minha viagem, tanto é verdade que o Paloci deve ter enricado mais, os vereadores devem ter gastado mais gasolina, ou pelo menos é o que vemos nos jornais e noticiários. Quanto a minha viagem, está muito boa, uma verdadeira beleza, ver os filhos, as paisagens maravilhosas da serra gaúcha e de vez enquando, degustar os bons vinhos e culinárias desta região. Tenho recebido alguns questionamentos a respeito de como foi a 2ª. Campereada, prometo que assim que voltar e me situar no que foi feito nestes 20 dias que fiquei fora, vou fazer alguns comentários sob o evento que passou.