Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

quinta-feira, 30 de julho de 2009


Hoje estamos de parabens, consegui graças ao um amigo mais inteligente do que eu, ele me ensinou a inserir as imagens que eu queria. Portanto graças ao colega Jayme, estamos começando nossa postagem com uma foto de Uspallata, onde por falta de documentos ficamos por 4 dias, curtindo as belezas das montanhas geladas e ainda sofrendo como o forte vento e o frio, diga-se de passagem que o nosso caminhão não tinha calefação, o que eu só fiquei sabendo depois que não tinha como voltar. Viajar naquele lugar sem calefação é crime hediondo. Esses quatro dias, foram um verdadeiro sufoco, creio que pagamos ou eu paguei todos os pecados que devia pro Senhor, creio ainda que não fiquei devendo nada e por isso o homem veio me deixou continuar por mais alguns anos por aqui, espero que o meu crédito seja o suficiente pra mim ainda ficar por mais uns 30 aninhos, já é o suficiente. Lá meus amigos ou melhor em toda aquelas montanhas, tem um pó que parece um talco, que a gente pisa e enterra o calçado, as vezes é preto ou as vezes branco, é um pó vulcânico que quando venta, ele entra no nariz, na boca, nos ouvidos, enfim ele penetra na roupa, nas panelas e copos que a gente está usando, por mais que se tente limpá-lo ele permanece colocado ao corpo, nos dentes , quando passamos a lingua, parece que tem areia, é um terror. As pessoas da região não reclamam , estão acostumados. Durante o dia, as vezes é quente, chega a uma temperatura de uns 20 ou 22 graus e a noite, bem essa é terrível, lá não cae geadas como aqui, lá ou venta ou neva, e em qualquer circunstâncias, as madrugadas são sempre entre 10 e 15 graus negativos quando não está frio, quando esfria mesmo, chega facilmente aos 30 graus negativos. O interessante que é um frio diferente do nosso, a gente tem a senssação que não está tão frio, mas dizem que ele penetra nos ossos, gela a alma e se a pessoa não estiver bem abrigada sofre mesmo. As roupas e cobertas deles ou como em todo lugar, das pessoas que tem posses ou poder aquisitivo, são térmicas e realmente mantem a pessoa aquecida. Enfrentamos os 4 dias praticamente infurnados na gabine do caminhão, porque fora dele teve dois que não foi possivel. Uma das coisas boas que aconteceu foi que tinha um caminhão frigorifico chileno, que trazia salmão para o Brasil e o colega motorista que também estava com problemas de documentos, só comia peixe frito e vinho e por sinal que vinho, foi onde conheci e passei a tomar o vinho chileno Gato Negro que era 100 vezes superior ao Patero Argentino que o meu irmão tinha comprado. Por sinal, pra combater todas essas adversidades , só tomando muito vinho. A foto acima é a entrada de Uspallata. Na próxima vou contar quando foi a nossa saída em direçao ao Chile.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Minhas andanças - 4º. dia

Vamos descrever para os que acompanham este blog, o que significa Uspallata para quem viaja para Chile. Uspallata é um posto alfandegário Argentino e um refugio para qualquer contratempo que possa ocorrer na região. Em Uspallata, tem posto de combustível, hoteis, pousadas, restaurantes, quartéis, enfim um parador como dizem os argentinos, só que com muitos recursos para socorrer quem precisa. De Mendonza até o túnel que divide os dois Países, de trecho em trecho existem muitas placas que advertem: '' EN CASO DE NIEVE, VUELVA INMEDIATAMENTE A USPALLATA ''Isso, por que depois que passamos por Uspallata, arecém é que vamos realmente enfrentar as Cordilheiras, as montanhas e todo o perigo que elas representam. Eu tive a oportunidade de retornar a Uspallata quando uma tempestade de neve formou-se nas montanhas. Se você não obedece as placas, a policia, o jandarmes argentinos fazem os caminhões e carros voltar para a segurança de Uspallata. Eles ainda tem um sistema de controle de velocidade nas montanhas que consiste em postos no início das Pré-Cordilheiras, anotam ás características dos veículos e a hora que você começa a subir. Antes de chegar em Uspallata outro posto recolhe as fichas de anotações e conferem a hora, pelo tempos que você levou para chegar até ali, eles sabem a que velocidade o motorista andou. Isso não adianta, porque as pessoas ou motoristas que já conhecem bem o trajeto, andam na velocidade que querem, quando chegam próximo aos postos de controle, param em locais de descanso que tem muitos, e ali deixa o tempo correr para não serem flagrados em velocidade não permitida. Para passar em Uspallata, os carros são verificados só os documentos normais e os caminhões são conferida a carga e a documentação, se estiver tudo em dia, são liberados para subir caso contrário, permanecem até regularizar os documentos. Existe no controle integrado do Mercosul, um sistema chamado Maria, esse sistema é acionado na saída do caminhão no início da viagem, no nosso caso em Paso de Los Libres, em Uspallata só é conferido, se está tudo certo, a viagem prossegue tranquilamente. Só que conosco, que erámos três carretas, as documentação de duas estavam certas e uma, exatamente a nossa deu problema, a carga não tinha sido colocada no sistema Maria. Resultado, as duas que estavam certas no outro dia subiram e nós permanecemos a espera de liberação, isto uma sexta feira, a 1.472 kms longe de tudo e de todos, e ainda a responsabilidade de resolver o problema era nossa, tinhamos que entrar em contato com a empresa no Brasil para arreglar tudo. Imaginem a bronca. Ficamos transtornados, mas não teve outra solução a não ser esperar os documentos. Na próxima postagem, vou contar o sufoco que foi os três dias que ficamos comendo terra e frio em Uspallata.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Minhas andanças-3º. dia

Hoje esto mudando alguns itens porque estou me amançando aos poucos com este moço e cada vez que eu aprender vou inovando gradativamente. Estou feliz também, que após implorar , pedir publicamente para que me ensinassem a postar fotos, acabei aprendendo na marra. Essa foto não é ainda as que quero postar no blog, mas ao menos é uma pequena mostra do que enfrentamos quando desafiamos a natureza nas Cordilheiras do Andes. A beleza lá é incomensurável, costumo dizer que é muito dificil contar, a pessoa tem que ver, cada vez que tu vai lá ela é diferente. Mas o que realmente quero ainda colocar para os que me dão a honra de acompanhar esta viagem, são fotos dos lugares por onde passei, só que preciso primeiro apreender a postar as fotos do google earth que ainda não sei, se você me ensina. Reinicio a nossa viagem com duas preocupações, uma o Felipe Massa que felizmente esta reagindo muito bem e a outra é que o motorista oficial da nossa viagem foi ontem para Buenos Aires, vamos torcer para que transcorra tudo bem na sua viagem. Nós posamos em Villa Mercedes e saimos numa manhã linda de sol, com noticias boas das Cordilheiras. Para que vocês entendam, quem viaja para aquela região, utiliza muito a informação de quem está vindo de lá, que vem descendo traz noticias das condições climáticas lá em cima, mesmo que por lá o tempo mude repentinamente,mas as informações repassadas pelos colegas, parecem que dão uma certa tranqulidade ou diminuem a tensão que sempre é enfrentar as alturas geladas. Passamos por vários lugares, mas vou citar só as localidades mais importantes do trecho. San Luiz é uma cidade de médio porte, logo enseguida chegamos a Desaguadero, que é a divisa entre San Luiz e Mendoza. Existe ai um pórtico de sáida e outro de entrada na Província de Mendoza. Na Argentina as Províncias que correspondem aos nosso Estados, são independentes, tem leis próprias, portanto o que é cobrado numa pode não valer nada na outra. Para entrar em Mendoza, não pode levar nada de frutas, tais como laranjas, pêssegos, bananas, maçãs, etc... é comum os motoristas darem para os moradores das proximidades dos postos de fiscalização para evitar complicações. Desaguadero também o nome de um rio que passa no local, proveniente do degelo das montanhas, água não potável. É preciso ainda explicar que nessa região já é um deserto com em toda a Provincia de Mendoza, cujas plantações de uvas e muitas frutas, são regadas por canaletas da água do degelo.Em La Paz uma das tantas cidades e Vilarejos por onde passamos, meu irmão comprou um garrafão de vinho de nome Patero, muito conhecido na região. Só que o que ele comprou acho que era adulterado, porque era ruim barbaridade. Depois de comprarmos o vinho e almoçar, passamos por San Martin,Mendoza, Lujan d Cuio, saimos da ruta 40 e pegamos a ruta 7 que segue para as montanhas. Ai temos as Pré - Cordilheiras, que no meu entendimento são muito mais perigosas que as Cordilheiras propriamente ditas. A estrada é composta de muitas curvas em cotovelo, com verdadeiros precipícios de mais de 1.500 mts de profundidade, muitos túneis em curvas, realmente muito perigosa. Até chegarmos em Uspallata onde pernoitamos, passamos já nas montanhas, por Potrerillos e Las Cuevas . Não esquecendo que nós ia em comboio com mais duas carretas. Na próxima vamos conhecer Uspallata e vocês saberão a importância que esse lugar é pra quem passa por esses caminhos.

sábado, 25 de julho de 2009

Minhas andanças

Estou ainda bastante chateado por nao ter conseguido postar fotos. Já descobri que devo ativar ou desativar um tal de bloqueador de pop-ups ou coisa parecida. Só que tentei mas não consegui nem bloquear ou desboclear. Hoje pensei em escrever sob a viagem, mas sou obrigado a mudar temporariamente o assunto para depois voltar a viagem que no momento, estamos pernoitando em Villa Mercedes e vamos ficar por lá até eu me pronunciar a respeito deste frio. Gente, eu viajei várias vezes ao Chile, Argentina, Uruguai, grande parte do Brasil e nunca mas nunca mesmo enfrentei uma temperatura tão baixa como a que estamos enfrentando estes dias aqui no Rio Grande do Sul. O trecho das Cordilheiras dos Andes de Mendoza a Santiago do Chile, creo que já passei umas 8 vezes entre ida e volta, mas jamais enfrentei tanto frio como este de agora. Olha que por lá andei inclusive durante a noite, chegando em Los Andes 23 horas e sinceramente acho que não senti um frio como este. Enfrentei a Santa Rosa, que é a tempestade de neve mais temida por quem anda por aquelas bandas, que me lembre uma noite, um carabineiro chileno me disse que a senssação térmica em Guarda Vieja estava 23 graus abaixo de zero, devia ser umas 22 horas da noite. Olha estava frio, dava pra sentir na pele a senssação gelada, racha os lábios, a respiração parece uma chaminé mas uma coisa suportável. Eles dizem que lá o frio é enganador, a gente pensa que não está frio, mas ele penetra nos ossos, vai minando a pessoa até congelar. Mas lá é uma coisa normal. Eu sempre disse que o frio daqui é mais complicado que o de lá. Aqui, quando venta, o verdadeiro minuano, não tem roupa que o ataque. O que ocorreu neste inverno com certeza já aconteceu em outras ocasiões, eu lembro que quando eu era guri, caia geadas grandes como essas que tem caído, virava gelo tudo que era água que ficava ao relento, é claro que naquela época não tinha nem termômetro para medir a temperatura, por isso que hoje as pessoas se apavoram com as temperatura registradas. Mas a realidade é uma só, senssação térmica de 20 graus abaixo de zero como fez em São José dos Ausentes é demais. Por isso hoje vamos ficar com o frio e depois seguir a nossa viagem que também vai subir as Cordilheiras e lá durante a noite gela até a alma de quem se atreve a enfrentá-las.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Minhas andanças

Bem estamos com um pequeno grande problema, quem ler este comentário e souber me dar uma luz, ficarei muito grato. Meu e-mail é oteatino@hotmail.com. Eu não estou conseguindo postar fotos e isto está me deixando chateado, eu quero quando relatar cada dia ou cada episódio da minha viagem, colocar fotos ilustrativas dos lugares por onde andei, mas não sei o que fiz ou me deu um branco que não consigo me encontrar. Hoje estou muito feliz , o meu irmão que estava em La Rioja com toda essa confusão da Gripe A, já chegou e está muito bem. Disse - me que o contra veneno para esse virus que está apavorando todo mundo, é muito vinho, wisk, alho e beijo na boca, se alguém acreditar nessa maracutaia é só usar a receita. De repente pode ser verdade, eu estou usando metade dos ingredientes, tenho tomado vinho e felizmente estou bem e espero passar tranquilo esse mar de incertezas. Amanhã vou procurar ajuda para postar minhas fotos. Mesmo não estando nas Cordilheiras, estamos enfrentando um frio de renguear cusco, temperaturas identicas a que enfrentamos nas montanhas na maioria das vezes. Lá ela só baixa mesmo a noite ou quando está nevando ou ventando.Por hoje vou ficar por aqui até corrigir o meu erro gráfico.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Minhas andanças - 2º. Dia

Levantamos cedo e quando preparamos o chimarrão para seguir viagem, ficamos sabendo que as duas mulheres que tentaram jantar conosco, tinham juntamente com mais um elemento, assaltado um dos nossos companheiros, que foi aliviado dos ingredientes para alimentação da sua caixa ( cozinha ) e mais $ 100 pesos que na época era cotado a 1 por 1 com o dolar que valia R$ 3,20, portanto com a comida um prejuizo de mais ou menos 400,00 reais. O resto transcorreu sem novidades, a não ser os comentários sobre a situação das Cordilheiras que a situação não era nada boa. Esses comentários, vão aos poucos minando o fator psicológico e a gente começa a ficar tenso e preocupado. De onde saímos, o clima era muito bom. Passamos por Sauce de Luna e paramos para tomar um café no Paraná, antes de cruzar o túnel. O túnel é uma obra arquitetônica muito linda e passa por baixo do rio Paraná, é todo monitorado por câmeras de televisão, qualquer problema é constatado imediatamente, é muito bonito. Quando a carga é muito alta, pode optar-se pela balsa que sai quase que diretamente na cidade de San Tomé. Tínhamos a informação para tomar cuidado nessa cidade, que estavam assaltando numa sinaleira no centro o que podemos confirmar por quase ter sido vítima dos ladrões , fomos salvos pelo gongo, quando percebemos que seríamos atacados, o sinal abriu, o que possibilitou nos livrarmos dos meliantes. Passamos por San Tomé e Santa Fé que são duas cidades de médio porte e praticamente juntas uma da outra. Paramos para almoçar em Las Varillas. depois de passar por San Geronimo del Sauce, Sierra Pereira, Quebracho herrado. Depois do almoço seguimos nossa viagem, depois de passar por cidades e vilarejos, tais como Pozo del Molle, La Playosa, Arroyo Algodon, Villa Maria, Arroyo Cabral, Luca, Dalmacio Veliz Sarsfield, Las Perdices, Gen Deheza, Gen.Cabrera, Carnerillo, Chucul, Las dHiguerras, Santa Catalina, Sampacho, finalmente depois de percorrer 729 km durante o dia, chegamos em Villa Mercedes onde pernoitamos mortos de cansados. A novidade do dia foi só estradas e estrada, é bom salientar que na Argentina, não tem lombas, o terreno é plano, pura pampa, se colocar em ponto morto, o carro ou caminhão simplesmente para, quem dirige não tem o privilégio de aliviar o pé tem que sempre estar acelerando. Na próxima vamos nos apoximar das Cordilheiras e ai sim teremos muito o que subir ou descer. No segundo pouso, já começamos a sentir o ar gelado dos Andes.

Minhas andança

Antes de começarmos nossa viagem, quero me apresentar: Sou 1º. Ten da reserva da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Servi na Marinha de Guerra do Brasil, como Fuzileiro Naval e hoje fazem 20 anos que estou aposentado. Nesses 20 anos, fiz muitas coisas, mas muitas mesmo, mas as que mas gostei, foi viajar, conhecer lugares e pessoas, costumes e culturas diferentes e exóticas inclusive. Agora estou um pouco recuado, mas não tanto, comprei uma Zuzuki - Intruder 250 cc, equipei com tudo que é necessário para uma viagem e como motociclista já fiz algumas viagens e farei outras tantas com certeza. Nesta viagem eu já tinha desistido, pela demora, pela incerteza do vai não vai, já tinha decidido voltar pra casa. A viagem partiu de Uruguaiana e eu moro em Livramento, portanto eu estava a mais de uma semana esperando para viajar quando ela começou e durou 21 dias, portanto um mês fora de casa,é dose. O que nós trancou foi a espera de um caminhão para formar o comboio e partir, os fiscais estavam em greve e isso complicou ainda mais. Chegou o caminhão que faltava era só partir. A situação nas Cordilheiras eram as piores possíveis, muita chuva, queda de granizo, e muita neve. É a Santa Rosa chegando, com toda a sua violência. Essa tempestade de neve é respeitada em toda região, ninguém se atreve a enfrentá-la, já tem ceifado a vida de muita gente. É conhecida também como vento branco, e quando ela chega com violência em 02 horas é o tempo suficiente para tapar uma carreta de gelo. Quem viaja ou conhece aquelas montanhas sabe que de trecho em trecho exitem placas que dizem: ''EM QUALQUER CASO DE NIEVE VUELVA IMEDIATAMENTE A USPALLATA'' Quem não obedece a lei da natureza só leva a pior. Apesar de já ter feito muitas viagens para o Chile, eu sentia uma certa curiosidade, apreensão, mas para ser sincero comigo mesmo, sentia medo, um medo do que poderia acontecer. Não tive coragem de dizer ao meu mano que eu não iria, ele também estava apreensivo e confiava na minha companhia, se desistisse seria um grande golpe. Resoslvi encarar. Conforme já disse nossos caminhões estavam carregado com 75 toneladas de politileno, 25 em cada carreta. Carga muito cobiçada pelos ladrões de plantão naquela região. Fomos informados que o trecho mais perigoso era até o Paraná e passagem por Santa Fé, decidimos que viajariamos só de dia e cedo da noite pernoitaríamos. Saímos da playa, local onde os caminhões aguardam liberãção às 15 horas, pegamos a ruta 14 que vai a Buenos Aires e nas quatro bocas, pegamos a ruta 127 em direção ao Paraná. Passamos sem ser molestados pelo famigerado posto policial de San Jaime e fomos pernoitar no Estacion de servicio ( Posto ) El Pingo na cidade de Federal. Após a janta que transcorreu sem novidade para nós, às 23 horas nos recolhemos para um merecido descanso. A registrar nessa primeira noite, o fato que fomos abordados por duas mulheres que queriam ser convidadas para a janta, mas sabedores dos perigos em dar assunto a pessoas desconhecidas, simplesmente não lhes demos atenção, motivo pelo qual elas foram embora. Só fomos ficar sabendo das novidades no dia seguinte na hora de reiniciar a viagem. Mas esse fato vou contar na próxima postagem.

sábado, 18 de julho de 2009

Perfil do Motorista

Bem antes de começar a viagem propriamente dita , devo apresentar o motorista oficial da nossa viagem. Trata-se do Sr Niwton Gonzaga de Medeiros, por sinal meu irmão. Esse sujeito tem varias habilidades, é um gaiteiro de mão cheia, foi peão de estância, capataz, tropeiro, enfin fez muitas coisas antes de ser motorista. Um sujeito grosso como dedo destroncado e que pensou ser motora. Como pode, um elemento desse trocar radicalmente sua profissão. Como é que eu que me considero letrado, pude confiar nele e fazer a viagem que contarei. Mas a realidade é que por incrivel que pareça, meu mano sofreu uma transformação incrivel, tornou-se um profissional do volante habilidoso e competente dirigindo em estradas de alta periculosidade como são as que cortam as Cordilheiras do Andes. Meio maniático as vezes, mas um bom parceiro e sempre que viajamos juntos nos entendemos bem. É claro que nesses 21 dias as vezes o stress fazia ficarmos indiferente por longas horas, mas sempre achávamos o caminho para o bom entendimento. Hoje quando faço estes comentários ,que na realidade são uma declaração de amor ao meu mano, estou preocupadissímo, ele está ha 15 dias na Provincia de La Rioja, norte da Argentina, sem poder descarregar e correndo alto risco, pois a virus da gripe do porco está solto naquele País e já provou que é altamente perigoso e letal em determinadas pessoas. Voltando a nossa viagem, saimos na segunda feira dia 26 de agosto, isso depois de fazer migração. Essa migração consiste em registrar a entrada na Argentina, dizendo onde vai e quanto tempo pretende ficar, sendo que essa migraçao é até Las Cuevas, na Cordilheira dos Andes onde temos que dar a saida da Argentina e fazer a documentação para entrar no Chile que contaremos como funciona no decorrer deste relato. Na próxima postagem, vou contar o nosso primeiro dia de viagem que de Paso de Los Libres até Federal onde pernoitamos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Minhas Andanças


Bem após uma longa pesquisa, entre saída e chegada, kilometragem, lugares de paradas, enfim , depois de um grande levantamento de tudo isso, a partir de hoje vou começar uma viagem que fiz no ano de 2002. Durou 21 dias, tivemos alguns impecilhos,mas mesmo assim, enfrentando a Gendarmeria Argentina e outros contratempos, conseguimos nesses 21 dias percorrer, 4.403 kms, de frio intenso e calores insuportáveis, atravessamos as Cordilheiras dos Andes, suas montanhas geladas e o calor abrasador do deserto do Atacama, no norte da Argentina. Partimos de Uruguaiana, fomos a Santiago do Chile e de lá voltamos e fomos a Palpalá, uma pequena cidade da província de San Salvador de Jujuy, na Cordilheiras dos Andes, norte da Argentina, onde esse País, fronteira com a Boloívia, Paraguay e Chile. De lá voltamos para Uruguaiana. Nosso meio de trasporte, uma carreta mercedes 112, ano 84, sem calefação e com uma única poltrona , a do motorista, o carona, usava uma cadeira de praia. Portanto uma verdadeira odisséia que passarei a parfir de hoje a relatar e ilustrar com algumas fotos. O motorista oficial, meu irmão Niwton Medeiros, que no decorrer da narração irei dando alguns predicados do dito cujo. A foto em anexo, é uma pequena amostra das belezas que vcs terão a oportunidade de ver durante essa. Uma viagem internacional, tem muitos trâmites, mesmo que as aduanas estão integradas, mas sempre há um imprevisto, a liberação é demorada. Nessa, levamos mais ou menos uma semana, não por falta de documentos, mas na espera de uma carreta que não chegou no dia marcado. Eram três carretas carregadas com 25 toneladas de politileno cada uma. Quando enfim chegou a carga que faltava, nós preparamos para enfrentrar o trecho. Eu moro em Livramento, já estava há uma semana esperando para viajar, já tinha inclusive desistido, quando nos avisaram que iriamos sair no outro dia. Acabamos atravessando a fronteira num sábado a tarde de um 24 de agosto de 2002, mas só saimos na segunda feira dia 26. A carga que nós levava, é uma das mais cobiçadas pelos ladrões, portanto a decisão foi que só viajariamos em grupo e durante o dia. Por hoje ficaremos por aqui, na próxima postagem já teremos novidades.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Minhas Andanças


Conforme já prometido, estou me organizando para contar todas as minhas viagens e peripécias passadas nessas verdadeiras aventuras por caminhos Andinos. A foto ao lado,é da Aduana de Libertador no Chile, todos comentários das viagens, serão ornamentados por lindas fotos daquela região lindíssima. Me aguardem

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A partir de agora, como estamos em pleno inverno aqui no Sul, vou adicionar fotos da minha última viagem ao Chile que ocorreu em agosto de 2007, portanto há dois anos, tenho lindas histórias para contar aos simpatizantes deste blog. Lá tive a oportunidade de conhecer usos e costumes totalmente diferentes dos nossos. Quero comentar o terremoto que houve no Peru no e que repercutiu em Santiago do Chile, contar ainda o que senti ao participar de um pequeno incidente por ocasião de uma viagem de metrô naquela capital, enfim tenho uma série de novidades que vcs gostarao com certeza.