Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

terça-feira, 21 de julho de 2009

Minhas andança

Antes de começarmos nossa viagem, quero me apresentar: Sou 1º. Ten da reserva da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Servi na Marinha de Guerra do Brasil, como Fuzileiro Naval e hoje fazem 20 anos que estou aposentado. Nesses 20 anos, fiz muitas coisas, mas muitas mesmo, mas as que mas gostei, foi viajar, conhecer lugares e pessoas, costumes e culturas diferentes e exóticas inclusive. Agora estou um pouco recuado, mas não tanto, comprei uma Zuzuki - Intruder 250 cc, equipei com tudo que é necessário para uma viagem e como motociclista já fiz algumas viagens e farei outras tantas com certeza. Nesta viagem eu já tinha desistido, pela demora, pela incerteza do vai não vai, já tinha decidido voltar pra casa. A viagem partiu de Uruguaiana e eu moro em Livramento, portanto eu estava a mais de uma semana esperando para viajar quando ela começou e durou 21 dias, portanto um mês fora de casa,é dose. O que nós trancou foi a espera de um caminhão para formar o comboio e partir, os fiscais estavam em greve e isso complicou ainda mais. Chegou o caminhão que faltava era só partir. A situação nas Cordilheiras eram as piores possíveis, muita chuva, queda de granizo, e muita neve. É a Santa Rosa chegando, com toda a sua violência. Essa tempestade de neve é respeitada em toda região, ninguém se atreve a enfrentá-la, já tem ceifado a vida de muita gente. É conhecida também como vento branco, e quando ela chega com violência em 02 horas é o tempo suficiente para tapar uma carreta de gelo. Quem viaja ou conhece aquelas montanhas sabe que de trecho em trecho exitem placas que dizem: ''EM QUALQUER CASO DE NIEVE VUELVA IMEDIATAMENTE A USPALLATA'' Quem não obedece a lei da natureza só leva a pior. Apesar de já ter feito muitas viagens para o Chile, eu sentia uma certa curiosidade, apreensão, mas para ser sincero comigo mesmo, sentia medo, um medo do que poderia acontecer. Não tive coragem de dizer ao meu mano que eu não iria, ele também estava apreensivo e confiava na minha companhia, se desistisse seria um grande golpe. Resoslvi encarar. Conforme já disse nossos caminhões estavam carregado com 75 toneladas de politileno, 25 em cada carreta. Carga muito cobiçada pelos ladrões de plantão naquela região. Fomos informados que o trecho mais perigoso era até o Paraná e passagem por Santa Fé, decidimos que viajariamos só de dia e cedo da noite pernoitaríamos. Saímos da playa, local onde os caminhões aguardam liberãção às 15 horas, pegamos a ruta 14 que vai a Buenos Aires e nas quatro bocas, pegamos a ruta 127 em direção ao Paraná. Passamos sem ser molestados pelo famigerado posto policial de San Jaime e fomos pernoitar no Estacion de servicio ( Posto ) El Pingo na cidade de Federal. Após a janta que transcorreu sem novidade para nós, às 23 horas nos recolhemos para um merecido descanso. A registrar nessa primeira noite, o fato que fomos abordados por duas mulheres que queriam ser convidadas para a janta, mas sabedores dos perigos em dar assunto a pessoas desconhecidas, simplesmente não lhes demos atenção, motivo pelo qual elas foram embora. Só fomos ficar sabendo das novidades no dia seguinte na hora de reiniciar a viagem. Mas esse fato vou contar na próxima postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário