Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O OUTRO LADO

Em tantas viagens que fiz quando trabalhei para Trans-Ritmo-Ltda – Emp. De Imp. E Exp. De carros 0-KM, numa delas fui escalado para levar um caminhão trator (Cavalinho) para a cidade argentina de Córdoba, distante uns 800 km de Passo de Los Libres. A viagem transcorria normalmente, até que cheguei à cidade de San Francisco. Passávamos por fora da cidade, com caminhões, cheguei num posto conveniado com nossa firma, onde encontrei um carreteiro, que trabalhava na mesma empresa, eram por volta das 0900 hrs da manhã, estava tomando café, conversamos, recusei o convite para acompanhá-lo no café e segui meu rumo. Próximo dali havia um posto policial argentino onde fui para verificação de documentação, surpreendentemente, o policial alegou alguma irregularidade nos documentos que lhe apresentei, solicitou que eu o acompanhasse até a comissária que ficava no centro da cidade. Quando manobrava o caminhão já acompanhado do policial, o meu colega que estava no posto anterior, passou, buzinou, abanou-me e seguiu seu destino. Eu calculando ser um imprevisto temporário que só atrasaria minha viagem por alguns minutos, segui tranqüilo para a comissária. Mas surpreso fiquei, quando chegamos a comissária, o policial mandou que eu fechasse o caminhão e lhe entregasse a chave do mesmo.
Ainda pensei que ao chegar ao seu superior tudo seria esclarecido, não me preocupei muito.
Não imaginava que estava começando uma das experiências mais terríveis que tive em minhas aventuras de caminhoneiro. Na frente de mais dois policiais, foram solicitados meus documentos e uma ordem para que tirasse o meu cinto, minha aliança e um anel, sendo que já um pouco nervoso tive dificuldade com o cinto no que fui ajudado por um dos policiais, que pegou pela fivela puxando-o violentamente, fazendo com que eu desse uma volta sobre mim mesmo, tendo me olhado com um olhar sarcástico e debochado. Nisso fui interpelado pelo outro que examinava meus documentos, perguntando-me seu eu era policial, ao ver minha carteira de policial militar do Rio Grande do Sul. Respondi aliviado que sim pensando que ao verem minhas condições de seu colega tudo estaria resolvido. Tremendo engano, afirmou risonho que: Oste és Policia Allá em tu tierra acá Oste no és nadie. A partir daí, fui levado para um pátio interno, onde foi aberta uma porta de ferra e mandaram que eu entrasse. Resisti o que pude, pedindo o direito de ligar pra minha empresa ou para um advogado, no que um deles se retirou, falou com outro e voltaram juntos, pensando eu que me daria o direito universal de procurar me defender de uma acusação que até o momento eu não sabia qual era. Dos dois que voltaram, um deles deu-me com a mão aberta um violenta tapa na nuca e o outro o auxiliou, dando-me um violento chute na bunda, com esse apoio inesperado, acabei caindo estatelado dentro do xadrez onde existia outros presos.
A porta foi fechada violentamente e achei-me na presença dos novos colegas da cadeia apavorado, desnorteado e sem saber o motivo de tamanha arbitrariedade e tanta violência.
A partir daquele momento comecei a entender as histórias dramáticas contadas por outros colegas que já tinham provado a ignorância e o abuso de autoridade da policia argentina.Passado o primeiro impacto da surpresa e o medo que senti ao ser tratado como um marginal pela primeira vez comecei a analisar a situação difícil e complicada na qual eu estava inserido. O local era um xadrez com três celas laterais, algo parecido com um salão e um banheiro ao fundo. Na primeira cela de aproximadamente 2,5 por 1,90, havia 08 presos, um maior e os outros todos menores de várias idades, todos deitados ou acomodados sobre uns alcochoados e cobertores velhos que lhes servia de cama, onde todos estavam deitados ou em cima daqueles trapos velhos e sujos. Na segunda, havia um sujeito grande, mas não chegava a ser gordo, peludo, parecia um chipanzé, só que, branco, deitado sob um colchonete com um edredom, tudo limpo e bem arrumado, ele estava sentado na cama recostado na parede. Na outra cela não havia ninguém, estava totalmente vazia. No fundo o banheiro, com algo que devia ter sido um sanitário, onde existia só um buraco onde se fazia as necessidades fisiológicas, com um cano na parede pingando água, devia ter havido ali uma torneira. O local era assustador, sujo, ou melhor, imundo, com um cheiro insuportável que chegava a dar náuseas. Após essa análise fui interpelado pelos presentes, todos queriam ao mesmo tempo saber o motivo da minha estada ali e queriam saber como eram as cadeias do Brasil, quando descobriram que eu era brasileiro. O ambiente foi se acalmando, começamos a conversar, eu procurando explicar os motivos da minha prisão e com muito cuidado informando que eu não era da área mas r sem deixar transparecer que eu nunca tinha passado por uma situação tão constrangedora e complicada como aquela. O que senti de imediato, apesar da aparência dos meus colegas de momento, foi a total solidariedade e ainda quando sentiram que eu estava muito nervoso, procuraram me tranqüilizar, dizendo que aquilo não era nada e que eu sairia numa boa da situação. Só então entendi o que sempre vi na minha vida profissional, quando tive a oportunidade de entrar em presídios ou locais que houvesse pessoas na minha situação. Fazia uns seis meses que eu lutava para deixar de fumar,mas a primeira coisa que fiz, foi acender um cigarro que me foi oferecido por um dos componentes da primeira cela. Hoje penso e parece-me que aquele foi o melhor cigarro que fumei na minha história de muitos anos de vicio. Comecei a caminhar desesperadamente dentro cela, não conseguia me controlar, comecei a analisar a minha situação e cheguei à conclusão que não era das melhores diante de tantas outras que passei ao longo dos anos. Estava a 700 km do Brasil, preso sem terem permitido que eu comunicasse a firma ou falasse com advogado, os meus companheiros, ninguém sabia que eu estava preso e sabendo dos horrores que contavam a respeito das prisões Argentina. Ao meio dia, foi aberta a porta externa da cela. Cheguei a dar um salto, pensando ser o motivo da vinda do carcereiro. Tremendo engano, a porta foi aberta, por onde uma panela grande de alumínio com alças de arame, foi empurrada com o pé pra dentro da cela, a porta voltou a ser fechada e o conteúdo do recipiente, algo parecido com bonzo, (alimento para cães) era o nosso almoço e uma água verde doce parecida com chá de alfafa era o suco para acompanhar a refeição. Não consegui almoçar, mesmo com o apoio dos novos companheiros que pediam que eu me acalmasse que tudo se resolveria. Às 14 horas, eu não agüentava mais a dor nos rins acha que pelo frio e a umidade da cela, nervosismo etc... Como não havia lugar pra eu sentar, acabei sentando na cama mais limpa, que era a do argentino, que depois fiquei sabendo que era motorista que nem eu. Sentei na ponta do colchão e encostei-me na parede, onde dormi até as 15 horas. Após conhecer os motivos dos colegas estarem presos, comecei a ficar mais calmo, mas mesmo assim muito preocupado com a minha situação. Os presos da primeira cela eram todos menores com exceção de um que era maior de idade e estavam recolhidos por envolvimento com drogas. O outro era um rapaz argentino que foi recolhido como eu, por uma infração de trânsito. Tinha sido condenado a oito dias de reclusão por não ter usado uma lona protetora na carga que levava. O argentino maior de idade me chamava constantemente para me mostrar como tratava os seus discípulos. Dizia: Brasil, Brasil mira. Quando eu chegava à cela, ele pegava um dos guris e dava um beijo na boca e me perguntava, Tche Brasil no quieres te regalo sin te cobrar nadie. Depois começou a içar-se com as mãos, numas janelas basculantes e gritava para mim: Brasil, Brasil, Beni para ver que maravilla. Tanto insistiu que resolvi atende-lo e me dependurei na janela. Do outro lado do pátio, havia umas celas femininas, onde tinha umas gurias que colocavam os seios nas grades para que nos pudéssemos olhar.
Às 16 horas, começou a visita aos presos, e o outro motorista foi chamado e levado para uma sala onde estavam seus familiares. A partir daí, começou uma cena que me intrigou, até que descobri e usei o mesmo esquema. Eles chegavam numa pequena abertura da porta de ferro e gritavam: fulano pedi-me, fulano pedi-me. Daí a alguns minutos, vinha um guarda abria a cela e tirava o sujeito. Perguntei por que aquilo, ele me explicou que quem estava de visita pedia para visitar quem pedia e assim o guarda vinha e tirava o preso para receber a visita solicitada.
Como sabia o nome do meu colega motorista, apelei também. Gritei Robertoooo! Pedi-me, não demorou mais que dois minutos e um guarda veio e me liberou. Foi um alivio sair para o pátio, ver sol, ar puro e gente. Conversei com os familiares do Roberto até terminar a visita, tendo voltado pra cela mais aliviado. Até que aproximadamente às 17 horas, veio um guarda e pediu para mim sair e acompanhá-lo. Fui encaminhado para uma sala onde uma policial feminina escrivã passou a me indiciar e tomar todos os meus dados tirou inclusive a impressão digital dosdedos das duas mãos. Após esse cerimonial, fiquei aguardando El Juez de Culpa para receber a minha sentença. Na Argentina, Uruguai e creio que todos os Países do MERCOSUL têm um juiz de plantão que julga e condena os indiciados, em pequenos delitos. A Argentina tem as províncias independentes, cada uma tem sua jurisdição própria. Só depois fiquei sabendo que por esse motivo, eu fui arrestado (preso) e condenado. Também lá, as infrações de trânsito são acompanhadas de prisões temporárias dependendo do delito cometido. Voltando a cadeia, após ser qualificado, identificado e esperar o julgamento, comecei a receber propostas para em cada viagem que fizesse levar não mais que um kg de cocaína, segundo o informante, eu ganharia em cada viagem o que eu não ganhava em um mês levando carros 0 km para a Argentina. Fingi concordar, para não criar animosidade com meus colegas de cela. Aproximadamente às 18 horas, vieram me levar para ser julgado. Cheguei numa sala ampla, havia um Senhor com óculos de grau onde mandaram que eu sentasse em frente do mesmo. Comecei a falar sem parar, creio que por causa do nervosismo, reclamei pela presença de um advogado, pedi para ligar para a minha empresa, perguntei o crime cometido para estar ali preso, enfim, fiz uma série de perguntas quase todas ao mesmo tempo. Quando parei, o juiz me olhou por cima dos óculos e lascou:
Brasil, acá quien hace lás preguntas soy yo, hoste solo tiene que responde-las. Resultado, depois de me enquadrarem em vários artigos, fui condenado a 24 horas de detenção, como havia me comportado bem durante o período que la estava, fui solto para arrumar o caminhão e seguir viagem, se fosse pego pela mesma infração, seria arrestado(preso) por oito dias. Não perdi tempo, peguei meus documentos, a chave do caminhão e caí fora, só pedi que me dessem um comprovante que eu estava preso para mostrar na empresa e justificar o meu atraso. Deram-me uma declaração, que eu usei para divulgar no Brasil a arbitrariedade da policia Argentina. Para ornamentar ainda mais esta história, após entregar o caminhão em Córdoba, eu e outro colega estávamos em um trevo na saída da cidade, tentando conseguir uma carona, quando fomos abordados por uma viatura da polícia local com três policiais, que mesmo mostrando nossos documentos e documentos da empresa, não foi o suficiente para que eles nos revistassem e abaixo de ofensa a nós e ao nosso País, nos obrigaram a abrir nossas sacolas e tirar todos os nossos pertences, os quais foram jogados na terra e revirados coma a ponta de seus cassetetes. Só nos deixaram em paz, após conseguirem 12 pesos, três para cada um deles. Este episódio, foi fundamental para a minha desistência, trabalhei mais uns 30 dias e pedi as contas na firma.






PERIGO

Ontem, após a grande vitória deste País maravilhoso contra os prepotentes Argentinos, assisti o final de um documentário que versava sobre uma jornalista brasileira que sumiu na ditatura deles e nunca mais foi localizada. Após ter assitido o programa, foi que voltei no tempo e senti o perigo que corri, quando em viagem a serviço naquele País, no dia 09 de setembro de 1993, fui preso e recolhido a uma cadeia pública da cidade de San Francisco a 700 kms do Brasil. Por lá fui agredido, ofendido, despojado de meus pertences. Vou colocar neste blog, a história que escrevi descrevendo os horrores que passei nos dois dias que conheci realmente o que é ser preso pela polícia argentina, arbitrária e violenta

O POR DO SOL NA FRONTEIRA



domingo, 25 de setembro de 2011

O ENCONTRO

Ontem estive na minha estância ( 2 hectares ), trabalhei durante todo o dia, aramei, plantei, limpei, trabalhei de carpinteiro, enfim quando chegou a tardinha, vim embora com a carcaça doendo mais que sovaco de aleijado. Hoje, voltamos, sim porque eu não estava sozinho, estava junto com a minha companheira de 43 anos, a patroa. Só que chegamos cheio de idéias e vontade de fazer mais alguma coisa, mas os corpos não aceitaram a determinação de nossas mentes e acabamos tirando uma longa sesta. Quando acordamos tratamos de juntar as tralhas, fazer uma visita a um casal de amigos e voltar pro rancho do povo. Fomos recebidos com um mate gostoso e uma prosa daquelas que passam as horas sem a gente sentir. Bateram na frente da casa e o Nenê foi receber algumas pessoas, mas eu fiquei atento ao assunto trocado pelos visitantes e o dono da casa. Queriam que o meu amigo contasse algumas histórias antigas a respeito da região. Mas o Nenê que é mais chucro e arrisco como gato escaldado, ficou ruminando e não queria aceitar o convite. Eu quando vi qual era o assunto, fiquei me embalando como pilincho no arame, loco pra me meter no assunto que não era comigo. Sorte minha que no grupo tinha um parceiro de poesias e ai foi fácil me intrometer no assunto e já fui dizendo que contar histórias era comigo mesmo, mas que eu não era da região, e eles queriam histórias regionais. Mas o assunto foi andando e fomos trocando idéias e pontos de vista e a partir daí, coloquei-me a disposição da gurizada para informá-los daquilo que eu tivesse conhecimento. Portanto tudo aconteceu para que eu pudesse me encontrar com esses jovens que me surpreenderam com o assunto e sua finalidade, querem fazer um documentário sob a nossa história. Que coisa mais linda, mais bonita e de fundamento, tomara que eles me procurem, fiquei louco pra poder participar ou ajudar naquilo que for possivel. Vou aguardar ancioso um contato para trocarmos algumas informações.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CONTINUAREMOS

Este é o quadro que a comunidade gaúcha assistiu durante a nossa luta por melhores salários. Queremos comunicar ao Governador e ao seu Governo, que não vamos nos entregar, continuaremos a nossa luta. Não fomos traídos pelos Soldados, simplesmente o Governo conseguiu enganar a ABAMF e seus dirigentes. Esse aumento diferenciado, tomara não traga consequências sérias a todos nós, se ele pensa que resolveu o problema da segurança pública, esta enganado. O que ele conseguiu, foi colocar um prego no sapato dele e de quem o aconselhou a fomentar essa divisão, esse prego se ele não tirá-lo imediatamente, vai


incomodádo até o fim do seu mandato. Que pena que o Pres. da ABAMF, prometeu uma coisa e decidiu outra, é claro que ele pensa ter resolvido a situação da sua classe, esquecendo que com isso criou um abismo para outras lutas que poderão vir no futuro. Com que confiança poderemos voltar a nós unir no futuro?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PROTESTO

Assiti muitas manifestações poéticas a respeito dos Farrapos, quero deixar também o meu protesto através da poesia em relação a um fato que MTG ignora, ou quando comenta, falta com a verdade.Esta poesia já mandei pra vários concurso e não consigo classificá-la, mas felizmente, já tenho dois trofeus ganhos com ela.

O COMBTE DE PORONGOS

Sou de lá com muito orgulho,

A África é minha terra

São de lá minhas origens

Eu me sinto abichornado

Quando penso no meu povo

Como é que Deus permitiu

Tamanha barbaridade

Como é que a humanidade

Aceitou tal situação

Concordou com a escravidão

Sem nenhum constrangimento

Fui arrancado de lá

Cabresteado para cá

Sem o meu consentimento

Em feiras Eu fui vendido

Fui tratado como bicho

Valia menos que lixo

Para os donos desta terra

Eu habitei as senzalas

Das querências deste pago

Jamais senti um afago

Que não fosse do Feitor

Meu ungüento foi o sal

Que neste pampa bagual

Foi usado para o charque

Matéria prima de então

O escravo foi a mão

Usada para esse fim

Eu não consigo entende

Porque me trataram assim

Sou humano como os outros

Tive uma Pátria um País

Tive família e um povo

Fui cidadão, fui feliz.

Eu quero que me respondam.

Qual foi o crime que Eu fiz.

No ano de trinta e cinco

Alvorotou-se a senzala

Um comentário geral

Chegou aos nossos ouvidos

Que lá na Ponte da Azenha

Os Imperiais foram vencidos

Perdendo a Capital

Ecoou pelo Rio Grande

Um grito de liberdade

Diziam que a sociedade

Seria bem diferente

Se Eu, lutasse pela causa

Ganharia a alforria

Era esse o presente

Acreditei na promessa

Desta vez Eu vou ganhar

Com vontade vou lutar

Pra Ter paz e uma família

Vou me unir aos Farroupilhas

Ir pro lado que me agrade

E jamais ver uma grade

Um tronco ou uma senzala

Minha casa vai Ter sala

Como a dos outros tem

Vou lutar pra ser alguém

Criar plantar e colher

Os meus filhos irão Ter

Direitos hoje negados

E as tristezas do passado

Nunca mais iremos ver

Fui traído novamente

Não tive paz nem família

Minha união com os Farroupilhas

Não passou de ilusão

Quando hoje a tradição

Enaltecem os seus feitos

Eu não consigo enxergar

Onde estão os meus direitos

Foram dez anos de lutas

Em combates memoráveis

Mas decisões lamentáveis

Mancharam a nossa história

E as inúmeras vitórias

Para mim foram fracassos

A lança de puro aço

Que com fibra Eu empunhei

Que os inimigos matei

Com coragem e ousadia

Jamais pensei que um dia

Fosse usada contra mim

Este é o meu lamento

Minha dor minha ilusão

Eu cultuo a tradição.

Sem ódio nem preconceitos

Mas também tenho o direito

De procurar à verdade

Quero Ter a liberdade

De saber como foi feito

Diz a história que Caxias

Escreveu para Moringue

Coronel quero que finja.

Um acerto com Davi

Pois a ele Eu, prometi.

Livrá-lo dessa enrascada

De libertar a negrada

Quando a guerra chegar ao fim

O resto deixe pra mim

Que a paz será assinada

Em quatorze de novembro

Do ano quarenta e quatro

Conforme diz o relato

Que se mantém em segredo

Um General Farroupilha

Que jamais foi surpreendido

Facilmente foi vencido

Pela malícia e astúcia

Do Coronel Chico Pedro

Para a paz ser assinada

Exigiram o meu fim

No massacre de PORONGOS

Nos campos de Santa Tecla

Acabou a esperança

De liberdade pra mim.

1º. Lugar categoria inédita no 1º. Festival Tributo a Jayme Caetano Braum – O Imortal Pajador das Américas;

2º. Lugar na 5ª. Edição da Ronda da Poesia Crioula, organizado pelo Grupo Cultural Vozes do tempo

Semana Farroupilha

Está chegando ao fim mais uma semana farroupilha, muitas broncas, muitas reclamações, muitas invenções, muitas frescura, mas enfim terminou tudo bem e isso é o que interessa. Espero que essa Comissão preste contas e marque a eleição da próxima ou será que vão permanecer ou tentar ficar sem dar eleição? Vamos esperar pra ver no que dá. Tive bisbilhotando os desfiles em outras cidades que não tiveram ou não foi necessário decretar nada para que tudo andasse bem. Porto Alegre - 1500 cavaleiros, PFundo - 1500 cavaleiros, Taquara - 400 cavaleiros, Santa Cruz - 500 cavaleiros, Lageado - 200 cavaleiros, Nova Petrópolis - 60 cavaleiros. Assisti desfiles de cavaleiros com crianças na frente, assisti muitos desfiles a pé, assisti muitas localidades com desfiles militares, assisti muitos protestos, inclusive, foi permitido desfilar, penso que aqui onde imperou o imperialismo ou melhor o ditatorialismo, nada seria permitido, o que mais se ouviu nesta semana de Livramento, foi não pode isso, não pode aquilo, coisas desnecessárias e absurdas, gostaria de saber o que faria a Brigada Militar que proibiu tudo por aqui, se aparecesse no fim do desfile alguns para demonstrar suas contrariedades por qualquer coisa que não concordassem, com certeza fariam o que fizeram no 7 de setembro, colocaram o POE e os cachorros na gauchada, numa atitude constrangedora e antipática, é necessário que se diga que essas atitudes só foram notadas aqui em Livramento, porque no resto do Estado não se ouviu ou viu algo parecido. Que pena.Eu poderia tecer uma série de comentários que ouviu, mas vamos esperar para ver se no andar da carreta, as melancias acomodam-se.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CURTIÇÃO

Pela primeira vez, fiquei a margem de todos os acontecimentos relativos aos festejos da Semana Farroupilha,mesmo recebendo um convite da Comissão Organizadora para ser jurado do desfile temático, não vai ser possível. Agradeci a lembrança do meu nome para tão importante missão, tendo declinado do convite, tendo em vista que ainda estou em recuperação de uma cirurgia que fiz no dia 25 de julho passado. É de conhecimento público, que sou contrário a algumas decisões tomada pela a atual Comissão, mesmo assim quero desejar um bom trabalho a eles e um ótimo desfile a todos os tradicionalistas que participarem. Ti-

ve a felecidade reunir todos os filhos e netos, por ocasião do casamento do filho caçula, que mora em Sapiranga. Me programei para ir em alguns galpões, mas só fomos no CTG Sentinelas do Planalto e com a mudança radical do tempo, não foi possivel sair mais, me restou curtir a gurizada em casa, o que foi muito gostoso.

UM FELIZ DESFILE A TODOS












































































sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Não a Proposta

No dia 19 de setembro de 2011, às 20:oo hrs no Núcleo da Associação dos Sargentos, SubTenentes e Tenentes da Brigada Militar desta cidade, será realizada uma Assembléia Regional, com a finalidade de estudar e decidir a respeito da proposta de aumento apresentada pelo Governo Tarso Genro. Ficam portanto convocados todos os militares que acessarem este Blog. No entanto quero deixar claro que vou trabalhar pelo voto de rejeição do aumento proposto. Se analizarmos com cuidado, chegaremos a conclusão que o abono de R$ 300,00 reais oferecido anteriormente, se colocado no básico futuramente, representa um ganho maior para todos nós.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O DECRETO

Pensar que as minhas manifestações e posições contrárias que tomei quando soube do absurdo que foi esse decreto, tenham influenciado os autores do mesmo para que fosse mudado as normas que traziam no primeiro, seria muita modéstia, mas o que posso dizer que este blog apesar de não ser senssacionalista, tem um considerável numero de acessos e que com certeza foi visto pelos insenssatos que tomaram essas medidas. Nem no periodo de excessão eu vi tamanho radicalismo. Fomos jogados na vala comum, por uns poucos baderneiros. Na minha opinião verdadeira o que faltou foi policiamento e continua faltando. Se alguém quebrou ou danificou o patrimônio público, se alguém desrespeitou as normas de trânsito, que seja responsabilizado por isso. Decretar sem diálogo, sem a participação de todos e burrice. Ainda bem que foi revogado esse absurdo. Mesmo que o mal já foi feito. Prejudicou, ferradores, tratadores, vendedores de ração, enfim atingiu a todos ou a sua grande maioria que nada tinha a ver com o caso. Só o radicalismo pode apresentar soluções como essa.

Agradecimento

Quero agradecer do fundo do meu coração, o convite que recebi hoje do Valliente e do Penedo para a personagem do dia, no programa da rádio Lider FM. Que coisa boa foi fazer uma pequena introspecção e rever ou relembrar atos e fatos da minha vida. Só a gente parando para lembrar tudo ou alguma coisa que se fez durante a nossa existência.O Valliente ficou admirado de me conhecer a tantos anos e não saber que eu sou telegrafista. Pois é, além de ser o cara, tenho manipulador e vibroflex e sempre estou treinando o ponto e barra para não esquecer. E como eu gostaria de mostrar a essa galera jovem, como foi o inicio das comunicações até chegarmos na modernidade de hoje.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SEMANA FARROUPILHA





Com muitas críticas a favor e contra, inciou hoje em nossa cidade as comemorações da Semana Farroupilha. Eu posicionei-me contra o absurdo desse decreto de proibição de circulação de cavalos no centro, desde o dia 07 de setembro quando não permitiram que os gaúchos a cavalo participassem do desfile, quando a prefeitura na voz de sua representante numa rádio local, justificou-se que não poderia castrar a vontade dos funcionários de desfilar, mas foi enfática ao apoiar a proibição dos que se encontravam a cavalo em participar de um ato cívico e livre num

País democrático. Me disse sem ser perguntado o Pres. da Câmara de Vereadores, que o fatídico decreto seria cassado hoje a tarde. Tomara que seja, para que parem as gozações em relação a nossa cidade. Creio que ordem, deveria ser discutida e aprovada, mas por todos os participantes e não por poucos que nada sabem e pensam que sabem tudo. No meio das contestações Farrapas, aliou-se o nosso protesto contra o absurdo oferecido pelo Governo. Sou da opinião que não devemos sob hípotse alguma aceitar a migalha que nos foi oferecida. Tomara que tudo volte ao normal e


os gaúchos a cavalo, possam desfilar ordeiramente pelas ruas da cidade até o dia 20 de setembro.

































segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PROTESTO


Esta foto foi a vigília feita durante toda tarde, onde recebemos a participação importante de vários colegas e uma visita que nos agradou muito, foi a presença do Pres. do Sindicato dos Comerciários o nosso amigo João Carlos que foi solidarizar-se conosco. Agora vamos aguardar o resultado da primeira reunião ocorrida hoje a tarde e que deverá ser decidido em outras reuniões subsequentes.

A luta continua


Faremos hoje, uma vigilia, silenciosa, mas firme na expectativa que o Governo Tarso realmente nos apresente uma proposta digna do nosso serviço prestado a comunidade Gaúcha.

domingo, 11 de setembro de 2011

PROTESTO

Enquanto uma instância superior liberou um grupo de pessoas para ganhar acima do teto permitido pela lei - + de 24.000,00 - , com certeza será o mesmo caminho dos vereadores da capital, enquanto roubam milhões por esse Brasil a fora, enquanto vários segmentos se locupletam com a omissão de autoridades e governos, nós humildes funcionários públicos estaduais, fazemos o nosso protesto, para tentar desmentir a faixa que ostentamos por todo este Rio Grande, tentando senssibilizar a sociedade no sentido de nos ajudar a pressionar este governo que se elegeu prometendo e que agora além de não cumprir suas promessas, nos acusa e ameaça com represálhas e punições, pelo simples fato de tentarmos sair da miséria na qual nos encontramos.

sábado, 10 de setembro de 2011

INACREDITÁVEL

Na cidade mais autêntica em matéria de regionalismo e tradição, o monarca das coxilhas O CAVALO foi proibido de circular nas principais ruas da cidade. Tenho certeza que BENTO GONÇAVES, DAVI CANABARRO, ANTONIO DE SOUZA NETO, ONOFRE PIRES e tantos outros destacados caudilhos da Revolução Farroupilha, devem estar dando voltas em suas tumbas com o absurdo do decreto assinado pelo Prefeito de nossa cidade. Como tradicionalista, escritor, declamador, poeta e amante das nossas mais puras tradições gaúchas, sinto-me envergonhado e constrangido com uma ordem que nem durante o regime de excessão que viveu nosso País por 20 anos eu tive a oportunidade de presenciar tamanha barbaridade.Transcrevo aqui, parte do decreto que já é noticia nacional e internacional, mais uma vez ganhamos a mídia num vexame sem precedentes.Peço desculpas a todos os companheiros que tenham cuidado e forrageado seus cavalos, por sentir-me impotente para defender os seus direitos de ir e vir que a constituição nacional nos permite.

Decreto proíbe andar a cavalo em ruas de Santana do Livramento durante a Semana Farroupilha

Quem descumprir a ordem está sujeito a ter o animal apreendido

Marina Lopes | marina.lopes@zerohora.com.br

Um decreto assinado pelo prefeito Wainer Machado (PSB), de Santana do Livramento, uma das mais gaudérias cidades da Fronteira Oeste, vem causando polêmica.

O documento proíbe, entre outros itens, que durante a Semana Farroupilha pessoas circulem montadas a cavalo em 10 ruas e avenidas do centro do município.

Quem descumprir a ordem está sujeito a ter o animal apreendido além de pagar despesas de remoção e diária do local onde ficará o animal.

O decreto está em vigor até o dia 25, com a exceção dos eventos da chegada da chama, nesta quarta-feira, e do 20 de Setembro. No desfile de 7 de setembro, o veto aos cavaleiros gerou confronto entre a Brigada Militar e um grupo que insistiu em desfilar.

Com mais de 10 anos de desfile, o narrador (único credenciador pelo MTG na cidade) Júlio Camargo Santos, 46 anos, acha “ridícula” a proibição.

— Preparamos os cavalos o ano inteiro para deixá-los bonitos para o desfile. As pessoas querem andar a cavalo neste período e, de forma ordeira, não vejo problema. O decreto coloca baderneiros e gente séria no mesmo lugar — reclama.

Para o prefeito, não há motivo para polêmica. As regras, segundo ele, garantem a segurança da população e deixa os festejos mais organizados.

>>> Leia a reportagem completa na Zero Hora deste sábado