Minhas raízes

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Uruguaiana

terça-feira, 9 de março de 2010

Reunião de Livramento

Eu estava desta vez, não quieto, e sim como os antigos combatentes Farrapos, no alto de um MANGRULHO como este da foto, observando e analisando os últimos acontecimentos, pensando o que dizer e como expressar a minha perplexidade em relação aos fatos, cheguei a decidir que ficaria como observador, mas não foi possível, gosto de dar a minha opinião, gosto de participar de tudo que é importante nem tanto para mim, mas para a minha comunidade. Foi aí que desci do monumento oriental e me perfilei como cidadão, com todos os meus direitos adquiridos na democracia onde vivemos, democracia esta que nós permite, criticar, ser criticado, divergir, contrariar, enfim num regime democrático temos o direito de livre expressão.
Após quatro dias de festa genuinamente campeira e cultural, onde os cavalos, as chinas, os carros e os pedestres andam todos no mesmo espaço, retornei à Livramento, para me inteirar dos acontecimentos e voltar a nossa realidade, sem no entanto deixar de trazer de la as coisas boas e os bons exemplos, os ruins joga-se no lixo. Quando daqui saí, as últimas notícias traziam ao conhecimento da nossa comunidade, a presença do Pres. do MTG numa reunião com as Entidades tradicionalistas filiadas ao Movimento. Quando passei a linha divisória rumo a Tacuarembó, foi com um fio de esperança, torcendo para que o chefe maior viesse trazer a paz e o entendimento na área dos bombachudos, pois afinal de contas a Carta de Princípios do próprio movimento, diz que tradição, é companherismo, integração, cordialidade, amizade, parceria, amor, entendimento, boa vontade, etc... e no meu entender o Pres. com certeza aproveitaria o que pregamos aqui nesta terra para investir-se de pacificador e realmente pregar a verdadeira paz entre os gaúchos do municipio. Mas lamentávelmente mais uma frustração em relação ao Pres. atual do Movimento. Tem se mostrado despreparado, sem as mínimas condições de dirigir com altruísmo e capacidade uma Entidade do tamanho desse Movimento. Chegou nesta cidade, de maneira desrespeitosa, sem dar a mínima aos demais seguimentos da comunidade, como se no seu entender só existe aqui as Entidades tradicionalista filiadas ao MTG, desrespeitando às demais, como se fosse o dono da verdade. Sr Pres. se VS realmente tivesse discernimento e capacidade de conciliação, sua missão aqui seria de um pacificador, de um agregador, de um acalmador de ânimos, mas pelo contrário, segundo o que foi noticiado na imprensa VS investiu-se de juiz absolvendo o seus filiados e jogando os demais tradicionalistas na vala comum, ameaçando punir incluse seus parceiros caso participem de eventos desta comunidade, não satisfeito, interferiu diretamente nas atividades culturais desta cidade, fazendo retalhações e ameaças. Eu apesar de ser da Coord. da 18ª. Região, não fui convidado para essa reunião, o que acho uma falta de cortezia pois se o meu nome foi citado nessa reunião conforme fui informado, o Sr do alto da sua autoridade deveria ter me convidado, seria mais ético, e correto da sua parte. Quero informar que estou tranquilo, pelo que sei, divergir, contrariar, criticar, dar opiniões, nunca foi e nem será crime neste País. A sua pessoa física, não é problema meu, nada tenho a ver com seus problemas particulares, a sua pessoa júridica enquanto Pres. de uma Instituição Pública é um direito de todos nós observar, criticar e dar opiniões sob seu atos no desempenho do cargo. Creio que o Sr perdeu uma grande oportunidade de marcar a sua passagem por essa Presidência, se tivesse vindo aqui desarmado, procurando acalmar os mais exaltados, mas infelizmente sua passagem será lembrada como um exemplo de discórdia e um motivo para separar ainda mais os que pensam diferente na área do tradicionalismo.

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