Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A FILA ANDA

Sim, a fila anda mesmo e por isso, nós não podemos de maneira nenhuma parar. Refiro-me ao andamento da fila, em analisar a partida de vários companheiros na minha idade ou próximo dela e com esse análise, procuro incutir na minha véia a vontade que tenho de caminhar, mas caminhar mesmo. Cheguei à três dia em casa, mas já estou com uma vontade tremenda da sair novamente, não quero gastar o que tenho com móveis, coisas materiais, quero torrar os meus caraminguados centavos, em aproveitar o tempo que Deus tem me dado, temos saúde, uma moto boa de estrada e um bom carro e isso pra mim basta, acho que já consegui o bastante para aproveitar e passear, trabalhei desde criança, passei muitas dificuldades quando solteiro e depois como casado, tive a companhia da minha companheira e esposa para criar toda a gurizada ( 7 ) e me parece que o momento é esse. Penso que em casa já temos o suficiente para o nosso conforto, pra que investir em mais utensilhos que muitas vezes ficam a deriva dentro da nossa casa, ou servem apenas para a satisfação do ter e não do usar. Mas inciei a minha postagem de hoje para comentar a morte do ex-presidente argentino Nestor Kirchner. O que tenho a ver com ele ? Tudo e nada. Morrer todos nós sabemos que um dia chegaremos lá, portanto, um hoje outro amanhã, não muda nada. Mas o meu comentário refere-se ao povo argentino do qual tenho um grande conhecimento e convivência. Primeiro, criei-me na costa do rio Uruguai que faz divisa com aquele País, nunca fui chibeiro, mas fiz as minhas travessias como todos que são daquela região, fui Fuzileiro Naval e tive a honrosa missão de proteger a costa brasileira e os ribeirinhos que residem ao longo do rio. Tive muitas divergências e broncas com a jandarmeria argentina ( Policia ). Depois de aposentado, cortei a Argentina de ponta a ponta, só não conheço algumas cidades mais ao sul da Argentina, o resto conheço tudo do Pais deles, tive inclusive o previlégio de ser preso pela polícia deles e a lembrança não é nada boa. Não tenho amor e nem simpatia por eles, principalmente a policia, mas conheço aquele povo, suas dificuldades, seus anceios, tudo isso porque convivi nos grandes desertos humanos que existem por lá, com as familias isoladas, para que o Srs. saibam, a Argentina , tem regiões onde tem meio habitante por km quadrado, de repente por isso eles são um povo religioso, crente, com vários santuários no seu território. Por tudo isso, sei o que deve estar sentido esse povo com a morte do seu Presidente, não de direito mas de fato. Portanto apesar da minha resistência àquela gente, fica o meus sentimentos pelo passamento de Nestor Kirchner, que para eles e para a política Latino Americana foi um grande líder.

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