Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cuentos da caserna

O FERRADOR - 3
Enquanto não decidi se conto ou não o meu martírio em relação a cirurgia que fiz, vou continuar falando dos outros e agora em especial mais um conto do nosso Na...de...Bo... Na Brigada Militar e em qualquer quartel, quando nos preparamos para um desfile ou uma apresentação, os preparativos iniciam sempre entre uma ou duas horas de antecipação. Como no 2º. Regimento não era diferente, por ocasião dos desfiles, sempre ficávamos no local pré determinado para dar a largada, por um longo tempo. Num 25 de agosto, dia do Soldado, no efetivo destinado para a solenidade, havia um pelotão de cavalarianos, onde eu e o meu amigo Na...de...Bo... faziamos parte. Como o nosso amigo era prevenido, na hora do café, conseguiu com o pessoal do rancho, uma metade de um pão com um bife bem acebolado para o lanche. Acondicionou o seu lanche, dentro do capacete, entre a carneira - aparato de sola que fixa o capacete na cabeça - e o casco da cobertura. Para quem já montou à cavalo com cela, sabe que o cavaleiro tem que ser muito bom de perna - ter força na perna - porque no moment0 do desfile que é feito em ombro arma - espada - o cavaleiro só tem o estribo e a perna até o joelho para firmar-se na cela, a mão direita com a espada e a esquerda segura a rédia. Portanto tem quer ser exímio cavaleiro para não cair numa eventual manobra surpresa do animal. Tendo chegado a hora do desfile, iniciou o deslocamento até a rua dos andradas para passar em frente às autoridades que estavam no palanque na praça Gen. Osório. O cavalo do Na...de...Bo... embrabeceu - ficou muito nervoso - e iniciou um galope curto que mais parecia um corcóveo. Ele que era bom cavaleiro, foi tentando de todas as maneiras controlar o animal, mas lamentavelmente, quando confrontou com as autoridades e o Tenente que comandava o pelotão hipo mandou olhar a direita em continência regulamentar , nesse preciso momento, caiu em frente ao palanque, o capacete e o lanche do dito cujo, que foi imediatamente pego por um vira lata que andava por ali. A vergonha foi tremenda, porque foi necessário uma pequena parada para desmontar, pegar o capacete e montar. O Comandante do 2º. Regimento que tinha a mania de se livrar de certos incomodos com a conhecida frase - Tô mas não tô -dessa vez não conseguiu livrar-se do constrangimento perante aos seus pares no palanque oficial. Terminado o desfile, o Na...de...Bo... curtiu oito dias de cadeia e a gozação dos colegas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário