Minhas raízes

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Uruguaiana

sábado, 16 de julho de 2011

Cuentos de caserna

O MIJÃO
Pois depois de passar pelo drama de não urinar por 24 horas, me veio a memória a história de um colega meu que tinha preguiça de ir ao banheiro. O dito cujo, hoje é tenente como eu, e não gosta de ser lembrado das safadezas que fazia quando era da ativa. O quartel do 2º. RPMon, é de tamanho considerável e a nossa sala de rádio, ficava uns 50 metros do banheiro. Nas madrugadas frias dos invernos de temperaturas iguais as que se apresentaram a poucos dias a traz. Ir ao banheiro realmente era complicado e quem precisava levantar para essa finalidade, dormia muito pouco ou quase nada. Sair de baixo das cobertas, enfrentar temperaturas com senssação abaixo de zero, voltava pra cama congelado e quando queria se aquecer o corneteiro abria a goela anunciando a alvorada. Inclusive esse corneteiro tem também muitas histórias que vamos contá-las. Mas voltando ao nosso MIJÃO, ele tinha um verdadeiro horror ao frio e ao fato de ter que levantar mais de duas vezes para aliviar a bichiga ou como era comum dizermos: tirar a água do joelho. Já tinha idealizado várias modalidades para se aliviar, mas todas davam problemas, inclusive uma delas, lhe custou um detimento com leitura do boletim para todo o pelotão tomar conhecimento. Mas, também pudera, o dito cujo, inventou de mijar por uma janela que tinha no fundo da repartição, pena que deu azar. O oficial de serviço, andava fazendo a sua ronda costumeira quando presenciou o fato em si, não teve dúvida, comunicou em parte o ato de total desrespeito, o que lhe trouxe além do detimento, do ato constrangedor o apelido de MIJÃO. Após várias tentativas e idéias, bolou uma que deu certo por um largo tempo. Mijava numa garrafa pet de 2 litros e quando tocava a alvorada, ele ao fazer sua higiene pessoal no banheiro, se fazia acompanhar da garrafa embaixo do capote. Mas começou a dar problemas, quando ia ao banheiro, esquecia a garrafa e para não voltar no banheiro que realmente era muito distante, escondia a garrafa que por várias vezes ficava cheia de mijo até ele entrar de serviço novamente. Nós já tinhamos descoberto que ele era tão mimoso que não levantava da cama para mijar, simplesmente colocava a garrafa embaixo das cobertas. Sabedores desse pormenor e para tentar acabar com essa falcatrua do colega, que fizemos: Fizemos dois pequenos furos no fundo da garrafa. No serviço seguinte, ele ao usar da sua estratégia, teve a infelicidade de mijar o colchão, cobertas, enfim amanheceu todo mijado e como dormia fardado, não conseguiu ir ao rancho na hora do café e nem entregar as mensagens que chegaram depois do silencio no seu serviço. Foi severamente repreendido ,o fato passou a ser de conhecimento geral dos componentes do Regimento, inclusive das funcionárias. Eu quando o encontro, chamo um terceiro de MIJÃO e me preparo para ouvir um caminhão de besteira e ofensas que ele me larga, porque sabe que estou me dirigindo diretamente à ele.

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