Minhas raízes

Minhas raízes
Uruguaiana

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Afinal carregando


Após 17 dias de viagem por gelo, deserto e zona de mata virgem, conseguimos entrar pra dentro da fabrica para carregar. No dia que chegamos, fizemos parceria com um outro motorista que estava esperando para caregar, ele era do Paraná, lembro do seu apelido Japones.Após o almoço eu sai na cidade e foi quando acabei vendo uma cobra de nome Ampalágua que tinha engolido um indigente, fato esse que já contei neste blog. Ao fim da tarde recebemos ordem para entrar pra carregar. As dez horas da noite o caminhão ficou carregado, ficou para o outro dia enlonar a carga. Carregamos um pó branco parecido com uma farinha ou coisa parecida, cada saco pesava 1.000 kls , foram 27 sacas totalizando 27 toneladas. Nessa noite eu passei mal, acordei na madrugada com muita dor de garganta e parecia que tinha areia nos dentes. Levantei as 04 horas e fiz um mate pra ver se me aliviava a garganta. Nesse momento, chegou um dos rondas e me ofereceu uma folha de coca com bicabornato eu agradeci, preferi o meu chimarrão. Eles naquela região, usam um saco branco parecido com um curativo no lado direito da boca , cheio de bicabornato, eles mascam a folha de coca que é comum por lá, se compra em qualquer esquina, e passam a lingua naquele saco para misturá-la com o bicabornato, dizem é o que lhes dá energia para sobreviverem e enganar a fome. Palpalá, fica no meio da Pre-Cordilheira, de dia faz um calor infernal e a noite a temperatura fica a baixo de zero. As casas do pobrerio são compostas por uma camada de terra e grama em cima da cobertura. Procurei saber o motivo, fui informado que é para absorver o calor diário e o frio noturno. Na próxima postagem, vamos contar nosso retorno em plena pampa Argentina, onde a estrada que liga Los Galpões a Paso de Los Libres, tem um pequeno trecho de 500 kms de reta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário