Minhas raízes

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Uruguaiana

sábado, 15 de agosto de 2009

Minhas andanças 19º dia


Voltando a nossa viagem, quero contar uma das peculiaridade de Palpalá, segundo me contaram. Me disseram que a fábrica onde carregamos, a maioria do serviço pesado é feita por bolivianos clandestinos que descem as montanhas para o lado argentino em busca de trabalho e o governo local sabe e se faz de leitão. É que dizem também que o pessoal que ali trabalha chega aos 40 anos com os pulmões detonados pelo pó que respiram sem nenhuma proteçao e eu senti o mal local, além do ar ser rarefeito pela altura, ainda tem o pó que penetra nos pulmões fazendo quem como nós que não somo dali, passar mal. Mas deixando os moradores locais, as 09 00 horas da manhã seguimos viagem de retorno aos pagos que estava apenas a 1.217 kms de distância, como parceiro o paranaense Japones que viajaria junto até Resistência. Jantamos na localidade de El Galpon e fomos aconselhados a não seguir viagem, por que era comum os assaltos a camioneiros no trecho que enfrentariamos até o poso. Era cedo da noite e parar aquela hora para quem tinha mais de 1.000 kms pra fazer no nosso entender era perder muito tempo. Conseguimos mais um parceiro e resolvemos seguir viagem. Foi o que fizemos e quase fomos premiados, só nos livramento pelo fato de uma viatura policial ter aparecido no momento certo. Uma camioneta ranger que estava estacionada em cruzamento, nos seguiu por uns 15 kms, dando sinal de luz não sabemos se para nós ou para outros comparsas deles, o que sabemos e não vamos esquecer foi o susto e o aparecimento provincial dos policias, que nos custou 30 pesos que dividimos entre os três e no outro dia pela manhã levantamos uma suspeita, será que os policiais não serima do mesmo grupo? O que sabemos é que no outro dia cedito partimos em direção ao nosso destino. Por lá tem lugares como Pampa del Guanaco, Pampa del Infierno, por ai dá pra tirar a conclusão dos locais ermos, secos, mas com muita mata e fábricas de móveis nos lugarejos que passamos. Em Resistência nos separamos, o Japones seguiu seu caminho e nós ao passar por Corrientes pegamos a direita e costeamos o Rio Paraná que mais tarde torna-se Uruguai , eu fiquei impressionado com a quantidade de peixes enormes que eram vendidos na beira da estrada. De novidade, só um erro estratégico num cruzamento, que tinhamos que entrar a esquerda, meu irmão cruzou direto e nos vimos em direção a Goya , numa estrada estreita, sem acostamento o que é comum nas estradas argentinas, de noite e chovendo. Andamos uns 20 kms até chegar num pequeno estabelecimento onde foi possivel manobrar a carreta para retornar e a 01 00 hora da madrugada com 20 dias de estrada e uma saudade imensa de nossas familias, chegamos a Paso de Los Libres onde posamos depois de ter percorrido quase 4.000 kms. Na próxima postagem vamos encerrar esta pequena viagem por terras Argentinas e Chilenas.

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