Minhas raízes

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Uruguaiana

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Minhas andanças 17º. dia


Vamos contar mais algumas novidades da viagem enquanto esperamos em frente a fábrica em Palpalá para carregar. Essa foto que ilustra hoje esta postagem é um dos tantos vilarejos que a gente passa, tem algumas cidades grandes também. Saimos de Catamarca as 06 hrs da manhã e chegamos em Palpalá as 16 horas onde preparamos uma refeição a capricho para recuperar as energias perdidas. De Catamarca pra chegar em Palpalá, cruzamos por Rosário de La Frontera, Metan, Gen. Guemes, Pampa Blanca, Las Pampitas, Perico e outros vilarejos. Nesse trecho a gente anda horas e horas sem encontrar nada, a não ser as vezes uma casa isolada que não se sabe como essa gente sobrevive nesses locais. Lá pelo meio da tarde, nos numa cansera de dar dó, avistamos de longe 3 pessoas com grandes casacos e guitarras a meia espalda, eles quando nos viram, pararam e tentaram conseguir uma carona se sucesso, o meu irmão ainda deu uma diminuida na velocidade, mas não deixei ele parar, sabe la o que ou quem eram aquelas pessoas perdidas naquele fim de mundo. Ao passar por um pequeno quiosco, com tabuletas anunciando lanches e vinho, lembrei do que tinha me contado um amigo e vizinho que conheci desde pequeno. Roberto Melo, popular Capincho, tem um jacaré e viaja pra todo lado. Disse-me que viajava com um sobrinho o Rodrigo um em cada carreta, e vinham conversando pelo rádio e chegaram a conclusao que deveriam na primeira bodega pra comer algo diferente que não fosse a boia que eles levavam, queriam uma comida de panela ou quem sabe uma carne assada. Rodaram naquele desertão até o que ia na frente avisou o outro olha tem algo ali que parece um parador, vamos chegar. Chegaram tinha uma grande placa onde anunciava uma serie de lanches, depois de conversarem e pra não perderem tempo por que tinha muita estrada, resolveram pedir dois chivito al plato e um chop. Chivito aqui no Uruguay e quase um xis nosso, vem com presunto, queijo, bife, ovos, uma série de ingredientes que o indio tem que ser bom de garfo pra comer tudo. A moça argentina que os atendeu, peguntou duas ou três pra confirmar se era chivito al plato mesmo que eles queriam. Quando eles confirmaram, ela tornou a perguntar, pero 2 chivitos al plato, tendo sido confirmado novamente, sim dois chivitos al plato e um chop bem gelado. Ela serviu o chop e antes de ir preparar o pedido perguntou, dos cheivitos al plato? O Capincho confirmou novamente e comentou o seu sobrinho Rodrigo, tche acho que ela é surda ou nao bate bem da caçoleta. Permanecam, terminou o chop, pediram outro e guria entrava e saia sempre com um ar desconfiado e parece queria esclarecer algo mas nao dizia nada. No terceiro chop já fazia mais de hora que esperavam e não saia nada. Inverteu quem perguntou foi o Capincho. Vai demorar muito o chivitos. Diz no senhor mas un ratito e ya lo traigo. Sumiu, passado quase 30 minutos, ela entro u com o primeiro chivito. Mas antes disso eles não tinham entendido, ela tinha encostado mais uma mesa perto deles. Só que quando ela entrou com uma gamela e um cabrito que deveria ter uns 5 ou 6 kgs eles se apavoraram, só ai que eles foram entender que chivito al plato na Argentina e um cabritinho novo assado. Ela largou a primeira gamela e enseguida entrou com a outra e colocou na mesa ao lado. A partir dai ficou justificada a demora. Após o pedido, foram sacrificar os animais , limpar e providenciar em assá-los. Diz o Capincho que conseguir comer mais da metade do primeiro chivito, o outro nem tocaram. Pagaram, pegaram o resto do primeiro e o segundo inteiro e colocaram na caixa da boia no caminhão. Portanto hoje, se tu queres receber uma resposta atrevida do Capincho, convida ele pra comer um Chivito.

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